O exemplo daquela que é “Mãe do Belo Amor” no 3º dia do Oitavário da Festa da Penha

11/04/2023

Vila Velha (ES) – O terceiro dia do Oitavário da Festa da Penha, nesta terça-feira, 11 de abril, refletiu sobre o tema “Chamados ao Matrimônio” e insistiu na mensagem que sem amor não há comunhão nas famílias. “Maria é a Mãe de Deus, e se Deus é amor, Nossa Senhora é a Mãe do Belo Amor, que é Jesus Cristo”, lembrou o Pe. Francisco de Paula, missionário passionista, da Paróquia Santa Maria Goretti do Jardim América, em Cariacica. Ele fez a homilia da Santa Missa às 16 horas, uma vez que a liturgia deste dia ficou a cargo da Área Pastoral Cariacica/Viana.

Antes, no Momento Devocional Franciscano, Frei Adriano do Nascimento, do Santuário do Divino Espírito Santo, também frisou: “O matrimônio é uma comunhão de vida, não de bens materiais”. Segundo o frade, Deus chama o ser humano a uma vida de comunhão no amor e, uma vez celebrado esse amor, o ser humano deve responder com fidelidade a esta vocação.

Essa comunhão nas reflexões sobre o matrimônio continuou às 19h30, no Campinho, com o momento de oração e bênção aos casais, com o cantor e pregador Dunga e o Padre Renato Criste. A Festa da Penha deste ano está em sintonia com o Ano Vocacional no Brasil, e por isso o tema geral é: “Com Maria, chamados a servir”.

Na abertura do Oitavário, a imagem de Nossa Senhora da Penha foi trazida em companhia de um grupo de casais e dos frades. Frei Adriano conduziu este momento de cantos e orações, além fazer um resgate histórico do fundador da Festa da Penha e responsável pela devoção à Virgem da Penha, Frei Pedro Palácios. “Para todos, ele tinha uma palavra de conforto e de amabilidade. Apenas estabelecido em sua gruta, tratou logo de preparar ao lado dela um pequeno oratório a Nossa Senhora. Foi este o primeiro altar que teve a Senhora da Penha nestas paragens, graças à fácil correspondência que encontrou seu servo no coração de todos os habitantes”, recordou.

Na sua reflexão, Frei Adriano destacou que 2023 foi escolhido para celebrar e propiciar essa redescoberta do dom que cada pessoa recebeu como presente de Deus: a vocação. “Todos somos chamados à uma vocação. E se existe um lugar de valorização da vocação é a família, fonte de todas as vocações “, disse.

“A descoberta da vocação traz para todos nós um coração alegre, um coração realizado, cheio de fé, esperança e amor”, observou o frade. Esse momento terminou com os membros das pastorais da Família próximos da imagem de Nossa Senhora, enquanto se cantou “Oração pela Família”, a consagrada música do Pe. Zezinho, que lembra: “Que nenhuma família termine por falta de amor”.

Pe. Paulo Mercedes Amorim, vigário da Paróquia São João Batista de Cariacica e da Paróquia Cristo Rei, também em Cariacica, presidiu a Santa Missa e Pe. Francisco de Paula continuou sua reflexão: “Aqui do alto dessa colina sagrada e encantadora, aos pés da Virgem da Penha, a Senhora das Alegrias do Ressuscitado, viemos prestar a nossa homenagem com gratidão, ternura e amor”, disse.

Segundo ele, Maria é Mãe do ‘sim’, Maria do ‘sim’ à vida, Maria do ‘sim’ à missão, e o sim de ser mãe e ser nossa Mãe amada. “Primeiro a Mãe de Deus e, sendo a Mãe de Deus, tornou-se a nossa amada Mãe. Não poderia falar do chamado ao matrimônio sem falar da ‘Amoris Laetitia” (A alegria do Amor) e do exemplo daquela que é mãe do Belo Amor. Junto ao seu castíssimo esposo José, homem fiel, homem justo, homem que soube caminhar com Maria, sem denegrir a sua imagem, assumiu esta união de matrimônio”, disse. Para ele, o casal Maria e José é grande exemplo de amor, é o grande exemplo de perdão, é o grande exemplo de fé.

“O amor deve ser colocado no matrimônio com testemunho, com perdão, com compreensão, com diálogo, assim poderá mostrar toda a sua fecundidade, permitindo-nos experimentar a felicidade que vem sempre de Deus. Somos felizes porque Deus nos fez felizes. A vida deve ser alegre, a vida deve ser voltada para a ternura do amor”, completou.

Pe. Francisco, comentando o Evangelho do dia (Jo 20,11-18), perguntou: Quantas Marias estão do lado de fora chorando por seus entes queridos? Segundo ele, muitos choram até hoje por seus entes queridos que morreram na pandemia da Covid-19, porque não tiveram como vê-los, não tiveram como tocá-los e muitos nem de se despedirem. “Que a Virgem da Penha conforte os corações daqueles que ainda choram por seus entes queridos!”, pediu.

Durante a bênção para casais no Campinho do Convento, Pe. Renato tomou o Evangelho de Mateus 7,21.24-27, que narra sobre a casa construída na rocha, e disse que não precisamos ser arquitetos, construtores ou pedreiros para saber que uma boa casa precisa ter um bom fundamento. E perguntou: Sobre qual terreno edificou a sua família?

E rezou: “Receba Maria como a Rainha do seu lar. Oh Mãe querida, Senhora das Alegrias, intercedei por nós. Ensina-nos, Mãe querida, a sermos família, a amar com o teu coração. Obrigado, Mãe Querida, por fazer desse lugar a nossa casa”.

A Festa da Penha é o maior evento cultural e religioso do Espírito Santo e está entre as maiores e mais antigas festas marianas do Brasil, de grande relevância na identidade e na cultura do povo capixaba. O evento é realizado todos os anos pela Comissão Organizadora da Festa da Penha, formada pela Mitra Arquidiocesana de Vitória, Convento da Penha e Associação dos Amigos da Festa da Penha, com apoio de patrocinadores, parceiros e voluntários.

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PROGRAMA

12 de abril (quarta-feira) – 4º dia do Oitavário – Área Pastoral Benevente

Tema do dia: Chamados a ser leigos

– 7h, 9h e 11h – Missas no Campinho do Convento
– 14h – Programa Salve Mãe das Alegrias – Campinho do Convento – transmissão ao vivo (TVs, rádios e internet)
– 15h – Devocional Oitavário – Campinho do Convento – transmissão ao vivo (TVs, rádios e internet)
– 16h – Missa do 4º dia do Oitavário no Campinho do Convento – transmissão ao vivo (TVs, rádios e internet).
– 19h30 – Noite Oracional pelos filhos no Campinho do Convento, com o Padre Gudialace Oliveira, missionária Salette Ferreira, Ângela Abdo e Amo Vox, com participação da Banda Adventus.