Notícias - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

Encontro é encerrado com alegria e muita arte

17/05/2012

Notícias

Petrópolis (RJ) – O último dia (16/05) do 3º Encontro dos Frades Artistas da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil foi recheado de reflexão, pensamentos, trocas de experiência e muita arte. Durante o dia, deu-se continuidade aos trabalhos iniciados no primeiro dia e, à noite, foi feita a apresentação dos dons culturais e artísticos dos confrades artistas e ‘arteiros’.

Frei Elói Dionísio Piva deu continuidade à sua explanação sobre a Arte e a Palavra de Deus, citando o artista Paul Klee: “A arte não imita o visível, ela cria o visível”.  Segundo o palestrante, toda a obra de arte é constituída por três elementos: personalidade – o próprio do artista, estilo – próprio da época e do ambiente cultural, e o elemento do puro e eternamente artístico – próprio da arte. Frei Elói também fez uma panorâmica sobre a arte nos vários períodos históricos e concluiu sua fala sobre a classificação das artes, salvaguardando que cada qual tem sua forma técnica e estilo.

À tarde, os frades artistas elencaram algumas propostas a serem apresentadas no Capítulo Provincial em novembro. Entre as propostas está a conservação e o modo de cuidar do patrimônio cultural da Província. Em seguida, preocupou-se em preparar o próximo encontro que será realizado no próximo ano de maio.

Apresentação dos Frades Artistas

“O ser humano é habitado pela beleza que o salva”. Com essas palavras Frei Vitório Mazzuco abriu a noite de apresentações culturais dos confrades artistas. Certamente, a lua cedeu o seu lugar para estas almas sensíveis apresentarem um pouco daquilo que brota de dentro de seus seres.

O Hino Nacional foi o primeiro a ser tocado, através da gaita de bica, por Frei Odorico Decker. Ele reside na capital paulista e constantemente está tocando sua “gaitinha”, como ele mesmo gosta de chamar. Por meio das melodias harmônicas, Frei Odorico provoca as pessoas a entrar em oração.

Em seguida, o mineiro, poeta e escritor Frei Walter Hugo de Almeida, declamou a poesia ‘Mar profundo’.  Com a bela voz de Frei Paulo Ferreira e os toques suaves e precisos dos dedos de Frei Marcel Freire no piano, ouviu-se  “Ave Maria” de Washington Negrão, compositor e produtor paulista.

Frei Soneca (Airton da Rosa), com um sorriso maroto, mesmo não se considerando um artista (ele prefere ‘arteiro’), apresentou sua mais nova obra: teatro lambe-lambe (é uma linguagem de formas animadas que ocupa um espaço cênico mínimo). Outra obra que ele empreendeu foi a exposição permanente de presépios. Esta exposição, preparada por uma equipe, está aberta à visitação no Seminário Frei Galvão, em Guaratinguetá. Ele também  está trabalhando numa outra exposição, também permanente, com a temática franciscana, reunindo assim muito material e imagens de São Francisco. A previsão é de inaugurar ainda este ano.

Frei Cid Passos também apresentou suas pinturas, muitas por sinal: “Eu sou pároco de uma paróquia em Sorocaba, durante o dia atendo o povo e, de noite, eu pinto”, disse. Outro pintor apresentado por Frei Vitório é Frei Dito (Benedito G. G. Gonçalves): “Já desenhava desde criança. Mas vim fazer a minha primeira pintura, aliás, de um selo comemorativo franciscano, quando era frade”, explicou Frei Dito. Frei Roger também esteve presente e apresentou a sua recente obra sobre a arte franciscana no Rio de Janeiro.

À capela, Frei Odorico Decker entoou uma música dedicada a Santa Clara e, na última parte da apresentação, homenageou-se o frade artista falecido Frei Clemente Kesselmeier. Por usar a palavra com grande virtuosidade, ele era requisitado para palestras em grandes empresas e instituições. Viajava pelo Brasil visitando comunidades para despertar o “gigante adormecido”, segundo ele,  que é a Igreja Católica, defendendo como Francisco de Assis os pequenos, humildes e pobres.

Frei Paulo Ferreira e Frei Marcel Freire entoaram a oração de São Francisco e Frei Filipinho (Felipe Gabriel Alves) encerrou a noite apresentando “As razões do lobo”, uma obra que emocionou a todos. Após sua apresentação, Frei Filipinho deu a bênção franciscana e convidou os presentes, de mão unidas,  a rezar o Pai Nosso.

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