Vicentinos realizam Peregrinação Jubilar ao Convento da Penha
02/09/2025

Milhares de confrades e consócias, como são conhecidos os “vicentinos”, realizaram na tarde de sábado, 30 de agosto, a 33ª Peregrinação Vicentina ao Convento da Penha, uma romaria anual que expressa a devoção à Virgem da Penha e gratidão a Deus pelos serviços aos mais pobres e vulneráveis. A Sociedade de São Vicente de Paulo é uma instituição de leigos, fundada em Paris, dia 23 de abril de 1833, por Antônio Frederico Ozanam.
A concentração da romaria foi em frente ao Conselho Central de Vila Velha, próximo a Igreja do Rosário, na Prainha. Em seguida, subiram até o Campinho, louvando, cantando, rezando o terço e refletindo sobre a história do santo dos pobres.
No Campinho, foram expostas as Relíquias e uma Réplica do corpo de São Vicente de Paulo. As Relíquias são: uma carta escrita por São Vicente a Santa Luísa de Marillac, em maio de 1630. Um osso da costela de São Vicente (relíquia de primeiro grau); e um fragmento de uma túnica usada pelo santo (relíquia de segundo grau).

A Santa Missa presidida pelo Arcebispo de Vitória, Dom Ângelo Ademir Mezzari, RCJ, foi concelebrada por padres da Arquidiocese de Vitória. “Essa peregrinação é um gesto, um ato de muita esperança, o amor não morreu, a caridade não morreu, o cuidado dos pobres não acabou, eles estão entre nós. Os pobres são nossos irmãos, a quem devemos amar. Como dizia São Vicente, são nossos ‘mestres e senhores’, aquilo que São Vicente intuiu tantos anos atrás, que hoje a igreja recorda, nós evangelizamos os pobres, mas os pobres nos evangelizam, nos ajudam a viver a fé, nos ajudam a viver o amor, a viver a esperança, nos chamam a partilhar, nos chamam a condividir, nos chamam a ser caridosos. Por isso, nesse jubileu, na visita das Relíquias, aqui aos pés de Nossa Senhora da Penha, nós queremos todos juntos, como Igreja de Jesus Cristo, renovar a nossa esperança, encher o nosso coração de esperança, porque Cristo é verdadeiramente a nossa esperança”, disse.

“Essa Peregrinação acontece em uma ocasião tão bonita, tão especial… A visita das relíquias que está percorrendo o nosso país, que percorreu agora o Espírito Santo e concluindo-se aqui em nossa Arquidiocese, por isso a presença de cada um das diversas caravanas, peregrinos que vieram, nós queremos agradecer a Deus pelo vosso esforço, vosso empenho, também pela alegria de estarem juntos, caminhando juntos, sendo peregrinos e peregrinas de esperança. A visita das Relíquias nos lembra a grande santidade de São Vicente, uma memória de 400 anos, quando essa família começa a se constituir, com tantos ramos, tantas ramificações que hoje continua permeando no mundo todo, esse carisma do amor, o carisma da caridade de modo particular. Nós vos acolhemos com alegria, celebramos essa Eucaristia, pedimos a intercessão de Nossa Senhora da Penha, estamos no jubileu da esperança, todo o povo de Deus do mundo inteiro, é chamado a celebrar esse ano, a esperança não decepciona, a esperança não engana, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações. Hoje nós celebramos a esperança, a esperança da família Vicentina, a esperança do seu carisma, da sua missão, a esperança das suas obras, da sua caridade, do seu cuidado com os pobres, das suas preces pelos padres, pelo clero, do seu cuidado com o povo de Deus, hoje esse anúncio jubilar acontece aqui”, afirmou Dom Ângelo durante a reflexão.
Na sequência, o Arcebispo conclamou os fiéis a pedirem o dom da esperança, do exemplo de São Vicente. “Que a família vicentina, continue sendo este sinal de amor, de esperança, e onde um pobre é cuidado, onde uma família é atendida, onde alguém é acudido todos os dias, nas demais situações, a gente perceba que aí se realiza o Reino de Deus, aí está Jesus Cristo, aí alguém vive a fé, e aí nós nos enriquecemos, porque Jesus Cristo verdadeiramente é a nossa esperança. De São Vicente de Paulo, vamos guardar tudo isso que nós sabemos, o amor aos pobres, o cuidado com eles. Estamos aqui no Convento da Penha, uma história de quase 500 anos, São Vicente se preocupou com a evangelização, a instrução cristã, a educação, a formação do povo de Deus, é um compromisso nosso, evangelizar, levar a esperança, elevar o conhecimento de Jesus, do Seu Evangelho, da Sua Palavra, dos valores mais caros que nós temos, o amor, a compaixão, a misericórdia, a esperança, a paz, vamos pedir hoje, essa graça, para que como igreja, sejamos esses sinais, que vão levando ao povo de Deus, ajudando a viver a sua fé, vamos rezar também, para que na igreja não faltem as santas vocações”.
Após a bênção, os fiéis puderam se aproximar das relíquias e rezar, fotografar e contemplar por alguns instantes.
Cristian Oliveira (ASCOM)





