Notícias - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

“Metodologia Catequética” entre os lançamentos da Vozes

07/06/2021

Notícias

Metodologia Catequética

Um dos objetivos da catequese é ajudar as pessoas no amadurecimento da fé. Para esse processo o catequista, em comunhão com sua comunidade, é o mediador e, por meio dele, os catequizandos são introduzidos no conhecimento da Palavra de Deus e iniciados à vida cristã. Todo o caminho de educação da fé se torna uma ação e prática pedagógico-catequética que exigem uma espiritualidade centrada em Jesus Cristo, Catequista da Palestina, que caminha com sua comunidade de fé. Para isso, é muito importante estar inserido na vida da comunidade eclesial e se apropriar de instrumentos para uma fecunda comunicação da Palavra de Deus. Este livro é um dos instrumentos capazes de ajudar na organização, sistematização, reflexão e ação catequética, apresentando caminhos a percorrer, compreendendo a metodologia catequética como um caminho aberto para um novo agir. Em sua proposta apresenta elementos que despertam e motivam o grupo de catequese em seu processo de crescimento na fé e no engajamento pastoral e missionário como compromisso cristão. Levando em conta a realidade dos catequizandos, esta obra pode tornar mais envolventes as atividades catequéticas. Que a aventura de trilhar os caminhos enriqueçam nossa catequese com encontros bem vivenciados e transformadores.

O autor é Padre Paulo Gil – Formado em Teologia e Pedagogia, Paulo César Gil é especialista em Psicopedagogia e Terapia Familiar Sistêmica. O padre é autor de dois livros “Catequese e fé: na alegria de crer e comunicar a fé” e “Quem é o Catequizando?”, publicados pela Editora Vozes.

Dentre suas experiências profissionais estão: Terapeuta de casal e famílias, Terapeuta comunitário do perdão, Membro da Sociedade Brasileira de Catequetas (SBCat), Membro da Associação Paulista de Terapia Familiar, Assessor para a Animação Bíblico Catequética na Região Episcopal Santana – Arquidiocese de São Paulo, Assessor em assembleias, congressos e seminários nas áreas de pastoral, Catequese e família, Professor convidado em escolas regionais, diocesanas e universidades


O rosário meditado

Por que olhamos para Jesus? Não deveríamos, pelo contrário, olhar para Maria? Não será precisamente ela a protagonista de tudo o que acontece? Na verdade, o anjo enviado por Deus e Maria que ouve e responde ao anúncio estão a serviço daquele que será chamado Filho de Deus, a serviço de Jesus. Como sempre, quando olhamos para Maria, da própria Maria somos orientados a fixar o olhar no Senhor Jesus.

O autor da obra é Mons. Guido Marini, uma presença discreta, mas constante ao lado do Papa Francisco. Mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias, o genovês de 53 anos é o responsável por organizar as missas presididas pelo Santo Padre dentro e fora do Vaticano – função que exerce desde outubro de 2007, quando foi nomeado por Bento XVI.

Conhecido por ter pronunciado a célebre frase “Extra Omnes” (Todos Fora) no último Conclave que elegeu Francisco.

 


Introdução a uma ciência da linguagem

Nesta obra, Jean-Claude Milner examina “a hipótese segundo a qual a linguística é uma ciência, no mesmo sentido em que uma ciência da natureza pode ser uma ciência” (p. 16). Para tanto, assume a perspectiva de que se deve aplicar “à linguística os mesmos conceitos que aplicamos às ciências da natureza”(p. 16). Isso não é sem consequência para a linguística nem para o linguista, que não poderá mais ignorar os limites e o alcancede seu fazer no campo das ciências.

Não basta dizer que a linguística é uma ciência; é preciso, antes, dizer em que termos ela se configura como ciência. É preciso indagar à linguística sobre o que há, na sua configuração epistêmica, da matematização galileana; sobre o que a torna diferente das antigas práticas da análise gramatical; sobre o que ela delimita como objeto ao dizer “linguagem”, “língua”, “línguas” ou algum outro conceito adotado como objeto de investigação (“fala”, “vernáculo”, “competência”, “língua-I”, “corpus” etc.).

