“História primitiva de Deus”, entre os lançamentos da Vozes
04/09/2023
História primitiva de Deus
Nenhum livro contribuiu tanto informativa e construtivamente para a discussão do estudo da religião israelita quanto História primitiva de Deus: Yahweh e outras divindades no Antigo Israel. Seu subtítulo identifica não só o assunto principal, mas também as duas perspectivas que o tornam tão valioso. É, em certo sentido, um estudo do início de “Deus”, pelo menos na medida em que a compreensão contemporânea de divindade nas tradições ocidentais aplica-se em retrospectiva ao Deus de Israel. Smith procura escrever não uma história da religião israelita, mas uma história de Deus, com particular atenção à forma como a compreensão sobre divindade que moldou tanto o judaísmo quanto o cristianismo e o islamismo – com influências para muito além desses círculos – tomou forma nos estágios iniciais. A referência a “outras deidades” é apropriada, porque Yahweh claramente saiu do mundo dos deuses do Antigo Oriente Próximo, de modo que as relações de parentesco com outras divindades estão presentes desde o início. Smith demonstra particular interesse nas “outras divindades”, pois estas encontraram, dentro da religião israelita, seu lugar como objetos de adoração ao lado da divindade nacional, Yahweh. Mas, ao longo dessa análise, ele desvela as raízes de Yahweh e do javismo e os caminhos pelos quais as outras divindades conseguiram integrar o perfil e o caráter do Deus de Israel.
Nesta história notável e aclamada do desenvolvimento do monoteísmo, Mark S. Smith explica como a religião de Israel evoluiu de um culto a Yahweh como uma divindade primária entre muitos a uma fé monoteísta totalmente definida com Yahweh como único deus. Repudiando a visão tradicional de que Israel era fundamentalmente diferente em cultura e religião de seus vizinhos cananeus, este livro provocador argumenta que a religião israelita se desenvolveu, pelo menos em parte, a partir da religião de Canaã. Com base em fontes epigráficas e arqueológicas, Smith demonstra convincentemente que a religião israelita não era uma rejeição total dos deuses pagãos estrangeiros, mas, antes, era o resultado do estabelecimento progressivo de uma identidade israelita distinta.
Sobre o autor: Mark S. Smith é presidente da Skirball Chair of Bible e professor na Universidade de Nova York.
A conquista da América Latina vista pelos indígenas
O legado da América indígena visa permitir ao público conhecer a herança das civilizações pré-hispânicas no seu pensamento, na sua literatura e na sua arte, e procura, em busca das raízes mais profundas dos povos americanos, suscitar uma maior estima pelos atuais descendentes dos grandes criadores da cultura do nosso continente.
Este livro tem por fim trazer a público o testemunho dos sobreviventes das três grandes civilizações pré-hispânicas – Asteca, Maia e Quéchua (Inca) – sobre a conquista espanhola em terras americanas. Reúne e comenta vários dos relatos indígenas sobre o que foi o violento choque de culturas então ocasionado. É a história escrita pelos vencidos, os que não tiveram senão que se resignar em meio à desgraça: “Mortos os deuses, perdidos o governo e o mando, a fama e a glória, a experiência da Conquista significou mais do que tragédia: ficou cravada na alma e sua recordação passou a ser um trauma”.
Miguel León-Portilla foi diretor do Instituto Indigenista Interamericano e do Instituto de Historia de la Universidad de México. Seus estudos sobre a cultura náhuatl o colocam entre os pesquisadores de maior prestígio no México e o fizeram ser reconhecido em todo o mundo. Foi membro da Academia Mexicana de la Lengua e também da Academia Mexicana de la Historia.
Além da inteligência – Aprendizagem mediada e a capacidade de mudança do cérebro
Esta obra foi escrita com o intuito de apresentar ao leitor, em formato acessível, a aplicação da teoria de Modificabilidade Cognitiva Estrutural (MCE) e a Experiência de Aprendizagem Mediada (EAM) a indivíduos com deficiências – genéticas, de cromossomos, de desenvolvimento e comportamentais. O livro inclui discussões gerais sobre a teoria e como aplicá-la em diversas situações e estudos de caso ilustrativos. Um capítulo final foi adicionado para tratar das questões de inclusão de indivíduos com deficiências em ambientes não especialmente preparados para recebê-los, uma questão de importância crítica e necessidade vital.
Neste livro trataremos da capacidade de modificabilidade cognitiva que o ser humano tem, e de como essa habilidade do cérebro/mente em mudar informa a maneira como podemos ajudar os alunos a melhorarem sua habilidade de pensar e de aprender. Levantamos e respondemos a perguntas críticas com relação à habilidade do aluno, ou qualquer ser humano, de mudar e ser mudado pela experiência. É uma questão interessante e importante que continua controversa nos campos da educação, da psicologia e da política social. Após muitos anos nos quais a questão não foi tratada, mais recentemente em resposta e reação ao desenvolvimento da Psicologia Cognitiva e alterações no clima sociopolítico, diversos livros apareceram demonstrando oposição aguda à possibilidade de se alterar a inteligência, ou, em outras palavras, a habilidade de pensamento do indivíduo.
