Notícias - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

Livro “Presbítero” entre os lançamentos da Vozes

27/08/2019

Notícias

 

Presbítero: discípulo do Senhor e pastor do rebanho

Paulo Sérgio Carrara

No contexto cultural e eclesial de nossos dias, a identidade do presbítero aparece, às vezes, eclipsada. A figura imutável do presbítero, que vigorou durante séculos na Igreja, sofreu transformações significativas. O Concílio Vaticano II enriqueceu consideravelmente a teologia do ministério presbiteral, resgatando sua dimensão mais pneumatológico-eclesial, enquanto carisma suscitado pelo Espírito para a presidência da comunidade cristã na qual todos os carismas se tornam imprescindíveis para a construção da Igreja e para a evangelização. O presbítero, em comunhão com o bispo e o presbitério, põe-se a serviço do Espírito, do Evangelho e da Eucaristia, presidindo a construção da comunidade de todos os batizados, os quais são sujeitos da evangelização, uma vez que a Igreja se configura, antes de tudo, como Povo de Deus.

O Papa Francisco nos lembra que “o primeiro sacramento, que sela para sempre a nossa identidade, e do qual deveríamos ser sempre orgulhosos, é o batismo. Através dele e com a unção do Espírito Santo, (os fiéis) ‘são consagrados para serem edifício espiritual e sacerdócio santo’ (LG 10). A nossa primeira e fundamental consagração funda as suas raízes no nosso batismo. Ninguém foi batizado sacerdote nem bispo. Batizaram-nos leigos, e é o sinal indelével que jamais poderá ser cancelado. Faz-nos bem recordar que a Igreja não é uma elite de sacerdotes, consagrados, bispos, mas que todos formamos o Santo Povo fiel de Deus”. A busca do resgate da identidade do ministério presbiteral no seu aspecto propriamente eclesial tem marcado a reflexão teológica.

Este livro aborda, de modo sintético, alguns elementos da teologia, espiritualidade e missão do presbítero. Foi o texto-base do 17º Encontro Nacional dos Presbíteros. A boa aceitação do texto fez brotar a ideia da publicação.

Paulo Sérgio Carrara é presbítero da Congregação Redentorista. Mestre em Teologia Espiritual pela Pontifícia Faculdade Teresianum de Roma e doutor em Teologia pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia de Belo Horizonte. Professor nessa mesma faculdade e no Instituto Santo Tomás de Aquino (Ista). Atualmente atua como formador de estudantes redentoristas de teologia, em Belo Horizonte.

Nº DE PÁGINAS: 120


Viver, não apenas nos fins de semana
O trabalho como realização pessoal

Anselm Grün

No início de sua carreira profissional as pessoas jovens se preocupam bastante com seu futuro trabalho. Isso sempre está associado a angústias a respeito de como será a situação laboral em que ingressarão e se darão conta do recado. Os que já trabalham há bastante tempo sentem que a pressão no trabalho aumenta e a atmosfera em muitas empresas vai se tornando cada vez mais fria e desumana. Eles se perguntam como continuar sendo pessoas cordiais em um entorno dominado pela frieza.

Um pressuposto essencial para que trabalhemos bem, gostemos de trabalhar em nossa profissão e ela nos preencha é o significado do nosso trabalho. Só quando identificamos um sentido no nosso trabalho temos motivação suficiente para suportar também as situações difíceis. Não se trata apenas de identificar um sentido em nossa atividade concreta, mas vivenciar o trabalho de modo geral como significativo.

Há pessoas que do ponto de vista financeiro podem se dar ao luxo de não trabalhar. No entanto, quando renunciam ao trabalho, sua vida também perde sentido. Trabalhar é significativo para o ser humano.

Como podemos continuar sendo humanos em nosso trabalho e sobreviver no atual mundo do trabalho? E como devemos entender o trabalho na condição de cristãos? Existe uma ética cristã para o trabalho ou devemos simplesmente nos submeter às leis do mundo do trabalho? Para muitas pessoas, o trabalho cada vez mais se torna um peso. Elas têm medo de perder a alegria de trabalhar e de não resistir à pressão das exigências. Problemas concretos no trabalho também podem ser graves. Por exemplo, a questão de como trabalhar com colegas de trabalho difíceis ou como se arranjar com um chefe difícil.

