Manaus (AM) – Foi com essa mensagem que Dom Leonardo Ulrich Steiner assumiu ontem à noite, 31 de janeiro, o cuidado pastoral da Arquidiocese de Manaus (AM). Ele é o sucessor de Dom Sergio Castriani, que pediu renúncia por questões de saúde. A Catedral Metropolitana Nossa Senhora da Conceição de Manaus ficou lotada, tanto que foi preciso colocar cadeiras e telões na parte externa da Matriz.

“Nós, como Igreja, somos atraídos pela força dos pobres, a carne do Cristo, como diz o Papa Francisco”, disse Dom Leonardo, pedindo uma Igreja missionária na Amazônia, que “busca os abandonados”.

Segundo Dom Leonardo, a violência nos assusta mas “nos provoca a oferecer a paz, o entendimento. A violência não se supera com as armas”, criticou. Infelizmente, segundo o novo Arcebispo do Brasil, hoje em dia estamos trabalhando na base da agressividade, das notícias falsas. “Estamos tentando governar o país na base de notícias falsas, da agressividade, da violência. Isso não constrói um Brasil”, acredita.

Autoridades eclesiásticas presentes manifestaram obediência e respeito ao arcebispo. Estavam no altar padres diocesanos do interior do estado, bispos eméritos da capital e representantes da Igreja em outros estados, como Roraima, Distrito Federal, Pará e Rio Grande do Sul.

O novo arcebispo pediu que os fiéis rezem pela missão que lhe foi dada. “Os desafios são sempre grandes, ainda mais numa região tão importante para o Brasil. Mas especificamente eu penso, agora que estou na Amazônia, como podermos ser mais Igreja”, disse.

Para ele, a Amazônia representa a harmonia da nossa Casa Comum, na expressão do nosso Papa Francisco. “E eu estou alegre de contribuir na preservação da Casa Comum, de anunciarmos a todos a necessidade de cuidarmos dela. A Amazônia é uma região onde a Igreja pode inovar, pode criar junto com os ministérios dos leigos, pode pensar sua pastoral de maneira diferente quanto à sua inserção e também, com o Sínodo da Amazônia, meu sonho era poder dar minha contribuição a partir dele”, disse, demonstrando gratidão ao Papa Francisco por ter nomeado-o para a Arquidiocese de Manaus.

No dia 10 de maio de 2011 foi eleito secretário-geral da CNBB, durante a 49ª Assembleia Geral. Em 21 de setembro daquele ano, o Papa Bento XVI o nomeou bispo auxiliar da Arquidiocese de Brasília (DF).

O frade desta Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil foi nomeado bispo em 2 de fevereiro de 2005 pelo Papa João Paulo II para a Prelazia de São Félix do Araguaia (MT), sucedendo a Dom Pedro Casaldáliga. Foi ordenado bispo no dia 16 de abril do mesmo ano pelo cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, adotando como lema episcopal “Verbum Caro Factum” que quer dizer “Verbo feito carne”.