“Mais justiça e paz ao mundo e ao Brasil”, pede Frei Hans na abertura da Novena a Frei Galvão
16/10/2022
Guaratinguetá (SP) – O Santuário Frei Galvão, em Guaratinguetá (SP), iniciou neste domingo, 16 de outubro, a Novena em louvor ao seu Padroeiro, que neste ano completa 200 anos da sua passagem para a eternidade. Este momento acontecerá em dois horários: às 15h e às 19h30, até o próximo dia 24. A reflexão, que vai conduzir esses nove dias e a solenidade do dia 25, terá como tema principal: “É morrendo que se vive para a vida Eterna”, uma motivação proveniente da “Oração da Paz” atribuída a São Francisco de Assis.
Mas neste primeiro dia, o tema “Frei Galvão, arauto da Justiça e da Paz” foi abordado na homilia do presidente da Celebração Eucarística, Frei Hans Stapel, fundador da Fazenda da Esperança. O reitor Frei Diego de Atalino de Melo acolheu o celebrante e os fiéis devotos nesta Missa das 19h30. Depois da procissão de entrada, o povo recebeu a relíquia de Frei Galvão e cantou o Hino ao Padroeiro.
Um pouco rouco, Frei Hans disse que estava alegre de ver o carisma franciscano florescendo neste Santuário. Segundo ele, era um sonho antigo. Mas o frade falou com tristeza da situação que vive o país e o mundo. “Há cinquenta anos estou neste país. Nunca vi uma situação como a que estamos vivendo neste momento: divisão nas famílias, na sociedade, na Igreja e em todos os cantos. Há muito fanatismo, não só no Brasil, mas no mundo. Estamos no meio da guerra. O Papa Francisco fala que estamos vivendo a 3ª Guerra Mundial”, situou o frade.
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Segundo ele, milhares de pessoas morrem por causa da violência, da guerra e da fome. “A injustiça é gritante por toda a parte”, lamentou. “Quem não quer a justiça? Todos queremos. O povo brasileiro é pacífico e quer a paz”, disse.
Para o celebrante, as leituras deste domingo nos dão pistas para buscar a justiça e a paz. “Na primeira leitura, Moisés levantava as mãos e rezava. Devemos rezar muito, muito”, pediu.
Segundo Frei Hans, todos os santos tiveram situações muito difíceis na sua vida, e alguns morreram por causa da fé. “São Francisco de Assis viveu numa época de guerra, de injustiça, de riqueza e de muita pobreza. Ele descobriu que Jesus ama os pobres, descobriu que Jesus está em cada homem, em cada mulher. Dizia que ‘o Amor não é amado’. Quando beijou o leproso, correu o risco de pegar a doença, mas o amor foi mais forte”, lembrou
Frei Galvão, como filho de São Francisco, ajudou todo esse Vale com seu exemplo, com sua incansável caridade. “Mesmo com a injustiça dos coronéis, ele foi forte e viveu a caridade. O importante não é ver o outro como inimigo, mas como irmão”, disse, frisando que é preciso deixar o outro livre para pensar diferente.
Mas se houver ofensa, o frade pediu para se aproximar da cruz. “Pede a Jesus para continuar abraçando a cruz. Ele ficou fiel no amor e assim ressuscitou e salvou a humanidade”, disse.
Para o celebrante, na cruz está a solução. “Não vamos discutir, a discussão não salva ninguém. Vamos abrir os olhos pela humanidade que está sofrendo. Vamos rezar pela paz e pela justiça no mundo e no Brasil”, pediu, completando: “Eu queria que Frei Galvão estivesse aqui para falar sobre a paixão que tinha pela paz”.
Durante o ofertório, os fiéis devotos foram convidados ao gesto concreto neste dia: oferta de feijão.
Durante a Ação de Graças, Frei Diego chamou as crianças para a bênção do Pãozinho de Frei Galvão, animadas com o canto: “Pãozinho bom, pãozinho bom, é o pão de Frei Galvão…”. No final, Frei Diego abençoou o Bolo de Frei Galvão com medalhas.
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PRIMEIRA MISSA DA NOVENA
“A cidade de Guaratinguetá traz consigo a grande responsabilidade de cuidar do coração católico do Brasil. Foi nas águas do Rio Paraíba que nos veio Nossa Senhora Aparecida. Foi nesta mesma cidade que a Igreja reconheceu o primeiro santo brasileiro. Guaratinguetá tem algo de especial para dizer ao Brasil… Existe uma forma de pregar o Evangelho. Pregar com a própria vida. Oportuna e importunamente. Esta é nossa contribuição”.
Como maneira prática de dizer de uma ação cristã, Pe. Aloísio Mota trouxe a definição de justiça cristã: “A justiça de Deus se chama Misericórdia. A justiça dos homens é compreendida a partir da ideia de ‘dar a cada um aquilo que ele merece’. Essa ideia de dar o que cada um merece é trivial. Uma atitude farisaica…. Dos homens… Somos cristãos”.
Estas palavras e tantas outras foram proferidas por Pe. Aloísio, da Paróquia São Pedro Apóstolo, vizinha ao Santuário Guaratinguetá. Padre Aloísio presidiu a primeira Missa da Novena, às 15h, que teve como gesto concreto a oferta de feijão.
Frei Diego agradeceu a presença do sacerdote. Lembrou que a Paróquia São Pedro é quem garantirá sempre o tempo bom, sem chuva. Recordando o ano passado. “São Pedro fez as pazes com Frei Galvão”, brincou Frei Diego.
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Congada São Benedito
Alguns grupos de congadas fizeram-se presente na manhã deste domingo, durante os festejos de Frei Galvão. Crianças e adultos compunham esse momento de homenagem a Frei Galvão, inspirados na vida de seu confrade, São Benedito. Foi fincado um mastro no pátio do Santuário, marcando, a partir de agora, a tradição das Congadas na Festa do Santo guaratinguetaense.
Corrida de Rua Frei Galvão
Organizada pela Secretaria de Esportes, da cidade de Guaratinguetá, centenas de pessoas correram de 4km e 8k na tradicional corrida de Rua em homenagem a Frei Galvão. O evento teve as devidas premiações, de acordo com as categorias de idade. Os troféus foram entregues em um pódio, nas dependências do Santuário. Frei Leandro Costa foi quem saudou cada vencedor.
PROGRAMAÇÃO DE TERÇA-FEIRA – 2º DIA DA NOVENA
17 de outubro – Segunda-feira (Gesto concreto: Arroz)
07h00 – Missa
09h00 – Missão: Visita ao Asilo Lar de São José
15h00 – Missa do 2° dia da Novena – Tema: “Frei Galvão, Homem da Partilha com os Pobres”.
19h30 – Missa do 2° dia da Novena – Tema: “Frei Galvão, Homem da Partilha com os Pobres”.
19h00 – Barraquinhas de Doces e Salgados
Equipe de Comunicação do Santuário Frei Galvão