Notícias - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

D. Walmor Azevedo é o novo presidente da CNBB. D. Jaime Spengler é eleito vice.

06/05/2019

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O arcebispo de Belo Horizonte (MG), dom Walmor Oliveira de Azevedo, foi eleito na tarde desta segunda-feira, 6 de maio, como presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O novo presidente foi escolhido pelos episcopado brasileiro que participa, em Aparecida (SP), da 57ª Assembleia Geral da CNBB no terceiro escrutínio, após receber a maioria absoluta de votos do total de 301 bispos votantes.  Já o arcebispo de Porto Alegre (RS), Dom Jaime Spengler, foi eleito na tarde desta segunda-feira, 6 de maio, como primeiro vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O primeiro vice-presidente foi escolhido no terceiro escrutínio por maioria absoluta do total de 301 votantes da 57ª Assembleia Geral da CNBB que acontece em Aparecida (SP).

Como manda o Estatuto da CNBB, o até então presidente cardeal sergio da Rocha perguntou a dom Walmor se aceita ser presidente. “Aceito com humildade, aceito com temor e aceito à luz da fe”, foram as primeiras  palavras que ele dirigiu à plenária da 57ª. Só à luz da fé, segundo dom Walmor, será possível recuperar a força da colegialidade da Igreja no Brasil a partir de uma escuta muito profunda dos irmãos e do povo de Deus. Ele pediu a Deus que não falte sabedoria para assumir este serviço.

Nascido em 26 de abril de 1954, dom Walmor é natural de Côcos (BA). É o primeiro baiano a estar à frente da CNBB. O novo presidente da Conferência é doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana (Roma, Itália) e mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico (Roma, Itália).

Em sua trajetória de formação, cursou Filosofia no Seminário Arquidiocesano Santo Antônio (1972-1973), em Juiz de Fora (MG), e na Faculdade Dom Bosco de Filosofia, Ciências e Letras (1974-1975), em São João Del-Rei (MG). De 1974 a 1977, cursou Teologia no Seminário Arquidiocesano Santo Antônio, em Juiz de Fora. Em 9 de setembro de 1977 foi ordenado sacerdote, incardinando-se na arquidiocese de Juiz de Fora.

Ministério sacerdotal – Foi pároco da paróquia Nossa Senhora da Conceição de Benfica (1986-1995) e da paróquia do Bom Pastor (1996-1998); coordenador da Região Pastoral Nossa Senhora de Lourdes (1988-1989); coordenador arquidiocesano da Pastoral Vocacional (1978-1984) e reitor do Seminário Arquidiocesano Santo Antônio (1989-1997). No campo acadêmico, lecionou nas disciplinas Ciências Bíblicas, Teologia e Lógica II; coordenou os cursos de Filosofia e Teologia. Em Belo Horizonte, foi professor da PUC-Minas (1986-1990). Também lecionou no mestrado em Teologia da PUC-Rio (1992, 1994 e 1995).

Ministério episcopal – Dom Walmor Oliveira de Azevedo foi nomeado bispo auxiliar de Salvador (BA) pelo Papa São João Paulo II, no dia 21 de janeiro de 1998. Sua ordenação episcopal foi no dia 10 de maio do mesmo ano. Em 2004, foi nomeado arcebispo metropolitano de Belo Horizonte (MG), iniciando o ministério em 26 de março daquele ano. Em outubro de 2008, dom Walmor foi escolhido para ser um dos quatro representantes do Brasil na XII Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, realizada em Roma.

Em 1999, dom Walmor foi secretário do Regional Nordeste 3 e membro da Comissão Episcopal de Doutrina da CNBB. A mesma Comissão que, já com o nome de Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé, presidiu entre 2003 e 2011, ou seja, por dois mandatos. É membro da Congregação para a Doutrina da Fé, no Vaticano, desde 2009. O arcebispo de Belo Horizonte também exerceu a presidência do Regional Leste II da CNBB – Minas Gerais e Espírito Santo.

Em fevereiro de 2014, foi nomeado pelo Papa Francisco membro da Congregação para as Igrejas Orientais. Desde 2010, o arcebispo é referencial para os fiéis católicos de Rito Oriental residentes no Brasil e desprovidos de ordinário do próprio rito.

Com mais de 15 livros publicados, dom Walmor é membro da Academia Mineira de Letras, Cidadão Honorário de Minas Gerais e dos municípios de Caeté e Ribeirão das Neves. O novo presidente da CNBB também foi agraciado com a Comenda Dom Luciano Mendes de Almeida, da Faculdade Arquidiocesana de Mariana, e com o título de Doutor Honoris Causa, da Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (2012).


DOM JAIME É ELEITO VICE-PRESIDENTE

O arcebispo de Porto Alegre (RS), dom Jaime Spengler, foi eleito na desta segunda-feira, 6 de maio, como primeiro vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O primeiro vice-presidente foi escolhido no terceiro escrutínio por maioria absoluta do total de 301 votantes da 57ª Assembleia Geral da CNBB que acontece em Aparecida (SP).

O cardeal Sergio da Rocha fez a mesma pergunta a Dom Jaime Spengler se aceita esta missão à ele confiado. “Com temor e tremor, acolho”, disse dom Jaime.

