O mês de junho, há algum tempo, é marcado pelos encontros vocacionais realizados em diferentes territórios da Província da Imaculada Conceição. É, para a maioria dos vocacionados, o primeiro encontro com outros jovens que estão no mesmo processo de discernimento. 

O primeiro encontro vocacional foi de 31 de maio a 02 de junho, na fraternidade São Boaventura, em Campo Largo (PR). Participaram oito vocacionados da região Sul como: Ituporanga (SC), Blumenau (SC), Chopinzinho (PR), Pato Branco (PR) e Curitiba (PR).

O objetivo desse encontro é despertar nos vocacionados maior consciência sobre a vida religiosa e o carisma franciscano. Como de costume, a programação do encontro contempla a própria rotina da fraternidade que acolhe os vocacionados. Desse modo, eles já podem ter uma percepção real da vida de oração, trabalho e convivência dos frades. 

De 14 a 16 de junho o encontro foi no outro extremo da Província, no Espírito Santo. O grupo de seis vocacionados que estão sendo acompanhados nas duas fraternidades de Vila Velha e em Colatina reuniu-se na “Casa Verde”, aos pés do morro do Convento, num espaço adequado para boa acolhida. 

Nesse fim de semana o encontro foi marcado por uma boa formação dada por Frei Clarêncio Neotti, no Santuário do Divino, que falou sobre a vocação franciscana e os fundamentos do carisma de São Francisco de Assis. Também houve oportunidade de um encontro com Frei Pedro Engel, que partilhou com os jovens o testemunho de sua vocação e acentuou, principalmente, a vida simples de serviço e oração do irmão leigo.

Para os vocacionados de São Paulo, o encontro foi em Guaratinguetá, no Seminário Frei Galvão, nos dias 21 a 23 de junho. Estiveram presentes os jovens que estão sendo acompanhados nas fraternidades Frei Leão (Itatiba), Bom Jesus dos Aflitos (Sorocaba), Imaculada (Sede Provincial) e São Francisco (Largo São Francisco). 

Os frades do Serviço de Animação Vocacional (SAV), consideram interessante o encontro numa casa de formação, pois favorece aos vocacionados a experiência concreta de convivência com outros formandos, que já estão no processo formativo, além do conhecimento da realidade que eles devem assumir quando forem formandos franciscanos.

Em todos os momentos de vivência são estudados os valores que devem motivar a adesão à vida religiosa franciscana. Os vocacionados foram provocados a perceber se a sua experiência de fé e vocacional está em unidade com aquilo que pede também a Ordem dos Frades Menores, em relação à sua identidade carismática. São valores que os frades já abraçaram e devem acompanhar toda a vida e ação:

1-Espírito de oração e devoção

Cultivar, na contemplação do mistério de Deus e de sua ação na história, o projeto de vida e missão nascido de uma experiência de fé em fraternidade.

2-Fraternidade e Minoridade

Viver e agir em fraternidade, no lugar e na atitude de menores.

3-Penitência, pobreza e espírito missionário

Viver como penitentes, sem se apropriar de nada, como discípulos de Jesus Cristo, dispostos a se desinstalar e a cruzar fronteiras para ir às periferias geográficas e existenciais.Justiça, Paz e Integridade da Criação

Ser uma fraternidade solidária com os pobres e excluídos, e comprometida com os valores da reconciliação, justiça, paz e integridade da Criação.

4-Comunhão com a Igreja

Viver nossa vocação e missão na e com a Igreja, Povo de Deus, em espírito de obediência e reverência aos seus pastores.

5-Comunhão com a Ordem e a Família Franciscana

Viver em comunhão com todos os irmãos e irmãs, dados pelo Senhor, nesta família carismática.

6-Comunhão com os leigos

Assumir o serviço evangelizador de forma partilhada com os leigos e leigas, numa Igreja toda ela portadora do dom do Evangelho.

7-Diálogo ecumênico, inter-religioso e intercultural

Andar pelo mundo como servos e súditos de todos, pacíficos e humildes, com olhar positivo e acolhedor, dispostos a conviver, dialogar e colaborar para o bem, com as diferentes Igrejas, religiões, culturas e pessoas de boa vontade.

Que esses 26 jovens possam perseverar e abraçar sempre mais esses valores franciscanos e, assim, darem prosseguimento à caminhada na Ordem, passando a morar nas fraternidades de acolhimento vocacional da Província. Continuemos rezando pelas vocações e que as fraternidades abracem com ainda mais vigor esse bonito trabalho de acompanhar os operários da messe que o Senhor nos envia.

---

Frei Jeâ Paulo Andrade