Notícias - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

“Será que a minha vida tem sido sinal de Deus”, a reflexão do 6º dia da Novena de Frei Galvão

21/10/2022

Notícias

 Guaratinguetá (SP) – No sexto dia de Novena em preparação à Festa de Frei Galvão, no Santuário Frei Galvão, em Guaratinguetá (SP), Pe. André Gustavo de Sousa, pároco da Paróquia Nossa Senhora da Conceição Aparecida e São Benedito, em Aparecida (SP), presidiu a Santa Missa, às 15 horas. Mas o reitor do Santuário, Frei Diego Atalino de Melo, anunciou com alegria a presença de um grande grupo de frades que veio participar da Celebração Eucarística.

Segundo Frei Diego, os frades fizeram questão de marcar o Encontro da Formação e Estudos da Província da Imaculada Conceição durante a Festa de Frei Galvão, para que pudessem participar. Saudando os fiéis devotos do primeiro santo brasileiro, Frei Diego explicou que o celebrante tem um coração franciscano: é irmão de Frei Rogério Viterbo, o frade custódio da Custódia Franciscana das Sete Alegrias de Nossa Senhora (MS/MT). “Então, sinta-se em casa”, saudou o Frei Diego.

Na Festa deste ano estão sendo recordados os 200 anos da passagem de Frei Galvão para a eternidade, com o tema: “É morrendo que se vive para a vida Eterna”. Uma motivação proveniente da Oração da Paz atribuída a São Francisco de Assis. O gesto concreto deste terceiro dia da Novena foi a doação de leite.

Pe. André fez sua reflexão a partir do tema do dia: “Frei Galvão, Presença Viva dos Sinais de Deus”. Ele lembrou que a Palavra de Deus está falando de sinal, quando Jesus lamenta que os seus ouvintes sejam capazes de interpretar os sinais do tempo e não captem os sinais que representam a chegada do Reino de Deus. “A gente sabe quando vai chover, quando vai esquentar, quando vai esfriar, é mais ou menos assim que funciona, apesar do clima estar um pouco instável nesses últimos tempos por conta da nossa irresponsabilidade, por nossa falta de cuidado com a Casa Comum”, disse.

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“Mas será que essa chamada de atenção para aquela gente não serve para nós também que nos consideramos e até podemos ser entendidos de tantas coisas, mas não estamos atentos aos sinais da sua presença no meio de nós, aos sinais do Reino acontecendo no meio de nós? Será que muitas vezes não estamos preocupados e ocupados com tantas coisas que não são importantes e necessárias que estamos deixando as coisas de Deus, o projeto e Deus na nossa vida em segundo plano?”, questionou. “Porque Jesus disse àquela gente: ‘Vocês entendem de muitas coisas mas não reconhecem o Reino que já chegou, não reconhecem em mim a salvação acontecendo, não acolhem o que eu anuncio, os milagres que realizo, não se convertem, não se transformam, não buscam viver em paz reconciliados uns com os outros”, acrescentou.

Para Pe. André, há muitos sinais da presença de Deus no meio de nós, nos acompanhando em nossa história. “Quer sinal melhor do que os santos, do que o santo Frei Galvão, que além de intercessor deve ser modelo de vida para nós, de uma vida perfeitamente conformada ao Evangelho de Jesus, de uma vida comprometida com o anúncio e o testemunho do Reino de Deus. Ele que, certamente, soube ler os sinais de Deus no seu tempo, na sua história, fez a diferença, não sem razão é chamado de o ‘santo da caridade’, o ‘santo da paz'”, indicou.

O celebrante, contudo, fez algumas provocações: “O que ele inspira a viver e a buscar? Se a novena de Frei Galvão não produzir frutos de conversão pessoal, de conversão comunitária, de que adianta a gente estar aqui fazendo festa para ele! Ou qualquer santo, não é? A gente tem a nossa devoção, o nosso amor, a nossa veneração é para que nos inspiremos nas virtudes daqueles que entenderam tão bem o Evangelho de Jesus, daqueles que tiveram inteligência e sabedoria para reconhecer na vida sinais do amor e da presença de Deus e comprometeram a vida com total fidelidade, com radicalidade, com total entrega ao Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. Se olharmos hoje a nossa história, os tempos que vivemos, com as suas alegrias e, claro, com as suas dores, com as suas tristezas, se Frei Galvão estivesse hoje presente nesta história, como ele agiria?  Como ele se comportaria? O que ele diria a nós que somos discípulos e discípulas de Jesus? Pensemos nisso. E como nós estamos nos comportando, como estamos sendo sábios o suficiente para reconhecer o que Deus nos diz, o que Deus pede a nós neste momento em que vivemos na nossa história?”

“O sinal maior é Jesus e Jesus no meu e no seu coração, como viveu no coração de Frei Galvão, faz de nós, como fez de Frei Galvão, um sinal para o outro, para o próximo”, ensinou.

