“Prefiro a misericórdia ao sacrifício” (Mt. 9,13). Inspirados pela passagem descrita pelo evangelista Mateus, na qual Jesus Cristo reafirma seu plano de salvação, frades, religiosas, religiosos, familiares, convidados e comunidade irão testemunhar, na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Mulenvos de Cima, Angola, a Profissão Solene de Frei Luís António Gungo.

A celebração está programada para o próximo sábado, 25 de janeiro, às 10h, horário local. O presidente da Santa Missa, será Frei Paulo Roberto Pereira, Ministro provincial. Ele e Frei Robson Luiz Sculdela, já estão no continente africano para acompanhar os últimos preparativos para o momento especial da comunidade franciscana.

Na vida religiosa esse momento é uma expressão de total dedicação à espiritualidade franciscana, ao serviço aos outros e à imitação dos ensinamentos de São Francisco de Assis. O rito marca o compromisso permanente de um frade com a busca da santidade e a missão de viver o Evangelho, sem nada de próprio, em castidade e na obediência à Ordem Frades Menores.

A expectativa é de um dia festivo de muito louvor na paróquia, que será pequena para acolher todos que pretendem acompanhar a celebração. O frade entrará na igreja acompanhado por seus familiares, em alegre procissão no início da Liturgia da Palavra.

Diferente do Brasil, celebrações como essas costumam estender por quatro horas e meia. Nesse tempo, o povo de Deus canta, dança e leva oferendas variadas, de forma que a assembleia fica contagiada com tamanha alegria, tipicamente angolana, que fica ainda mais evidente com a presença franciscana.

Momento histórico da FIMDA

O fortalecimento do “sim” de Frei Luís António Gungo será realizado no ano em que a Fundação Franciscana da Imaculada Mãe de Deus de Angola, celebra o jubileu de 35 anos.  No dia 25 de setembro de 1990, os missionários da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil: Frei Plínio Gande da Silva, Frei José Zanchet e Frei Pedro Caron, se instalaram em território angolano. Lá iniciaram a missão franciscana de levar o Evangelho, por meio da Palavra e de atos concretos de amor a todas as criaturas, especialmente aos mais pobres e oprimidos.

Na época, a motivação chegou por meio de uma carta do, então, Ministro geral, Frei John Vaughn, escrita em 1982, com o título: ‘A África nos chama’. Este documento foi escrito a partir da constatação de que a Ordem estava espalhada pelo mundo inteiro, mas muito reduzida no continente africano.

Assim como os três missionários que “renunciaram” ao medo de enfrentar as adversidades presentes no ambiente onde estavam se inserindo na época, Frei Gungo, também dará continuidade a sua vida religiosa, embebido do mesmo espírito missionário, heroico e destemido dos primeiros discípulos da Ordem.

 

 

Nascido em 01 de dezembro de 1990, em Kilamba Kiaxi, Angola. Vestiu o hábito franciscano e iniciou o Noviciado em 15 de janeiro de 2018 e sua Primeira Profissão na Vida Religiosa foi no dia10 de janeiro de 2019.

 

 

 

 

 

---

Adriana Rabelo