Trabalho voluntário é atividade para formar alunos
07/12/2018
Por que atividades solidárias, como as que o Projeto Bom Jesus Social propõe, melhoram a formação de cidadãos?
Num momento em que se fala com frequência sobre ajudar o próximo, estreitar os laços entre escolas e instituições que carecem de trabalho voluntário pode ser uma estratégia de formação de alunos, profissionais e cidadãos melhores, além de despertar interesse da própria família por ações sociais. Seja por meio do contato com idosos, outras crianças carentes ou até mesmo refugiados, participar de ações voluntárias traz efeitos também para a vida adulta.
Segundo o professor de Formação Humana do Colégio Bom Jesus, Santareno Augusto Miranda, as crianças hoje estão mais abertas a colaborar com os outros e mais sensíveis aos problemas sociais. “As notícias sobre guerra, refugiados, problemas sociais chegam às crianças por diversos meios de comunicação. Isso contribui diretamente na sensibilização das crianças para ajudar e apoiar o próximo”, observa.
Papel da escola – As escolas que desejam formar crianças e jovens com o olhar voltado para as necessidades de sua comunidade precisam criar mecanismos para que eles possam conhecer, identificar essas necessidades e conviver com as diferenças. Para o professor Miranda, a escola pode incentivar esse processo com informações de conscientização sobre os problemas sociais, palestras, visitas a instituições que trabalham com asilos, creches, colégios municipais e estaduais, orfanatos, entre outros.
No Colégio Bom Jesus, o projeto Semeando o Bem, alinhado ao objetivo do Bom Jesus Social de educar ao humanismo solidário, tem promovido palestras para alunos do Ensino Médio sobre como ser voluntário em várias instituições e organizações não governamentais. Além disso, os alunos ainda visitam creches, asilos e Centros de Educação Infantil de Curitiba (CMEI). Durante os encontros, são desenvolvidas atividades para interação com crianças e idosos. No asilo, por exemplo, os alunos fazem maquiagem nas idosas, jogam cartas, cantam canções, preparam e servem o lanche. No CMEI, fazem brincadeiras de pintura no rosto, desenhos, gincanas e auxiliam servindo o lanche às outras crianças.
Também são realizadas visitas aos centros de apoio aos refugiados haitianos e sírios. “Nessas visitas, além de ouvirem sobre a história do país e como a fuga aconteceu, incentivamos os alunos a interagirem em conversas. Após a visita, os alunos são desafiados a fazer doação de alguma coisa que perceberam ser uma necessidade dos refugiados”, conta o professor.
Outra instituição que o Colégio Bom Jesus tem se disponibilizado a ajudar é o CAIS – Casa de Amparo Irmã Sheila. Quinzenalmente os alunos do Médio da Unidade Divina Providência se deslocam para desenvolver atividades recreativas e reforço escolar.
Integração da família – Muitas famílias têm sido integradas nas atividades voluntárias de seus filhos por meio de iniciativas da escola. Miranda percebe que os pais dos alunos são bem ativos nesse processo, levam e buscam seus filhos ao colégio, compram o que os filhos solicitam para doar às instituições visitadas. Alguns pais também se tornaram voluntários nas instituições já visitadas pelos alunos. “No asilo, um pai de aluno, ao saber que o local não tinha toalhas e cobertores para todos os idosos, comprou duas toalhas de banho e duas toalhas de rosto para cada um. Outros pais são voluntários como professores de língua portuguesa aos refugiados haitianos e sírios, há os que adotaram famílias de refugiados e os que os empregaram em suas empresas e condomínios”, lembra Miranda.
Retorno na vida adulta – A juventude pode contribuir para um mundo melhor, quando, já criança, recebe o incentivo a não só ouvir, mas ver, participar e conviver com realidades sociais diferentes. As virtudes requerem atitudes e essas podem forjar na criança o jovem que terá valores humanistas. “Alguns dos ex-alunos Bom Jesus, que se voluntariaram, seguem com essas atividades na FAE e em outras faculdades”, conta o professor.
Semeando o Bem não é, nesse sentido, uma iniciativa isolada das ações do Projeto Bom Jesus Social. Segundo Frei Claudino Gilz, tal iniciativa está associada a outras ações socioeducativas desenvolvidas nas Unidades do Grupo Educacional Bom Jesus voltadas à defesa e promoção dos direitos humanos, à conscientização da igualdade igualdade étnico-racial, à valorização da diversidade, ao cuidado do meio ambiente e à melhoria das condições de vida da população mais pobre, contribuindo para a minimização das desigualdades e das fraturas sociais.
MEP arrecada mais de R$ 100 mil para o Hospital Pequeno Príncipe
Estudantes do 1.º ano do curso de Administração Integral da FAE criam empreendimentos em prol da instituição
Ações sociais são aquelas que se desenvolvem em benefício da comunidade, oportunizando a transformação pessoal dos envolvidos, a melhoria das condições de vida dos destinatários da ação por meio do cultivo do sentimento de solidariedade com os mais pobres, entre outros. O Projeto FAE Social, lançado em junho de 2018, inspira-se no exemplo de São Francisco de Assis, que se notabilizou por agir com humanidade para com todos e estender a mão aos que nada tinham.
