Notícias - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

A primeira missa de Frei Edvaldo Batista Soares

04/09/2016

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Entre Rios (BA) – A matriz Nossa Senhora dos Prazeres, em Entre Rios (BA), foi o local da primeira missa de Frei Edvaldo Batista Soares. A comunidade local já se reunia, muito alegre (como foram todos os dias durante as missões e o Tríduo), para acompanhar a primeira missa de mais um filho entrerriense elevado à Ordem Presbiteral.  A missa foi concelebrada pelos frades, pelos padres da diocese, pelo pároco, Padre João Primo, pelo diácono Rogério e por Padre Edilson, irmão de Frei Edvaldo. A animação ficou por conta do grupo local e de Frei Paulo César Ferreira e Frei Leandro Costa Santos.

Como de costume, um frade é convidado para proferir a homilia nesta primeira celebração, e Frei Douglas Machado, que reside em Concórdia (SC), foi o escolhido. O frade destacou as exigências do seguimento a Jesus Cristo. “É verdade, nem todos são chamados a derramar o seu sangue por Ele, como mártires. Mas todos, sem exceção, devem carregar a sua cruz, dia após dia, a fim de dizer, com São Paulo: ‘Estou pregado à cruz de Cristo’ (Gl 2,19). São Jerônimo diz que a cruz não se restringe ao tempo de perseguição, quando afirma: ‘Cristo repete-o a cada um de nós, ao ouvido, intimamente: a Cruz de cada dia. Não só em tempo de perseguição ou quando se apresenta a possibilidade do martírio, mas em todas as situações, em todas as atividades, em todos os pensamentos, em todas as palavras, neguemos aquilo que antes éramos e confessemos o que agora somos, visto que renascemos em Cristo’.”

Frei Douglas, recordando São Gregório Magno, afirmou que todos foram mártires, ou pelo sangue, ou pela paciência, e ressaltou que não devemos pedir a Deus que nos livre das cruzes, mas que nos dê forças para suportá-las.

O frade disse que é importante pedir a Deus sabedoria para carregar a cruz diária. “É a sabedoria que nos faz renunciarmos a nós mesmos, que nos faz colocar o Senhor como o centro de nossa vida, do nosso modo de pensar e de agir, que O faz ser realmente o nosso Tudo. Ou seja, é a sabedoria que nos faz sermos verdadeiros discípulos de Cristo. ‘Do mesmo modo, portanto, qualquer um de vós, se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo’. Essa sábia renúncia São Paulo propõe a Filêmon, cristão, proprietário do escravo Onésimo.”

E concluiu sua homilia com um conselho, “É essa a vida de sacerdote, mais que estar à frente das ovelhas ou no meio delas, o padre deve estar atrás do Pastor, do Bom Pastor”, concluiu.

A grande devoção de Frei Edvaldo a Nossa Senhora deu o tom à celebração. No momento de ação de graças, as jovens da Jufra das Chagas, de São Paulo, onde Frei Edvaldo é o assistente, entraram em procissão com uma imagem de Nossa Senhora das Graças, e o frade fez a consagração a Nossa Senhora. Nos agradecimentos ele disse que sempre pediu que Nossa Senhora o ajudasse a ser um religioso melhor, no qual as pessoas pudessem encontrar o rosto de Jesus Misericordioso.

As jovens da Renovação Carismática Católica da Matriz fizeram uma homenagem, com uma coreografia e uma jovem entrou caracterizada de Nossa Senhora das Graças. Padre João Primo, pároco local, agradeceu os frades pela presença e pelas missões, que aconteceram ao longo da semana.

Gabriela e Eliane, da Jufra das Chagas, fizeram uma homenagem ao assistente espiritual, em nome de todo o grupo. “Com seu jeitinho de ser, com sua humildade e alegria, o senhor deu um novo sentido para nossa fraternidade. Deus te conduziu até nós, nos abençoou como nosso assistente espiritual. Obrigada por estender as suas mãos, por ser um instrumento em nossas vidas e por semear em nossos corações a semente do bem, do amor, que certamente será colhido e dará muitos frutos”.

Após a missa, Frei Edvaldo foi calorosamente cumprimentado pelos presentes, e em seguida todos foram acolhidos para um almoço no centro comunitário, preparado pelos paroquianos e pela família do neo-sacerdote.

Érika Augusto