Notícias - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

O compêndio Jung: leituras essenciais da psicologia analítica

24/02/2022

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O conhecimento moderno privilegiou o método lógico e dedutivo mais do que a intuição, e é por isso que Jung parece sobressair como um caso especial na história do pensamento moderno. A vigorosa intuição que ele possuía encontra-se muitas vezes nas artes visionárias e não nas ciências. Mas nós somos afortunados por Jung ter permanecido no campo das ciências humanas – medicina, psiquiatria, psicologia –, ainda que estas disciplinas não lhe fossem nem um pouco hospitaleiras e o tratassem como um intruso. Não que Jung estivesse fazendo pesquisa não científica ou anticientífica – de fato, algo de sua obra continuou sendo empírico até o fim –, mas era algo tão novo, ousado e diferente que os cientistas tendiam a não se reconhecerem em sua obra. Em vez de descartar a obra de Jung como “não científica”, os que simpatizam com seu projeto afirmam que é melhor classificar esta obra como um ramo da hermenêutica, ou seja, “a arte da interpretação a serviço do sentido”. Jung interpretava tudo o que via em função de sua visão, e é por isso que seu status científico é questionado. Jung estava vendo o mundo através de uma lente que as ciências não entendiam.

Enquanto terapeuta, Jung penetrou na estrutura psíquica das nossas vidas, e ali encontrou, além de complexos, neuroses e nós da libido, forças universais que chamou de arquétipos. Quando Jung desenvolveu sua teoria dos arquétipos, sentiu que havia encontrado uma chave para abrir muitas portas, especialmente as da religião e da mitologia, que haviam ficado enferrujadas e fechadas na Era Moderna. O período científico relegou os mitos e as religiões às margens da respeitabilidade, julgando que não passam de vestígios de uma era menos esclarecida ou da “infância” da humanidade. Jung achava que eles eram sistemas psicoterapêuticos com consequências pessoais e sociais de longo alcance. Ele percebia que forças sutis, mas poderosas, estavam entesouradas nas religiões e mitologias e que nós havíamos perdido o contato com elas por nossa conta e risco. Ele acreditava que a própria Modernidade corria risco se não procurasse compreender as forças arquetípicas, antigamente personificadas como deuses e demônios. Os escritos de Jung enfatizam continuamente a importância de recuperar o contato consciente com as forças arquetípicas da psique.

Resumo: Este Compêndio Jung é leitura essencial para alunos de graduação em cursos de psicologia analítica, de psicoterapia, e para estudantes do simbolismo, dos sonhos ou de abordagens arquetípicas de literatura, cinema, estudos religiosos, sociologia ou filosofia. O texto é uma introdução informativa para os leitores em geral, bem como para analistas e acadêmicos que querem aprender mais sobre a contribuição de C.G. Jung para a psicanálise e como suas ideias ainda são extremamente relevantes no mundo de hoje. (Da obra)


O Livro Vermelho de Jung para o nosso tempo: em busca da alma sob condições pós-modernas: vols. 1 e Vol. 2

Quando Thomas Arzt me abordou com a ideia de reunir uma coleção de ensaios originais sobre O Livro Vermelho de Jung para o nosso tempo eu não tinha certeza se isso era uma boa ideia ou até mesmo viável. Já não bastava o que havia sido escrito sobre o Livro Vermelho? Parecia redundante acrescentar ainda mais ao que já havia sido dito e publicado. O que mais poderíamos dizer? E os analistas e estudiosos junguianos já não estavam cansados de discutir o Livro Vermelho e prontos para seguir adiante?

A pergunta que fiz a mim mesmo e que discuti com Thomas Arzt foi esta: O Livro Vermelho, publicado agora, mais de cem anos após sua concepção, pode oferecer um recurso de orientação em nosso mundo conturbado e transtornado de hoje? A nosso ver, este é um mundo de desafios enormes, de realinhamentos geoestratégicos, de mudanças climáticas severas e da necessidade urgente de uma transição fundamental de energia, de ameaças de pandemias globais, de escassez de recursos e ameaças de uma derrocada financeira. O mundo de Jung era semelhantemente conturbado em 1913, mas existem também diferenças grandes entre suas condições culturais e sociais herdadas e as nossas. Seu período na história cultural do Ocidente é designado como “moderno”, o nosso, como “pós-moderno”. Os problemas com os quais ele lutava em seu tempo são semelhantes o bastante com os nossos hoje para tornar suas soluções ainda viáveis e relevantes? Thomas Arzt e eu decidimos pedir a um grupo global de analistas e estudiosos junguianos que refletissem sobre essa pergunta. Nós os convidamos a escrever um ensaio sobre o tema: “O Livro Vermelho de Jung para o nosso tempo: Em busca da alma sob condições pós-modernas”. A reação que recebemos a esse convite foi muito positiva e entusiasmada. Os resultados serão publicados numa série de vários volumes, o primeiro dos quais se encontra agora nas mãos do leitor. (Murray Stein)

Resumo: Em muitos sentidos, O Livro Vermelho é um resumo de como Jung deixou de ser freudiano e se tornou junguiano. É um relato de sua crise de meia-idade e sua transição para ser o pensador independente que ele seria durante o resto de sua vida. É uma história pessoal. Além disso, o livro pode ser visto como fundamento para as teorias que viriam nos escritos e seminários posteriores de Jung. Mas isso é tudo?


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