Através das imagens bíblicas e pelos textos da Regra de São Bento, Anselm Grün pretende motivar e estimular o leitor de forma que seu trabalho seja abençoado por Deus e seja uma bênção para aqueles com quem e para quem ele trabalha.

Autor reconhecido no mundo inteiro por seus inúmeros livros publicados em mais de 28 línguas, o monge beneditino Anselm Grün, da Abadia de Münsterschwarzach (Alemanha), une a capacidade ímpar de falar de coisas profundas com simplicidade e expressar com palavras aquilo que as pessoas experimentam em seu coração. Procurado como palestrante e conselheiro na Alemanha e no estrangeiro, tornou-se ícone da espiritualidade e mestre doautoconhecimento em nossos dias. Tem dezenas de obras publicadas no Brasil.

Nº DE PÁGINAS: 120


A essência dos ensinamentos de Buda
Transformando o sofrimento em paz, alegria e libertação

Thich Nhat Hanh

“As pessoas sofrem, por isso tenho que sofrer.”

Esta afirmação também foi feita por Buda. Então, por favor, não pense que porque você está infeliz, porque há dor em seu coração, você não pode se aproximar de Buda. É exatamente porque há dor em seu coração que a comunicação é possível. O seu sofrimento e o meu sofrimento são condições básicas para entrarmos no coração de Buda e para Buda penetrar nossos corações.

Por 45 anos Buda disse muitas e muitas vezes: “Tudo o que ensino diz respeito ao sofrimento e à transformação do sofrimento”. Quando admitimos e reconhecemos o nosso próprio sofrimento, Buda – que significa o Buda dentro de nós – olhará para aquele sofrimento, descobrirá o que o provocou e prescreverá um curso de ação capaz de transformá-lo em paz, alegria e libertação. Sofrimento é o meio que Buda usou para libertar-se e tem sido o meio pelo qual nós também podemos nos tornar livres.

O oceano de sofrimento é imenso, mas se mudar de direção você poderá avistar a terra firme. A semente de sofrimento dentro de você pode ser forte, mas não espere até não ter mais sofrimento para se permitir ser feliz. Quando uma árvore do seu jardim está doente, você tem que cuidar dela. Mas não deixe de apreciar todas as árvores saudáveis. Mesmo enquanto há dor em seu coração, você pode desfrutar de muitas maravilhas da vida: o lindo pôr do sol, o sorriso de uma criança, as inúmeras flores e árvores.

Neste livro, A essência dos ensinamentos de Buda – agora contendo informações adicionais e insights inéditos – Thich Nhat Hanh nos apresenta o cerne dos ensinamentos budistas e nos mostra que, além de acessíveis, esses ensinamentos podem ser aplicados no dia a dia. De forma clara e poética, Nhat Hanh transmite uma sabedoria confortante sobre a natureza do sofrimento e do papel que a sabedoria desempenha de gerar compaixão, amor e alegria – todas qualidades da iluminação. Por conter ensinamentos muito significativos como as Quatro Nobres Verdades, o Nobre Caminho Óctuplo, as Três Portas da Libertação, os Três Selos do Darma e os Sete Fatores do Despertar, este livro é um farol radiante sobre o pensamento budista para os iniciados e não iniciados.

Thich Nhat Hanh é um poeta, mestre Zen e ativista da paz. Nasceu no Vietnã, mas vive no exílio desde 1966, numa comunidade de meditação (Plum Village) que ele fundou na França. Foi indicado para o Prêmio Nobel da Paz por Martin Luther King Jr. É autor de dezenas de livros publicados pela Vozes, entre os quais, Caminhos para a paz interior; Para viver em paz; Eu busco refúgio na Sangha; Meditação andando; Nosso encontro com a vida; Nada fazer, não ir a lugar algum; Felicidade; Sem lama não há lótus; Medo; Trabalho; Paz mental; O milagre da atenção plena.

Nº DE PÁGINAS: 336


A felicidade das pequenas coisas

Anselm Grün

A insatisfação com as coisas ou com outras pessoas geralmente tem uma causa mais profunda: a insatisfação com a própria vida. Você se concentra em tudo que não vai bem. Você tem sempre algo a reclamar. Claro, sempre há razões pelas quais você pode estar insatisfeito. E há coisas no relacionamento, na empresa, na história da própria vida que não são fáceis de aceitar. Mas isso também depende da sua atitude interior, de como você reage ao que confronta. Já a pessoa satisfeita concorda com a vida. Também já se queixou, já foi insatisfeita, mas rapidamente se acostumou e disse sim a tudo.