Para responder a essas e a inúmeras outras questões que o livro coloca, Milner mergulha profundamente no interior da ciência da linguagem – em especial na versão da chamada Escola de Cambridge e sua vinculação a Noam Chomsky – e produz uma teorização que permite avaliar a relação entre a linguística, em geral, e a produção do conhecimento em matéria de linguagem. Nesse sentido, o livro tem importância para todos os que se dedicam aos estudos linguísticos, independentemente da vinculação teórica específica. Seu alcance é amplo e de grandes proporções.

Linguista e filósofo, Jean-Claude Milner, formado pela École Normale Supérieure, foi professor da Universidade Paris VII. Publicou, entre outros, “O amor da língua”, “Os nomes indistintos”, “A obra clara” e “Le périple structural”.


Mística e ascese

Da tradição platônica à contemporaneidade
Marcus Reis Pinheiro, Maria Clara Bingemer e Marcio Cappelli, organizadores

Este livro é fruto dos esforços do grupo de pesquisa Apophatiké – de estudos interdisciplinares em Mística, que teve início em 2010, quando professores ligados às áreas de Teologia, Filosofia, Literatura e Ciências da Religião decidiram se reunir para pesquisar sobre o tema da Mística e da Ascese. O percurso seguido pelos pesquisadores e pesquisadoras divide-se em duas partes. A primeira ressalta a religiosidade de Platão, envereda pelo neoplatônico Orígenes e termina coma mística medieval, representada em dois capítulos, um sobre Marguerite Porete e outro a respeito de Nicolaude Cusa. Já na segunda parte, há sete capítulos sobre autores e temas contemporâneos. Portanto, o leitor interessado na mística, mais do que um roteiro, encontrará nas páginas deste volume uma abertura de sendas críticas para o seu estudo.


A inteligência espiritual e a catequese

É importante no processo de iniciação cristã estabelecer as bases que facilitam o despertar religioso, a sensibilidade espiritual de crianças, jovens ou adultos.

Neste livro, de Eugeni Rodriguez Adrover, é apresentada a contribuição que a inteligência espiritual pode dar à catequese atual, propondo algumas etapas para a formação espiritual, transcendente e religiosa da pessoa e, principalmente, das crianças. Depois de definir o que significa inteligência espiritual no conjunto de múltiplas inteligências, as chaves catequéticas são apresentadas para trabalhar metodologicamente com ela no processo de iniciação quatro etapas: espiritual, transcendente, religiosa e cristã.

O conteúdo – organizado em quatro capítulos – tem como base estrutural cinco categorias gerais da espiritualidade: sabedoria, admiração, o encontro entre o tu e o eu, o questionamento e a visão do invisível. Essas categorias são os estilos ou canais naturais por meio dos quais a pastoral catequética poderá contribuir para desenvolver a inteligência espiritual.

Eugeni Rodriguez Adrover  é sacerdote da Diocese de Maiorca,  licenciado em Teologia e Ciências Religiosas e catequéticas (UPSA) e mestre em Comunicação Institucional. Durante 15 anos foi diretor de Comunicação da Diocese de Maiorca. Escreveu diversos artigos sobre catequese e pedagogia religiosa em revistas especializadas. É pároco de São Miguel no povoado de Llucmajor e São Tiago na localidade de s’Estanyol, em Maiorca.


Filoteia

São Francisco de Sales

“Dirijo minhas palavras a Filoteia, porque Filoteia significa uma alma que ama a Deus, e é para essas almas que escrevo.

Toda a obra se divide em cinco partes: na primeira esforço-me, por meio de alguns avisos e exercícios, para converter o simples desejo de Filoteia numa resolução decidida, tomada depois da confissão geral, por uma protestação firme e seguida da sagrada comunhão. Esta comunhão, em que ela se entrega inteiramente ao Divino Salvador, enquanto o Salvador se dá a ela, fá-la entrar auspiciosamente no amor divino.”


História Católica para a Igreja de hoje

O historiador não é somente aquele que olha para o passado, como um erudito que busca as curiosidades de interesse do grande público. Ele estuda o passado de modo que se ilumine, sabiamente, o presente. No caso do historiador da Igreja, ele oferece aos cristãos do tempo presente como que um espelho, para que a própria Igreja possa se olhar e, olhando-se, enxergar de onde veio para que sabiamente opte por manter aquilo que a aproxima de seu ideal e despreze aquilo que a desconfigura.