Alinhados aos objetivos do FAE Social, os alunos do curso de Administração Integral da FAE (MEP) conseguiram, neste ano de 2018, superar o recorde de anos anteriores de arrecadação de recursos financeiros para o Hospital Pequeno Príncipe. Mais de 100 mil reais foi a quantia entregue na tarde de 4 de dezembro, por alunos, professores e responsáveis da FAE aos representantes do hospital. Hospital esse que depende de recursos públicos (SUS) e de iniciativas solidárias da comunidade para manter o atendimento a crianças acometidas por doenças de média e alta complexidade, principalmente nas áreas pediátrica, cirúrgica, neonatal e cardíaca.
A parceria, que já dura oito anos, convida os alunos do MEP a planejar e a desenvolver ações sóciodministrativas ao longo do ano letivo no intuito de arrecadar fundos para o maior hospital pediátrico do país. De acordo com o professor orientador Luis André Werneck Fumagalli, “a evolução da disciplina e o engajamento dos alunos foram fundamentais para esse resultado tão positivo. Mesmo com pouco conhecimento, em tentativas de acerto e erro, eles aceitaram o desafio e conseguiram chegar aos resultados”.
Quebra de recorde
Imbuídos de ideias que foram de jantar de gala a venda de toalhas personalizadas, os alunos do 1.º ano do MEP da FAE desenvolveram durante todo o semestre, na disciplina de Empreendedorismo Social, projetos que agora vão impactar de forma positiva a vida de milhares de crianças atendidas pela entidade de saúde sem fins lucrativos.
Eduardo Breowicz Slonski, integrante da ideia “Compartilhando alegria”, que confeccionou toalhas personalizadas e foi o projeto que obteve o maior retorno financeiro, acredita que a união do grupo, a força das marcas e o objetivo da disciplina foram os maiores responsáveis pelo resultado.
“A disciplina é muito bem pensada. Acho muito legal ter esse tipo de atividade. Meu grupo esteve muito focado na busca das metas traçadas e organizado, mas ter marcas tão fortes como a da FAE e a do Hospital foi um fator muito importante na hora de vender nosso produto. Agradeço as instituições pela oportunidade e pelo aprendizado alcançado”.
O valor arrecadado será destinado a pesquisas e despesas gerais do hospital que em 2019 completa 100 anos e já projeta novos recordes com a parceria, como aponta Rodrigo Lowen, representante do hospital.
“Esse trabalho é muito importante para a gente. Essa parceria casa ideias em comum que nós, do Hospital, e a FAE temos: mobilizar pessoas e auxiliá-las em seu desenvolvimento. Temos sempre boas expectativas a cada ano e já projetamos um novo recorde na próxima edição”.
Além de sensibilizar a sociedade para o humanismo solidário, ações sociais como essas dos alunos do curso de Administração Integral contribuem para levar a bom termo a própria missão da FAE Centro Universitário: Educar para a promoção de uma sociedade justa, sustentável e feliz.
Pastoral do Bom Jesus promove encontro de catequistas
No dia 1.º de dezembro de 2018, catequistas de Curitiba e Região Metropolitana reuniram-se na Casa de Retiros Santo André, em Campo Largo, para um dia de reflexão, estudo, partilha e confraternização, coroando com alegria e gratidão a Deus todas as atividades realizadas na catequese ao longo do ano. Esse dia de encontro e formação foi preparado pela Coordenadora da Pastoral, Rita Kleinke, em conjunto com as irmãs da Casa de Retiro e o Frei Mário José Knapik.
Na parte da manhã, as Irmãs Maria Cacilda e Elaine conduziram a reflexão ao respeito do tempo do advento, com ênfase na Encarnação do Filho de Deus. Os catequistas puderam fazer uma experiência de interiorização por meio de momentos formativos da contemplação da Encarnação. Houve momentos de meditação e retirada ao silêncio, de maneira que os participantes puderam voltar sua atenção aos sinais desse tempo e, assim como Maria em sua gestação se preparou para a vinda do Senhor, cada um pôde pensar e se comprometer com ações diárias para o Natal do Senhor.
Como destacou Irmã Maria Cacilda, “a Encarnação do Verbo eterno de Deus no seio da Virgem Maria pela ação do Espírito Santo não é um ato pontual; é o início de um processo que se prolonga por toda a vida de Jesus e que só termina com sua morte, quando Jesus entrega sua vida nas mãos do Pai. Contemplar a encarnação é ver a humanidade com os olhos de Deus e responder aos apelos do mundo contemporâneo com ternura e misericórdia”.
No período da tarde, a Coordenadora da catequese conduziu um momento de partilha com os catequistas em relação à caminhada da catequese neste ano: cada catequista pôde partilhar fatos e experiências marcantes de seu trabalho catequético. Em seguida, Frei Mário presidiu a celebração eucarística acentuando a missão evangelizadora de cada catequista, fruto do diálogo, da experiência de fé com Deus e da vivência dos valores cristãos. Neste tempo do advento em preparação ao Natal, permanecemos vigilantes na fé, na oração e atentos aos “sinais” da vinda do Senhor. Com espírito de gratidão, vivamos com entusiasmo, amor e alegria cada dia de nossa vida.