Igreja da Vila Clementino lota para celebrar Santa Clara
14/08/2012
“Ponha a mente no espelho da eternidade, coloque a alma no esplendor da glória, ponha o coração na figura da substância divina, e transforme-se inteira, pela contemplação, na imagem da divindade.” (3CtIn 12).
Dia 11 de agosto, a igreja São São Francisco de Assis na Vila Clementino lotou para celebrar a Festa de Santa Clara neste encerramento do ano jubilar do VIII Centenário do Carisma Clariano. A esse grande número de devotos somaram-se a pastoral dos surdos, crianças da catequese, algumas fraternidades da OFS (Santa Clara; Imaculada Conceição; São Francisco da Vila Clementino; Santa Inês; São Francisco das Chagas) e também Jufra das Chagas.
Com a igreja belamente decorada e pronta para receber a imagem daquela que tomou a Jesus Cristo por esposo, iniciou-se a celebração eucarística presidida pelo Frei Mário Tagliari, OFM.
Frei Mário acolheu a todos de modo muito fraterno e franciscano envolveu e encantou a todos em sua homilia. De modo muito simples apresentou Santa Clara, a partir de alguns símbolos que eram segurados por Frei Roberto, OFM; a “plantinha”, por se dizer criatura frágil e pequena, mas por meio da qual Deus realizou grandes coisas, símbolo que também nos lembra o ramo que Clara recebeu naquele Domingo de Ramos em que deixou sua casa e família; o espelho, diante do qual devemos nos colocar todos os dias para ver o Cristo pobre, humilde e crucificado e buscar se vestir de suas virtudes; o cordão com os nós, evocando os votos de pobreza, obediência, castidade e união ao Senhor pela penitência; e a vela, que recorda a própria Santa, cheia de claridade, clara de nome e de vida, e as tochas que iluminaram o caminho até a Porciúncula para o abraço definitivo à forma de vida que Francisco lhe mostrara. Na consagração, toda a assembleia foi conduzida a entoar o mantra com as belas palavras de Clara: “Não perca de vista seu ponto de partida”, colocando o coração e pensamento naquele que sempre deve ser o ponto de partida.
Ao término da celebração, os freis abençoaram o pão de Santa Clara explicando que esse gesto recorda o episódio em que o Papa foi visitar Clara e ela pediu preparassem pães para servi-lo. antes de comer, porém, o Pontífice pediu que Clara os abençoasse e, ao fazer isso, imediatamente apareceram sobre os pães o sinal da cruz de Cristo (Fioretti 33). O pão foi distribuído a todos lembrando a lição de Clara: partilhar o pão, e a vida assim como Cristo, “pão vivo”, que partilhou amor, carinho, atenção e vida.
Como não poderia ser diferente, a celebração eucarística encerrou-se com os aplausos e vivas a Santa Clara.