Emoção e fé no Convento da Penha
05/08/2019
Vila Velha (ES) – Cerca de 3 mil fiéis participaram da Caminhada Penitencial do Perdão de Assis no Convento da Penha, em Vila Velha (ES). A celebração teve início às 19h30, em frente à Igreja do Rosário, na Prainha. Os frades acolheram os caminhantes, que percorreram, com velas acesas, aproximadamente 3km, cantando e rezando em direção ao Santuário da Graça e do Perdão.
No Campinho do Convento, os fiéis foram acolhidos por Frei Paulo César Ferreira, que os recebeu com música suave, no estilo “voz e violão”. Ele interpretou canções do Padre Zezinho e melodias que levaram os participantes a rezar cantando, refletindo o infinito amor de Deus pela humanidade.
Quando as luzes do Campinho e do Convento se apagaram, foi a vez de Laila Eler, Rômulo Madureira, Gabriel Spalla e voluntários entrarem em cena. Para reforçarem ainda mais o clima orante e meditativo, eles cantaram a música “Doce é Sentir”, enchendo de emoção os participantes. Em seguida, foram acesas as luzes das colunas do Convento e da mata, proporcionando um cenário encantador. Na sequência da apresentação, São Francisco de Assis, interpretado pelo jovem Mateus Maretto, apareceu entre as palmeiras do Campinho, cantando e encenando a Oração pela Paz. “Cristo, quero ser instrumento Cristo, de Tua paz…”.
Francisco andou no meio das pessoas e foi até o palco, transformado em “Cidade de Assis”, com a Porciúncula, um jardim florido e um “objeto” encoberto por um tecido preto. Na primeira parte da apresentação, o jovem de Assis, contemplou ajoelhado a Cruz de São Damião, que estava com o tecido que foi retirado.
Um dos grandes momentos da apresentação foi quando São Francisco entoou “Perdão e Alegria”: “Se soubermos perdoar, muita coisa mudará. Nascerá neste planeta, uma nova geração. Mudará talvez a história, se soubermos perdoar”, levando os devotos à alegria do perdão do Senhor.
A apresentação foi montada por voluntários e amigos do Convento da Penha, com roteiros e direção de Gabriela Spalla, Valéria Tanure e Zilma Rita, com apoio de Ivone, Vinícius, Nadir.
Terminada a apresentação, Frei Paulo Roberto Pereira, guardião do Convento, falou sobre o rito da Indulgência Plenária. “Louvado sejas, meu Senhor, pelos que perdoam pelo teu amor e suportam as enfermidades e tribulações. Esta Penha abençoada é lugar privilegiado do encontro com o vigor de Deus e com a capacidade de reconstruir pontes. Ao caminheiro que aspira intimidade com o Senhor é dada a água revigorante da bênção divina. Lugar da graça abundante, graça que encoraja e reanima esta casa, a Casa da Senhora das Alegrias, feita por mãos humanas, é a casa da mão de Deus estendida, mão reveladora da misericórdia e da bondade que perdoa e que restaura…”, disse. Em seguida, pediu que levantassem as velas e olhassem para quem estivesse por perto. Pediu também que se agradecessem mutuamente. Frei Paulo ainda destacou a importância do perdão, pois segundo ele, “o perdão nos cura, o perdão nos liberta”.
Ainda na exortação, o guardião lembrou os males que muitas vezes alimentamos em desfavor do bem e da paz, além das atitudes que isolam a possibilidade do perdão. “Se alguém ainda tiver a tentação de repetir a velha justificativa ‘perdoar é difícil demais, afinal somos humanos’, nós muitas vezes repetimos essa máxima tentando nos confortar e nos justificar, mas é exatamente por isso, por sermos humanos que o caminho do perdão é possível. Somos inteligentemente escolhidos, e por isso podemos escolher o que nos aproxima do paraíso (do irmão) ou que nos afasta do paraíso”. E encerrou pedindo que olhassem para o Convento e cantassem o perdão.
Ainda no Rito da Indulgência, Frei Alessandro Dias fez a Profissão de Fé, Frei Paulo César concedeu a absolvição dos pecados. “A noite de perdão deve proporcionar a restauração do nosso próprio coração. O perdão que desejamos, deverá começar dentro de nós mesmos”. A pequena Júlia Trindade e seu papai Fábio Trindade encenaram e interpretaram a canção “haja mais amor, a começar em mim”, emocionando a todos.
A noite foi encerrada com a bênção final, dada pelos freis. A Igrejinha de São Francisco de Assis foi iluminada e assim finalizada a celebração.
Assessoria de Comunicação do Convento