Neste livro, Anselm Grün irá ponderar sobre os tipos de satisfação, o bem-estar perante a vida e aquela satisfação restrita de quem se concentra em si mesmo. Observará como diferentes atitudes e condições podem nos levar à satisfação. Somos felizes se somos satisfeitos, se estamos em harmonia com nós mesmos e com nossas vidas. Outra atitude é o contentamento. Contentamento é também simplicidade. O frugal se contenta com uma vida simples, e a satisfação tem forma de gratidão. Quem é grato por aquilo que Deus lhe deu, grato pelo que tem hoje, está de bem com a vida.

Autor reconhecido no mundo inteiro por seus inúmeros livros publicados em mais de 28 línguas, o monge beneditino Anselm Grün, da Abadia de Münsterschwarzach (Alemanha), une a capacidade ímpar de falar de coisas profundas com simplicidade e expressar com palavras aquilo que as pessoas experimentam em seu coração. Procurado como palestrante e conselheiro na Alemanha e no estrangeiro, tornou-se ícone da espiritualidade e mestre do autoconhecimento em nossos dias. Tem dezenas de obras publicadas no Brasil.

Nº DE PÁGINAS: 80


As regras do método sociológico

Émile Durkheim

A sociologia não deve tomar partido entre as grandes hipóteses que dividem os metafísicos. E menos ainda afirmar mais a liberdade do que o determinismo. Tudo que ela pede que lhe concedam é que o princípio de causalidade se aplique aos fenômenos sociais. Além disso, esse princípio é por ela apresentado não como uma necessidade racional, mas somente como um postulado empírico, produto de uma indução legítima. Uma vez que a lei da causalidade foi verificada nos outros reinos da natureza e que, progressivamente, ela estendeu seu domínio do mundo físico-químico ao mundo biológico, e deste ao mundo psicológico, reservamo-nos o direito de admitir que ela seja igualmente verdadeira para o mundo social; e é possível acrescentar hoje que as pesquisas empreendidas com base nesse postulado tendem a confirmá-lo. Mas a questão de saber se a natureza do vínculo causal exclui toda contingência nem por isso está resolvida.

Afinal, o que é uma coisa? A coisa se opõe à ideia assim como o que se conhece a partir de fora ao que se conhece a partir de dentro. É coisa todo objeto de conhecimento que não é naturalmente penetrável à inteligência, tudo aquilo de que não podemos fazer uma noção adequada por um simples procedimento de análise mental, tudo aquilo que o espírito só conseguirá compreender se sair de si mesmo, por meio de observações e de experimentações, passando progressivamente dos caracteres mais externos e mais imediatamente acessíveis aos menos visíveis e aos mais profundos. Tratar os fatos de uma certa ordem como coisas não é, portanto, classificá-los nesta ou naquela categoria do real; é observar diante deles uma certa atitude mental. É abordar seu estudo tomando por princípio que se ignora absolutamente o que eles são, e que suas propriedades características, assim como as causas desconhecidas de que dependem, não podem ser descobertas nem pela mais atenta introspecção.

Émile Durkheim nasceu na província francesa de Lorraine no dia 15 de abril de 1858. Fundador da Escola Francesa de Sociologia, é considerado um dos fundadores da sociologia moderna. Frequentou a École Normale Supérieure em Paris, em 1879, juntamente com Jean Jaurès e Henri Bergson. Durante estes estudos teve contatos com as obras de Augusto Comte e Herbert Spencer, que o influenciaram significativamente na tentativa de buscar a cientificidade no estudo das humanidades. Em 1887 assumiu em Bordéus a primeira cadeira de Sociologia instituída na França. Fundou também a revista L’Année Sociologique, que afirmou a preeminência durkheimiana no mundo inteiro.

Nº DE PÁGINAS: 160


Como encontrar Deus
…e por que nem é necessário procurá-lo

Zacharias Heyes

“Deus se revela a todo momento, e o ambiente mais propício para encontrá-lo é o cotidiano.”

