Notícias - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

Vozes: “A redescoberta da existência” reúne Monja Coen e Anselm Grün

19/04/2021

Notícias

Em meio a uma crise sem precedentes na humanidade, os dois estão unidos nesta obra para fazer um convite: meditar sobre a existência. A pandemia que se espalhou sobre o planeta, atingindo a espécie humana – e somente ela –, nos obriga, no mínimo a uma pausa para reflexão. A uma reflexão sobre o que de fato é essencial.

Como colocar-se na existência neste momento? Temos de admitir que não estávamos preparados para tal situação. Ninguém! Mas nela estamos como humanos e é a partir desta condição que podemos refletir. E o que temos na humanidade que possa nos ajudar a pensar sobre a existência? Se por um lado as ciências da saúde estão trabalhando arduamente para apresentar possibilidades de ajuda, por outro lado é necessário que cada qual também descubra ou redescubra a pergunta pela existência a partir de seu modo de sentir e pensar, de sua cultura, de sua tradição.  (Trecho do prólogo)


Os sete pecados capitais a luz da psicanálise

Os sete pecados parecem ter inspirado a brincadeira popular de que “tudo o que é gostoso”, ou faz mal ou é pecado. Mas não se trata só disso.

Daí, o que nos importa destacar neste livro é a relação entre cada um dos sete pecados e o que Lacan nomeou de gozo – evidentemente, com base no canônico Além do princípio do prazer, de Freud. O gozo é aquilo que se obtém ao atravessar a barra que limita nossa liberdade, em face da dignidade do outro, dos outros. O autor deixa para incluir essa consideração no último capítulo. Embora “gozo” seja o termo popularmente usado para designar o orgasmo, em Lacan o gozo é aquilo que ultrapassa tanto os prazeres permitidos quanto aqueles os que algumas religiões e diferentes códigos culturais proíbem. Gozo é o que atravessa a barra da castração simbólica que limita nossos excessos. Claro que a menção à teoria lacaniana para abordar o cânone bíblico é extemporânea, mas ajuda a revelar o que sempre esteve ali – ou “aqui”. As perversões flertam com o gozo – e, às vezes, chegam lá. O perverso se coloca em posição de exceção diante da barra que nos limita diante da dignidade e da liberdade do outro. A violência e os ódios, motivadores de outros pecados, também.

Faço menção às liberdades extra-acadêmicas a que William Castilho recorre como a de tomar depoimentos de amigos, correndo o risco de ser acusado de falta de rigor. Ora, estamos aqui no campo da moral, das práticas de linguagem e, também, da ideologia. É preciso arriscar. A forma de rigor mais absoluta que conhecemos, como todos sabem, é o rigor mortis. O texto que aqui se apresenta é muito vivo. (Maria Rita Kehl)

Este livro ultrapassa a idéia de elaboração acadêmica ou intelectual de um professor-pesquisador ao mostrar a maturidade de um percurso de vida dedicado às relações entre a Igreja Católica, o sofrimento humano, as transformações sócio-políticas-econômicas da sociedade e o lugar do psicólogo que as acolhe sob a forma de conflitos. William Castilho utiliza os sete pecados capitais para empreender sua análise do papel das mudanças sociais decorrentes desta fase tardia do capitalismo – o autor adota o termo neoliberalismo –, marcada pela impregnação do discurso da ciência na cultura e pelo novo lugar que vem sendo destinado à religião. Diante de tantas contradições, herdadas desde a colonização – machismo, racismo, lutas identitárias, dentre outras –, o autor nos coloca diante de um vórtice sustentado por aqueles que portam uma Bíblia e pregam a conquista de bens materiais exibindo sucesso financeiro. Outra fenomenologia da vivência dos pecados capitais?

Mais uma vez fica claro que a psicanálise está sempre em xeque sobre expectativas e resultados que a cultura pode querer lhe impor; mas, se há um imperativo ético, pode-se afirmar que ela deve estar sempre à altura das exigências específicas de seu tempo. (Dr. Jeferson Machado Pinto Psicanalista, professor aposentado da UFMG)


O Doloroso parto da mãe terra

A Covid-19 atingiu toda a humanidade e nos deu sábias lições, nascidas do sofrimento compartilhado por todos. Fez-nos sentir vulneráveis e expostos ao imprevisível. Obrigou-nos ao isolamento social que significou um verdadeiro retiro existencial para refletirmos sobre o sentido de nossa existência, como nos relacionamos com a Casa Comum, com a natureza e como nos tratamos mutuamente. O Coronavírus é um sinal que a Mãe Terra nos enviou para fazermos mudanças substanciais se quisermos que ela ainda nos aceite sobre seu solo.

