Vida Cristã - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

Por que Deus, nem sempre, atende nossos pedidos?

30/06/2014

cristoFrei Luiz Iakovacz

Durante a Quaresma, a Igreja nos apresenta o jejum, a esmola e a oração como meios eficazes de conversão. Jesus, porém, nos alerta que, se forem praticados, somente, com a intenção de nos mostrarmos justos diante dos outros, ou como fiéis observantes da lei mosaica, – então, já recebemos a recompensa que é o aplauso dos homens; e em nada contribui para uma verdadeira conversão (cf. Mt  6,1-18).

No cotidiano da vida, seguidamente, escutamos a frase: “… eu rezo tanto, e Deus não me atende”! Por que será?!

Em si, nem precisaríamos pedir porque Ele já “sabe de tudo, antes mesmo de pedirmos” (Mt 6,8). Mas…. o que é que Deus quer mesmo?!

No Código da Aliança (Ex 19,1 – 24,18), que é um verdadeiro compêndio de normas religiosas e sociais, Deus diz claramente que quando o imigrante é explorado, as viúvas e os órfãos são maltratados e ao faminto é negado o pão, “quando clamarem por mim, Eu não os escutarei (cf. Ex 22,20-24). Ao contrário, “se os praticar, sua luz brilhará como aurora, suas feridas vão sarar rapidamente (…) e, se clamarem por mim, Eu responderei e se chamarem por socorro, Eu direi `aqui estou´! (cf. Is 58,7-9).

O mesmo profeta Isaías, numa linguagem direta, enfatiza que Deus “está farto de holocaustos e gordura de novilhos” (Is 1,11) porque “não se busca o direito, não se socorre o oprimido e não se faz justiça ao órfão e à viúva” (Is 1,17). Por isso, “quando  erguerem as mãos para mim, Eu desviarei o olhar; ainda que multipliquem orações, Eu não escutarei porque as mãos de vocês estão cheias de sangue” (Is 1,15).

O autor do livro dos Provérbios tem a ousadia de dizer: “Quem fecha seus ouvidos à Lei, até mesmo sua oração é detestada” (Pv 28,9). Jesus, também, não se intimida diante das lideranças religiosas e, firmemente, os alerta: “Ai de vós doutores da Lei e fariseus hipócritas! Vocês exploram as viúvas e roubam suas casas e, para disfarçar, fazem longas orações. Por isso, vocês vão receber uma condenação mais severa” (Mt 23,14).

Mas… Jesus mesmo nos mandou pedir, pois “quem pede, recebe; quem procura, acha; e a quem bate, se abrirá a porta” (cf. Mt 7,7-8). A mãe dos apóstolos Tiago e João, fez este pedido: Jesus, que meus dois filhos se sentem um à direita e outro à esquerda, quando estiveres no teu Reino. Ao que Jesus respondeu: Vocês não sabem o que pedem (Mc 10,38).

Então, o que pedir?!

Jesus faz esta comparação: “Será que alguém de vocês que é pai, se o filho lhe pede um peixe, lhe dará uma cobra? Ou se pede um ovo, lhe dará um escorpião? Se vocês, que são maus, sabem dar coisas boas aos filhos, quanto mais o Pai do céu dará o Espírito Santo àqueles que o pedirem” (Lc 11,10-13).

Aqui, talvez, esteja a chave para nossas preces: pedir o Espírito Santo! Ele é força, advogado e não nos deixa órfãos (cf. Jo 14, 15-21). Ele reza em nós porque “vem em auxílio de nossa fraqueza, pois não sabemos o que convém pedir; mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inefáveis” (Rm 8,26).  Continuemos orando e pedindo, mas peçamos bem. Principalmente e em primeiro lugar, convertamo-nos a Deus num total serviço aos irmãos, especialmente, os mais simples e humildes. Neste sentido, a Campanha da Fraternidade, com seus temas sociais, se torna um instrumento valioso que nos faz rezar melhor, unindo fé e vida.

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