O cristianismo é uma religião cuja característica essencial é que o ser humano não precisa se esforçar constantemente para chegar a Deus, para encontrar um acesso a Deus, para “mostrar serviço” para que Deus o aceite. Em outras palavras: ele não precisa se perguntar constantemente sobre como pode subir até Deus ou quantos degraus na escada para o céu ele já escalou. O cristianismo parte da premissa de que o movimento fundamental segue a direção de Deus para o ser humano. Foi Deus quem desceu do céu e alcançou o ser humano.

O evento decisivo é a encarnação de Deus em Jesus. Os cristãos acreditam que, em Jesus, o próprio Deus se tornou humano. Ele viveu entre as pessoas, deu-lhes seu amor, sua amizade, Ele as curou e edificou. As pessoas que conheceram Jesus receberam nova esperança e força por meio desse encontro. O desejo de Deus é estar presente entre as pessoas porque Ele as ama. Aquele que parte em busca de Deus não precisa funcionar constantemente no “modo de busca”, mas ter, sobretudo, a disposição interna de permitir que Deus o encontre e de encontrá-lo no meio das pessoas.

Na presente obra, Zacharias Heyes traz exemplos históricos de personagens que reencontraram Deus no cotidiano de sua vida. O ápice da participação de Deus no cotidiano da vida é a encarnação do Filho, que se faz humano com os humanos. Num segundo momento, Heyes cita aspectos da relação humana com o outro. A manifestação de Deus no cotidiano leva a um novo relacionamento com o outro, de forma a encontrar o Deus que se manifesta nele.

Padre Zacharias Heyes é monge da Abadia de Münsterschwarzach. Estudou Teologia em Münster e em Würzburg, e trabalhou por dois anos como missionário na Entwicklungshilfe, entidade humanitária voltada ao desenvolvimento da África Oriental. Por muitos anos, esteve envolvido no trabalho com jovens e professores religiosos do mosteiro e conselheiros escolares. É autor também de “Em casa comigo mesmo – Guia para reequilibrar o corpo e a alma”, (Vozes, 2016).

Nº DE PÁGINAS: 144


Liturgia das horas e contemplação

Anselm Grün

Muitas pessoas que seguem o caminho contemplativo têm dificuldades com a Liturgia das Horas. Acreditam que a Liturgia das Horas, com suas muitas palavras e imagens, não as conduz ao silêncio e à contemplação, antes as deixa inquietas e exaustas.

Alguns ainda defendem a Liturgia das Horas como forma central da oração monástica, outros a veem apenas como um evento comunitário, do qual eles participam por respeito aos outros; mas, no fundo, eles a veem mais como um obstáculo para a oração verdadeiramente contemplativa. A oração verdadeira, acreditam eles, ocorre no silêncio, no exercício contemplativo fora da Liturgia das Horas.

A tradição cristã mostra que, justamente em comunidades contemplativas, a Liturgia das Horas sempre foi altamente prezada. Para elas, a liturgia das horas não era uma contradição à oração contemplativa, mas um caminho que levava a ela. O caminho da mística na tradição monástica sempre passava pelas Escrituras Sagradas e pela liturgia.

A tradição e a prática do monaquismo nos mostraram que Liturgia das Horas e contemplação formam uma unidade. Se exercitarmos a oração incessante como os antigos monges e reservarmos tempo para a contemplação, a Liturgia das Horas também assumirá outra qualidade. Ela fertilizará a contemplação e abrirá todas as regiões da nossa alma para Deus, para que a contemplação aconteça no ser humano como um todo, para que Deus realmente possa se tornar tudo em todos.

Anselm Grün, OSB, é doutor em Teologia e monge beneditino. Vive na Abadia de Münsterschwarzach, onde exerceu por muitos anos a função de ecônomo. Tornou-se um dos autores católicos mais lidos atualmente, tendo escrito dezenas de livros traduzidos e publicados em todo o mundo. Inspira-se na tradição monástica e cristã, recorrendo também à Psicologia e às demais ciências para ajudar as pessoas a compreenderem melhor as questões da fé e da espiritualidade, bem como sua relação com a vida diária, social e familiar. Tem a habilidade de falar com clareza e expressar aquilo que muitos não conseguem formular em palavras. No Brasil, diversas de suas obras foram publicadas pela Editora Vozes.

Nº DE PÁGINAS: 80