Notícias - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

Dom Leonardo Steiner é o novo arcebispo de Manaus

27/11/2019

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O Papa Francisco acolheu, nesta quarta-feira, 27 de novembro, o pedido de renúncia apresentado por dom Sérgio Eduardo Castriani ao governo pastoral da arquidiocese de Manaus (AM) e nomeou como novo arcebispo Dom Leonardo Ulrich Steiner, transferindo-o da sede titular de “Tisiduo” e do ofício de auxiliar da arquidiocese de Brasília (DF). Um pouco depois do Sínodo, a Amazônia agora tem quatro franciscanos: Dom Leonardo, em Manus; Dom Bernardo Johannes Bahlmann, bispo de Óbidos;  Dom Evaristo Spengler, bispo da Prelazia de Marajó; e João Muniz Alves, bispo  da nova diocese de Xingu-Altamira (PA).

Dom Leonardo Ulrich Steiner nasceu no dia 6 de novembro de 1950 em Forquilhinha (SC). Ingressou na Ordem dos Frades Menores (OFM) no dia 20 de janeiro de 1972, quando foi admitido no Noviciado desta Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil.

Cursou Filosofia e Teologia em Petrópolis (RJ), de 1973 a 1978, quando os dois cursos eram integrados. Foi ordenado padre pelas mãos do cardeal Paulo Evaristo Arns, seu primo, no dia 21 de janeiro de 1978, em sua cidade natal. Por sua formação pedagógica, assumiu trabalhos na área da educação, compondo os quadros de professores das suas casas de formação. De 1981 a 1982, concluiu o curso de Pedagogia, e de 1987 a 1994 tornou-se “mestre de noviços”. A partir de 1995, o Frei Ulrich se transferiu para o Pontifício Ateneu Antoniano, em Roma, onde fez mestrado e doutorado em Filosofia.

De 1999 a 2003 exerceu a função de secretário geral do Pontifício Ateneu Antoniano. De volta ao Brasil, Frei Ulrich foi nomeado vigário da paróquia do Senhor Bom Jesus, Curitiba (PR), onde também passou a lecionar na Faculdade de Filosofia São Boaventura.

Dom Leonardo Steiner foi nomeado bispo em 2 de fevereiro de 2005 pelo Papa João Paulo II para a Prelazia de São Félix do Araguaia (MG), sucedendo a Dom Pedro Casaldáliga. Foi ordenado bispo no dia 16 de abril do mesmo ano, em Blumenau (SC), pelo cardeal Paulo Evaristo Arns, adotando como lema episcopal “Verbum Caro Factum” que quer dizer “Verbo feito carne”.

De 2007 a 2011, foi membro da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e vice-presidente do regional Oeste 2 da entidade, onde também foi bispo referencial para os presbíteros; para o Conselho Indigenista Missionário (CIMI) e para os jovens.

No dia 10 de maio de 2011 foi eleito secretário-geral da CNBB, durante a 49ª Assembleia Geral. Em 21 de setembro daquele ano, o Papa Bento XVI o nomeou bispo auxiliar da arquidiocese de Brasília (DF).

Dom Leonardo foi eleito como membro delegado pela CNBB para participar como padre sinodal da 13ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, realizada em Roma de 7 a 28 de outubro de 2012, com o tema “A Nova Evangelização para a transmissão da fé cristã”.

No dia 20 de abril de 2015, foi reeleito secretário-geral da CNBB. Ao lado do cardeal Sergio da Rocha e de dom Murilo Krieger, dom Leonardo mobilizou toda a Igreja no Brasil para a reforma da sede nacional da CNBB, em Brasília. Seu mandato foi concluído no dia 10 de maio de 2019.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil saudou D. Leonardo. “O período no qual o senhor esteve a serviço da CNBB como secretário-geral, entre 2011 e 2019, o qualifica para fazer frutificar a ação evangelizadora em solo amazônico, particularmente num período tão especial após o Sínodo dedicado à região, onde devemos acolher a realidade “como uma dádiva, habitando na criação, não como meio a ser explorado, mas como casa a ser guardada, confiando em Deus”, como ensinou o Papa Francisco na missa de encerramento do Sínodo para a Amazônia. É do Santo Padre que resgatamos uma frase que marca uma das iniciativas da CNBB que, com tanto carinho, o senhor colocou em prática, o Ano da Paz: “Trata-se de ser artesãos da paz, porque construir a paz é uma arte que requer serenidade, criatividade, sensibilidade e destreza”. Fazemos nossos votos de fecundo ministério confiando à proteção e intercessão de Nossa Senhora da Imaculada Conceição”, escreve em nota, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, presidente da CNBB; Dom Jaime Spengler, Dom Mário Antônio da Silva e Dom Joel Portella Amado..

Novo bispo emérito
Dom Sérgio Castriani nasceu no dia 31 de maio de 1954, em Regente Feijó (SP). Religioso da Congregação do Espírito Santo, foi ordenado presbítero em 9 de dezembro de 1978, em São Paulo (SP). Sua nomeação episcopal ocorreu em 27 de maio de 1998 como coadjutor de Tefé (AM). Ordenado bispo em 9 de agosto daquele ano, na cidade de Tefé, dom Sérgio escolheu como lema episcopal “Habitou entre nós”. Em outubro de 2000, foi nomeado bispo prelado de Tefé.

O vínculo de dom Sérgio com Manaus teve início com a nomeação para o governo pastoral da arquidiocese amazonense, em 12 de dezembro de 2012. A posse foi em 23 de fevereiro do ano seguinte. Dom Sérgio foi bispo referencial da Pastoral da Juventude no regional Norte 1 da CNBB (1998-2003); secretário do regional Norte 1 (2001-2003); presidente da Comissão Episcopal para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da CNBB por dois mandatos (2003-2007; 2007-2011) e membro da Comissão Episcopal para a Amazônia. Entre 2013 e 2014, coordenou a equipe que elaborou o tema central da 52ª Assembleia Geral da CNBB “Comunidades de comunidades: uma nova paróquia”, que resultou no documento 100 da conferência.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) enviou agradecimento a Dom Sérgio Castriani.  “Nossa gratidão se reforça ao recordarmos sua contribuição para a caminhada da Igreja no Brasil, por meio de sua atuação com os jovens do Amazonas e de Roraima; os oito anos à frente da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e a Cooperação Intereclesial dessa Conferência, no período em que iniciamos o importante projeto de cooperação missionária com a Igreja no Haiti. Neste período pós-sinodal, recordamos ainda sua presença como membro da Comissão Episcopal para a Amazônia e articulador no percurso sinodal”, agradece a CNBB.