Seguramente nos demos conta de que assim como o mundo estava, com tantas injustiças sociais e tantas agressões à natureza, não podia continuar. Temos que mudar na nossa mente que a Terra é a verdadeira Mãe e não um baú de recursos ao bel-prazer do consumismo. Temos que mudar no nosso coração que sente compaixão pelo grito da Terra, pelo grito dos pobres e pelo clamor da natureza agredida; mudar nos nossos hábitos tendo um consumo de sobriedade compartida; mudar nossa relação com os outros, sentindo-os de fato como nossos irmãos e irmãs vivendo em paz na mesma Casa Comum; mudar nossa relação para com a natureza, cuidando dela e sentindo-nos parte e não os seus donos e senhores.

Este livro reconhece “as vastas sombras” que pesam sobre o nosso planeta. Mas quer ser um livro de esperança. As dores que a Terra e todos nós estamos sentindo não são dores de alguém nas vascas da morte. Mas as dores de um parto pelo nascimento de um novo ser, um novo modo de ser: “uma sociedade de fraternidade sem fronteiras e de amizade social.

Resumo:

O mundo que sairá do Covid-19 seguramente não será o mesmo. O confinamento social, por mais duro que tenha sido, nos permitiu muitas reflexões e também decisões de como devemos operar grandes mudanças para que não se repita o que estávamos vivendo: uma acumulação absurda de riqueza em poucas mãos e grande parte da humanidade padecendo pobreza, fome e miséria. Esta situação é consequência da forma como resolvemos viver nos últimos três séculos. Sentíamo-nos como donos da natureza, explorando-a ilimitadamente, esquecendo que somos parte dela.

Foi então que muitos ecologistas, pensadores e especialmente o Papa Francisco nos deram preciosas contribuições para salvar a vida em nosso planeta. Ao paradigma moderno do ser humano como dono e senhor (dominus) com poder de dominação sobre tudo, dos povos, da natureza e da própria vida, apresentaram o paradigma do irmão e da irmã (frater) de todos os seres da natureza e especialmente entre os seres humanos. Vivendo juntos na mesma Casa Comum com uma fraternidade universal e um cuidado de uns para com os outros, podemos fundar uma biocivilização, um mundo onde a vida e não o lucro está no centro de tudo. Então teremos um futuro garantido de justiça, de paz e de profunda humanidade. Este é o propósito deste livro: Um doloroso parto da Mãe Terra.


Palavras da bíblia para casais

Este livro é um guia com 120 textos bíblicos cuidadosamente escolhidos do Antigo e do Novo Testamentos, para casais, pela autora que é especialista em acompanhar e aconselhar casais e famílias. Ela sabe o quanto a Palavra de Deus pode ser de grande ajuda diante de pequenos aborrecimentos diários, falta de comunicação ou profunda crise conjugal que dificulta a vida em família.

Cada casal faz suas experiências, sejam elas relacionadas ao tempo, doenças, dificuldades no trabalho, mas também à falta de escuta ou falhas de comunicação. Em meio às dificuldades, que por vezes parecem insuperáveis, a Palavra de Deus conforta e ilumina aqueles que dedicam tempo para ler e meditar o que o Senhor tem a lhes dizer.

A Palavra de Deus oferece para todos alimento para o pensamento. A cada dia, o casal pode aprofundar um assunto diário (acusação mútua, ciúme…) e assim iniciar um diálogo espiritual. A obra tem uma metodologia que remete ao estilo de lectio conjugal para nutrir a vida de fé dos casais e da família que deseja aprofundar sua espiritualidade e melhorar a sua convivência.

Resumo:

Esta obra tem como objetivo apresentar por meio de passagens bíblicas, histórias e relatos, conteúdos e situações que falam de casais e para casais. Os textos propostos podem ser meditados individualmente ou a dois. Cada texto é acompanhado de um curto comentário, seguido de questões para refletir e cultivar o diálogo conjugal, ou de uma proposta para realizar uma oração, ou ainda de uma resolução a ser tomada individualmente ou a dois. Este é um livro de cabeceira, no qual Deus fala aos casais, e se dirige a eles na particularidade de sua vocação: o matrimônio.