Mas Pe. André continuou os questionamentos: “Será que a minha vida tem sido sinal de Deus? Será que os irmãos conseguem fazer a experiência do Reino de Deus, da paz, do amor, da justiça, da misericórdia, da ternura, da bondade, da mansidão, através daquilo que eu vivo, daquilo que eu sou chamado a viver ma minha missão como cristão e cristã? Tem muitos cristãos e cristãs que estão um pouco perdidos, desorientados, nos sinais. Ao invés de fixar os olhos e o coração em jesus Cristo, estão perdendo o rumo das coisas e deixando de ser sinal de Deus, sinal de fé e de esperança, sinal de amor para os irmãos”, lamentou.

Para ele, Jesus pede no Evangelho que vivamos reconciliados, que busquemos viver em paz uns com os outros. “E a paz só acontece quando o amor é o princípio e o fundamento daquilo que falamos, daquilo que praticamos, enfim daquilo que somos chamados a viver nessa nossa caminhada também de busca de santidade. Reconhecendo a vida e a história de Frei Galvão e contando sempre com a sua intercessão, quais virtudes tenho no meu coração que são muito parecidas com as virtudes deste santo? Será que eu consigo identificar, será que eu estou parecendo um pouquinho com o Frei Galvão? Na prática do Evangelho, no meu compromisso da promoção da paz, do bem? Será que a minha vida tem sido sinal de Deus, sinal do Reino de Deus para os irmãos e irmãs? Vou dizer mais uma vez não adianta fazer novena, não adianta rezar, não adianta pedir para santo nenhum se a gente depois não colocar em prática aquilo que o santo nos ensina, aquilo que o santo nos inspira a viver, ou seja, viver o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo”, insistiu.

“Qual seria o conselho de Frei Galvão hoje, iluminados por essa Palavra de Deus? Sejamos mais sábios, tenhamos mais bom senso para perceber os sinais da presença de Deus, sinais da presença de Deus. Sejamos agradecidos e também nos convertamos em sinais de Deus para os irmãos, praticando as virtudes tão recomendadas para nós na Palavra de hoje, e assim como Frei Galvão e com Frei Galvão, a gente vai também vai fazer qo Reino de Deus acontecer no meio de nós”, exortou o celebrante.

MISSA DAS 19 HORAS

 Pe. Raphael: “A santidade não é impossível”

O Pe. Raphael Felipe, neo-sacerdote (foi ordenado no último dia 10 de setembro) e exerce seu ministério na Paróquia Nossa Senhora da Glória, presidiu a segunda Missa da Novena em louvor a Frei Galvão nesta sexta-feira (17/10), às 19h30. O reitor do Santuário, Frei Diego Atalino de Melo, acolheu o celebrante e os frades estudantes de Teologia que vieram para participar da Festa de Frei Galvão. O povo lotou o Santuário e precisou acompanhar no telão ao lado da igreja.

“Vou ser o teu seguidor”, pediu o celebrante para a assembleia cantar preparando sua pregação. “Frei Galvão foi um ilustre seguidor do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. Hoje é um santo canonizado pela nossa Igreja. A Igreja reconhece a sua santidade. Por isso, todos nós estamos aqui neste novenário, por isso todos nós estamos rezando aqui. Nós estamos celebrando Deus. O Deus de todos os santos, o Deus de todos os anjos, o de Deus de Frei Galvão”, disse.

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O celebrante chamou a atenção para não não perder de vista o sinal principal que é Jesus. “Os santos são sinais que apontam para Jesus. Se você também leva a salvação no seu trabalho, na sua vida, você também é sinal de Deus”, animou.

“A gente consegue interpretar os sinais do tempo, mas tem dificuldades de interpretar os sinais da evangelização. Deus está agindo, Deus está fazendo, Deus está cuidando, Deus está amando, Deus está salvando. Celebrar um santo da nossa terra, de rezarmos e venerarmos um santo da nossa terra, é a oportunidade de perceber que Deus nos quer santos e que a santidade não é impossível”, ressaltou, lembrando, contudo: “A cruz é o caminho para a santidade”.

Missão no hospital Frei Galvão 

Nessa sexta-feira, dia 21 de outubro, os frades realizaram missão no hospital Frei Galvão, que fica localizado no bairro São Bento em Guaratinguetá. Visitaram o Hospital Maternidade. Percorreram diversos setores do Hospital. Rezaram com os pacientes e as pessoas que estão em fase de tratamento clínico. Em mãos, a capelinha do primeiro Santo brasileiro.

PROGRAMAÇÃO

22 de outubro – Sábado (Gesto concreto: Produtos de higiene pessoal)

09h00 – Programa “Sábado no Santuário” – TV Aparecida
09h00 – Abertura das Barraquinhas de Doces e salgados
11h00 – Chegada e Bênção dos Ciclistas (Pedal de Frei Galvão)
15h00 – Missa 7° dia da Novena – Tema: “Frei Galvão, Terra Fértil de Frutos Bons”.
17h00 – Apresentação do Coral Canarinhos de Petrópolis
19h30 – Missa 7° dia da Novena – Tema: “Frei Galvão, Terra Fértil de Frutos Bons”
21h00 – Show com Ariane Zaine (The Voice)21h00 – Ação entre amigos


Equipe de Comunicação do Santuário Frei Galvão