Conhecer a própria história constitui um instrumento para o exercício da liberdade. Cabe à Igreja anunciar o Verbo encarnado, e é essa a razão única de ela existir. Olhar para o passado de uma das instituições mais antigas da humanidade torna-se uma empreitada que revela inúmeras possibilidades de análises e leituras.

O’Malley é um historiador maduro e reconhecido que ajuda o leitor nessa empreitada. Não pense o leitor que está apenas diante de um livro de história. E já seria muito bom se este livro fosse uma obra historiográfica. Mas trata-se de uma obra que, olhando para a história, busca possibilidades para o entendimento da Igreja do presente.

Mas como fazer isso, como ser cristão em um determinado contexto sem olhar para a própria história? Assim como cada pessoa é fruto de suas escolhas e atitudes, mas também de sua história de vida, o cristianismo também se forma a partir das atitudes e escolhas dos cristãos, mas também consequência de toda uma história que acontece em meio às questões próprias de cada momento ou circunstância, mas que muitas vezes se perpetua criando novas possibilidades.

John W. O’Malley, sj, é o padre jesuíta, um dos maiores historiadores da Igreja Católica do último século. Atualmente professor do Departamento de Teologia da Georgetown University, ele possui um doutorado em História pela Universidade de Harvard. Sua especialidade é a cultura religiosa do início da Europa moderna. Provavelmente, sua obra mais conhecida é “Os primeiros jesuítas”, publicada pela Harvard University Press em 1993 e traduzido para 12 idiomas [em português, pela Ed. Unisinos/Edusc, 2004].


Política para perplexos

O objetivo da política é garantir que a vontade popular seja a última palavra, mas não a única; que o julgamento dos especialistas seja levado em consideração, mas que não nos submetamos a ele; que as nações reconheçam sua pluralidade interior e se abram a redefinir e negociar as condições de pertença.

Hoje em dia, entender o que está acontecendo é uma tarefa mais revolucionária do que criar agitação improdutiva, cometer erros de crítica ou manter expectativas irracionais. A política não pode continuar sendo o que Groucho Marx afirmava: a arte de fazer um diagnóstico falso e depois ministrar os remédios errados. Uma nova ilustração política deve começar desmantelando as análises ruins, desmascarando quem promete o que não pode oferecer, protegendo-nos tanto daqueles que nada sabem como daqueles que acham tudo muito claro. Conhecimento, reflexão, orientação e julgamento nunca foram tão libertadores.

“Se eu tivesse que sintetizar o caráter do mundo em que vivemos, diria que estamos numa época de incerteza. Os seres humanos de sociedades anteriores à nossa viveram com um futuro talvez mais sombrio, mas a estabilidade de suas condições de vida – por mais negativas que fossem – permitia-lhes pensar que o futuro não lhes traria muitas surpresas. Eles podiam passar fome e sofrer opressão, mas não estavam perplexos. A perplexidade é uma situação típica das sociedades em que o horizonte do possível se abriu de tal maneira que nossos cálculos sobre o futuro são especialmente incertos”.

Daniel Innerarity – O filósofo (Bilbao, 60 anos) é um dos grandes pensadores do mundo de acordo com a revista “Le Nouvel Observateur”.


Sociedade Paliativa

A sociedade paliativa é uma sociedade do curtir. Ela degenera em uma mania de curtição. O like é o signo, o analgésico do presente. Ele domina não apenas as mídias sociais, mas todas as esferas da cultura. Nada deve provocar dor. Não apenas a arte, mas também a própria vida tem de ser instagramável; ou seja, livre de ângulos e cantos, de conflitos e contradições que poderiam provocar dor. Esquece-se que a dor purifica. Falta, à cultura da curtição, a possibilidade da catarse.

Byung-Chul Han nasceu na Coreia, estudou filosofia na Universidade de Freiburg e Literatura Alemã e Teologia na Universidade de Munique. Em 1994, fez o doutoramento na primeira destas universidades com uma tese sobre Martin Heidegger. Atualmente é Professor de Filosofia e Estudos Culturais na Universidade de Berlim.