Foto: Vatican Media

Entre os professores, alunos e colaboradores presentes, também S.B. o Cardeal Pierbattista Pizzaballa, Patriarca Latino de Jerusalém, fr. Massimo Fusarelli, Ministro Geral da Ordem dos Frades Menores, Frei Francesco Patton, Custódio da Terra Santa, Frei Agustín Hernández, Reitor Magnífico da Pontifícia Universidade Antonianum, e Frei Rosario Pierri, Decano da Faculdade de Ciências Bíblicas e Arqueologia.

Em seu discurso, o Papa dirigiu-se aos presentes, dizendo: “Desde então, isto é, desde a data da fundação do Studium em 1924, a sua história está ligada à presença dos Frades Menores na Terra Santa. Hoje, cem anos depois, gostaria de recordar alguns aspectos. Em primeiro lugar, o fato de o Studium, com a sua Biblioteca e Museu, ter dado e continuar dando impulso a importantes escavações arqueológicas em diversos sítios, realizando preciosas descobertas, até obter, em 2001, o reconhecimento de Facultas Scientiarum Biblicarum et Archaeologiae. Assim foi determinada a sua peculiaridade de combinar o estudo da Sagrada Escritura com a permanência nos Lugares Santos e a pesquisa arqueológica; e isso vos permitiu ampliar e aprofundar notávelmente programas e metodologias.

“Além disso, para vós, o amor pelos textos bíblicos é um amor fundado na mesma vontade de São Francisco.”

O Papa também recordou: “A atual situação da Terra Santa e dos povos que nela habitam, que nos envolve e nos machuca. É muito sério sob todos os pontos de vista.”

“O Studium Biblicum Franciscanum expressa muito bem a vocação da Igreja de Jerusalém. Foi o centro que deu a conhecer, através das escavações arqueológicas, que a Encarnação não é apenas uma ideia, que pode ser tocada através das pedras que marcaram a passagem de Jesus. Deu formação e amor a muitas gerações de sacerdotes e leigos para com a Sagradas Escrituras e a Bíblia. Portanto, dois elementos fundadores daquilo que é a vocação de Jerusalém, que se expressa de forma única e pela qual somos extremamente gratos”, disse S.B. Card. Pierbattista Pizzaballa, Patriarca Latino de Jerusalém.

“O encontro com o Papa é sempre um encontro, eu diria particular e estimulante. O Papa convidou-nos a continuar este serviço de pesquisa que realizamos através do Studium Biblicum Franciscanum de Jerusalém. Gostaria de recordar que foi precisamente o amor à Palavra de Deus que levou São Francisco à Terra Santa há oito séculos, porque ele tem um amor particular – diz-nos seus escritos – pela Palavra Eterna do Pai que nasce de Maria, portanto aquela palavra que é nata de Maria, e depois também aquela palavra que se estuda, poder estudá-la no ambiente em que a palavra foi revelada, em que se fez carne, adquire uma profundidade totalmente diferente. Digo sempre que quem lê a palavra de Deus, em qualquer parte do mundo, a lê em duas dimensões, enquanto quem a lê na Terra Santa, a lê em três dimensões, porque não lê simplesmente a folha plana de papel, mas lê a palavra num ambiente que é precisamente o ambiente bíblico”, ressaltou Frei Francesco Patton,, ofm- Custódio da Terra Santa.

E Frei Rosario Pierri, ofm- Decano do Studium Biblicum Franciscanum, disse: “Em primeiro lugar, viemos como peregrinos de Jerusalém à Roma. Geralmente a viagem é feita ao contrário. Seguimos os passos de São Pedro e São Paulo para levar a nossa saudação ao Santo Padre e para ouvir a sua palavra. O Santo Padre acolheu-nos e prestou-nos esta homenagem, e para nós foi uma honra muito grande ouvir suas palavras de encorajamento, especialmente neste período em que a situação política na Terra Santa não é tão feliz. Nós, juntamente com a Custódia da Terra Santa, realizamos o nosso serviço de apostolado, de evangelização. Sempre defendemos que estudar a Sagrada Escritura, como disse o Santo Padre no seu discurso, é evangelização, é levar a Palavra de Deus às pessoas, aos pobres, para encorajá-los a viver, para estar perto deles”.

Fonte: Vatican News (texto de Lurdinha Nunes)