Natural de Gaspar, em Santa Catarina, o vice-presidente eleito nasceu em 6 de setembro de 1960. Ingressou na Ordem dos Frades Menores em 20 de janeiro de 1982, pela admissão no Noviciado na cidade de Rodeio (SC). Estudou Filosofia no Instituto Filosófico São Boaventura, em Campo Largo (PR) e Teologia no Instituto Teológico Franciscano, em Petrópolis (RJ), concluindo-o no Instituto Teológico de Jerusalém em Israel. Foi ordenado sacerdote em 17 de novembro de 1990, na sua cidade natal.

O bispo também tem doutorado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Antonianum, de Roma, e atuou dentro da Ordem dos Frades Menores em diversas missões e cidades do país até 2010, quando foi nomeado em novembro do mesmo ano pelo papa Bento XVI como bispo titular de Patara e auxiliar de Porto Alegre (RS).

No ano seguinte, em fevereiro de 2011, o bispo foi ordenado na paróquia São Pedro Apóstolo, na sua cidade natal, Gaspar, pelo Núncio Apostólico no Brasil, na ocasião, dom Lorenzo Baldisseri. Em 18 de setembro de 2013, o papa Francisco nomeou dom Jaime Spengler como novo arcebispo de Porto Alegre.

Atividades como bispo

Em março de 2014, o papa Francisco nomeou dom Jaime Spengler como membro da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica. Em abril de 2015, na 53ª Assembleia Geral da CNBB, foi eleito presidente da Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB, para a gestão 2015-2019. Na ocasião, recebeu 205 votos de um total de 283 votantes, superando a maioria absoluta requerida no segundo escrutínio, que era de 143 votos. Também em 2015, o arcebispo foi eleito presidente do regional Sul 3 da CNBB, que corresponde ao Estado do Rio Grande do Sul, para a gestão 2015-2019.

Lema Episcopal

O lema episcopal de dom Jaime Spengler é “In Cruce Gloriari – Gloriar-se na Cruz – inspirado na carta de São Paulo aos Colossenses. Seu brasão possui os seguintes significados:

a) A Cruz: o centro do brasão é ocupado pela cruz; esta é iluminada pelo sol, expressando o que diz a Escritura: “Cristo é o sol de justiça”. O Cristo crucificado, sol de justiça, é a nossa esperança; concede novos horizontes de vida aos crucificados de todos os tempos; o Crucificado divide e unifica o universo. A metade do Crucificado sobre a cruz escura, indica o Cristo que glorifica a cruz. A metade escura do Crucificado sobre a cruz clara, indica que a cruz glorifica e transfigura o ser humano.

b) A Concha: na parte inferior vemos a cruz repousando numa concha. Expressa o mistério inesgotável da cruz. Ela é o símbolo do Santo Sepulcro e do evento da Ressurreição; distintivo dos peregrinos de todos os tempos.

c) Águas: de um lado da cruz lembram o rio Itajaí-Açu com seu vale, região de nascimento de Dom Jaime Spengler; do outro lado, lembram o Guaíba, que banha a região de Porto Alegre, local atual da missão do arcebispo.

d) Os diversos tons de azul: evocam Nossa Senhora Mãe de Deus, como padroeira da Arquidiocese de Porto Alegre, e como a Virgem Imaculada, “a mulher vestida de sol”.

e) O Tau: no alto do brasão vemos a cruz arquiepiscopal. No detalhe, inferior podemos identificar a presença do tau, recordando a família religiosa de onde provém o Arcebispo, e os “assinalados” discípulos do “Amor que não é amado”.
f) O Pálio: espécie de colarinho de lã branca com cruzes negras. Expressa a unidade com o sucessor de Pedro, bem como indica a dignidade arquiepiscopal.


Dom Mário Antônio da Silva é eleito 2º vice-presidente da CNBB

O bispo de Roraima, dom Mário Antônio da Silva, foi eleito em segundo escrutínio, na tarde deste dia 6 de maio, ao cargo de segundo vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Dom Mário foi escolhido por maioria absoluta de um universo de 292 bispos votantes.

À pergunta do cardeal Sergio da Rocha, dom Mário disse aceitar a indicação e a confiança dos irmãos bispos em nome da Amazônia e do povo brasileiro.

Nascido em Itararé (SP) em 17 de outubro de 1966, dom Mário Antônio da Silva estudou Filosofia e Teologia no Seminário Maior Divino Mestre, da diocese de Jacarezinho. Possui mestrado em Teologia Moral pela Pontifícia Universidade Lateranense de Roma, na Itália.

No ano de 1991, foi ordenado padre em Sengés, no estado do Paraná, por dom Conrado Walter. Era chanceler da diocese de Jacarezinho quando foi nomeado bispo auxiliar de Manaus no dia 9 de junho de 2010.

Sua ordenação ocorreu na Catedral de Jacarezinho em 20 de agosto de 2010, em celebração presidida por dom Mauro Aparecido dos Santos, arcebispo de Cascavel. A missa de acolhida na arquidiocese de Manaus aconteceu no dia 12 de setembro de 2010, na Catedral Metropolitana Nossa Senhora da Conceição.

Em 2015, foi eleito durante a 53ª Assembleia Geral da CNBB como presidente do regional Norte 1, que compreende o Estado de Roraima e o norte do Amazonas, para o quadriênio de 2015-2019. Também é referencial da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB. Em junho de 2016, foi nomeado pelo papa Francisco como bispo de Roraima, tomando posse em setembro do mesmo ano. Escolheu como lema episcopal “Testemunhar e Servir”.

Fonte: CNBB