Porém, pelo lado positivo, essas posições também suscitaram muitas reações e discussões, que demonstram importância hoje dada às questões, à natureza, ao desenvolvimento e à função de habilidades de pensamento e fatores que determinam o destino de uma pessoa no desenvolvimento da sociedade. Do ponto de vista histórico, dois encontros completamente diferentes me levaram (Reuven Feuerstein) a desenvolver a teoria de Modificabilidade Cognitiva Estrutural (MCE): primeiramente minha exposição a Jean Piaget, que pode ser descrito como o fundador da Psicologia Cognitiva de Desenvolvimento; e, em segundo lugar, meus encontros e respostas às crianças que sobreviveram ao holocausto durante a Segunda Guerra Mundial na Europa.
Sobre os autores:
Reuven Feuerstein foi presidente do Instituto Feuerstein e professor de Psicologia na Bar Ilan University’s School of Education. Formulou a teoria de Modificabilidade Cognitiva Estrutural e a Experiência de Aprendizagem Mediada como respostas à necessidade de ajudar crianças que sobreviveram ao holocausto.
Refael S. Feuerstein é presidente do Instituto Feuerstein em Jerusalém, e atua no avanço do desenvolvimento conceitual e operacional das teorias de desenvolvimento profissional em Israel e outros países.
Louis H. Falik é professor emérito da San Francisco State University e acadêmico sênior focado em treinamento, pesquisa e desenvolvimento profissional no Instituto Feuerstein.
Mitologia e Filosofia
Ao contrário do que se pensa, a mitologia não se reduz a uma sucessão de ‘contos e lendas’, de relatos de aventuras mais ou menos fantásticos destinados sobretudo às crianças. Ela representa, ao contrário, uma tentativa grandiosa de trazer respostas à antiga questão sobre o sentido da vida, da vida boa para os mortais. Daí o fato de a distinção entre mortais e imortais, entre os homens e os deuses, ser tão crucial quanto onipresente.”
Impossível enumerar as metáforas adormecidas de Oceano, Tífon, Cérbero, Tritão, Píton, Quimera e outros seres maravilhosos que habitam incógnitos nossa linguagem do dia a dia. A proposta deste livro é justamente despertá-los contando as histórias magníficas que constituem sua origem. Mas o interesse da mitologia não para por aí. Os grandes mitos propõem, num plano propriamente filosófico, uma infinidade de lições de vida e de sabedoria de uma profundidade abissal. Também são elas que este livro analisa ao retomar em grande parte os libretos publicados em colaboração com a revista Le Figaro no decorrer do ano de 2014.
Sobre o autor:
Luc Ferry, nascido em Paris, em 1951, é um dos filósofos franceses mais lidos da atualidade, e reconhecido por obras que trouxeram a filosofia de volta ao cotidiano. É doutor em Ciência Política pela Universidade de Reims, onde atuou como professor. Um dos principais defensores do humanismo secular – visão de mundo que se contrapõe à religião, por conta de seu compromisso com o uso da razão crítica, em vez da fé, na busca de respostas para as mais importantes questões humanas.
Cartas de Santo Inácio de Antióquia
As cartas de Santo Inácio, que lançam tão viva luz sobre a situação interior das comunidades do século I, permitem, além disso, penetrar no próprio coração de um herói da fé e não podem deixar de ter sua influência ao longo da história. O próprio Policarpo acha que delas “se pode tirar grande proveito, animação para a fé, paciência, e ainda toda sorte de edificação a partir de Nosso Senhor”. Em cada século subsequente encontramos testemunhos formais sobre a autenticidade e o valor das mesmas cartas.
Inácio não elaborou nenhum escrito sistemático, nem tampouco sistematizou suas normas pastorais sobre a unidade. Recebera ele delegações de bispos, presbíteros e diáconos. Logo, aceitou a perspectiva hierárquica para falar às comunidades. Mesmo assim, seria exagero afirmar que Inácio pretendesse unicamente reforçar a posição desses bispos, presbíteros e diáconos diante de suas comunidades. Sua linguagem é tão vibrante, e por vezes tão dramática, que nos leva a convencer-nos de uma espiritualidade vivida por ele e necessária à comunidade cristã. Expressões como estas: “Amai a união! Fugi das discórdias! Tornai-vos imitadores de Jesus Cristo, como Ele o é do Pai!”, constituem o fio condutor de todos os seus escritos e acrescentam sempre que tudo se realize, mesmo na família, segundo o Senhor e na unidade com o bispo. Praticamente só existe uma tentação: é a de ceder às “artimanhas e tramoias do príncipe deste século”, “e vir a esmorecer no amor, atribulados pela sagacidade dele”. Ninguém se admirará, pois, que reapareça o preventivo e o remédio mais seguro: “uni-vos num só coração indiviso”. Inácio, no entanto, é teólogo. Buscará assim a norma última de tudo lá onde ela se encontra, em Deus e em Jesus: “conformando-vos assim todos ao proceder de Deus, amai-vos uns aos outros, e ninguém considere o próximo segundo a carne, mas amai vos sempre mutuamente em Jesus Cristo”.
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