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Romaria das Mães: Fiéis lotam Campinho do Convento em tradicional homenagem às mães

15/05/2023

Notícias

Vila Velha (ES) – Milhares de fiéis participaram da 67ª edição da Romaria das Mães ao Convento da Penha, na tarde de sábado (13), no Campinho do Santuário da Mãe das Alegrias, em Vila Velha, Espírito Santo. O encontro de fé e tradição foi repleto de emoção. Já no fim da manhã, diversas caravanas do interior capixaba foram chegando. Romeiras de João Neiva, Domingos Martins, Afonso Cláudio, Marechal Floriano, Santa Teresa, Santa Maria de Jetibá, Anchieta, Colatina, Cachoeiro de Itapemirim e de várias outras cidades, além da Grande Vitória, participaram do evento. A romaria marca uma das celebrações mais importantes no calendário mariano, já que precede o Dia das Mães e algumas festas de Nossa Senhora no mês dedicado a Maria.

A primeira Romaria das Mães foi realizada em 1956, quando as mulheres do interior do Estado aproveitavam a vinda à Capital para compra dos presentes de Dia das Mães, para oferecer flores a Nossa Senhora da Penha. Como grande parte delas não conseguiam participar da Festa da Penha, por conta da dificuldade de chegar até Vitória, o sábado que antecedia o Dia das Mães era a oportunidade que elas tinham para homenagearem Nossa Senhora da Penha. Até o início dos anos 2000, a celebração era chamada de “Missa das Mães no Convento” e acontecia na Capela no cume da montanha. Com o passar dos anos, com o aumento da participação dos fiéis, a pedido dos freis na época, a Missa passou a ser conhecida como “Romaria das Mães” e a ser realizada no Campinho.

Neste ano, por um feliz coincidência ou por providência divina, a Romaria aconteceu no dia em que a Igreja fez memória de Nossa Senhora de Fátima. O Campinho do Convento ficou repleto de mães, mulheres, filhos e filhas, devotos de Nossa Senhora da Penha. O encontro de mães expressou mais do que mulheres que, com gratidão sobem à Penha Sagrada… Revelou o que há de melhor numa relação de filho e mãe: o amor generoso!

A equipe de acolhida animou as romeiras por cerca de uma hora, com cantos conhecidos e também meditativos. A condução do momento inicial ficou por conta de uma das organizadoras da Romaria, a voluntária Maria José Quintaes. Na sequência, Zezé contou a história da Romaria e abriu a primeira homenagem à Nossa Senhora.

“Vocês não sabem como estamos felizes hoje à tarde em receber nossas mães aqui no Convento da Penha. Mais do que o nosso Oitavário da Festa da Penha, esta Romaria, que já está completando quase 70 anos de história, marca para nós o fim das festividades de Nossa Senhora da Penha. Normalmente, depois desta romaria nós retiramos o terço que é colocado entre as palmeiras, tradicionalmente no sábado santo. Este ano o terço vai continuar um pouquinho mais porque nós teremos também, no dia 27 de maio, o encontro estadual do Terço dos Homens. Esta romaria marca tudo aquilo que vivemos e celebramos ao longo das festividades de Nossa Senhora da Penha”, lembrou o frei.

“Nós vivemos um tempo tão difícil ao longo desses últimos três anos, quando enfrentamos uma grande pandemia. Quando tantas mães perderam filhos e parentes queridos e temos o privilégio hoje de estar aqui, quando ainda há 15 dias, foi oficialmente, decretado o fim da pandemia. Hoje rezamos por vocês que estão aqui, rezamos por aquelas que estão em casa, as mães doentes, tristes, acamadas. Rezamos também por aquelas mães que estão na eternidade, lá no céu, para que elas intercedam junto a Deus e a Maria, por todos nós”, enfatizou Frei Djalmo.

Ao final da Missa, dois momentos marcantes. O primeiro foi o testemunho do diácono transitório Anderson. Ele contou que sua mãe, dona Maria da Penha, sempre foi devota de Nossa Senhora da Penha, quando engravidou foi orientada para que abortasse, mas ela se manteve perseverante e colocou sua própria vida em risco, já que o bebê estava com o cordão umbilical enrolado no pescoço. Pela intercessão de Maria Santíssima, o parto foi bem-sucedido e hoje o seu filho é um vocacionado para o sacerdócio. O outro momento emocionante foi antes da bênção, quando mães e filhos homenagearam Nossa Senhora com duas músicas e coreografia de montagem de um terço envolvendo a Imagem de Nossa Senhora da Penha.

Por fim, Frei Djalmo pediu que as mulheres levantassem as flores que traziam nas mãos para que pudessem ser abençoadas.


Fonte: Site Convento da Penha (www.conventodapenha.org.br)