Notícias - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

Dom Boso: 1 ano bispo e 30 anos de presbítero

03/01/2008

Entrevistas

Por Moacir Beggo

Em viagem a São Paulo, o bispo da Diocese de União da Vitória (PR), Dom Frei João Bosco Barbosa de Souza comemorou um ano de sua nomeação episcopal pelo Papa Bento 16 durante a Missa que celebrou na manhã desta quarta-feira na capela da sede da Província Franciscana da Imaculada Conceição. No dia 6 de janeiro, às 11h30, Dom Bosco celebrará 30 anos de sacerdócio na Paróquia São Francisco de Assis, na Vila Clementino, em São Paulo.  .

Site Franciscanos – Dia 3 de janeiro foi publicada a sua nomeação como Bispo de União da Vitória. O que mudou na vida do frade Frei João Bosco?
Dom Bosco
– Há três fases sucessivas: o susto, a lua-de-mel e o dia-a-dia. O susto é inevitável: é um passo para o desconhecido, novas tarefas, novos relacionamentos e novos desafios. A lua-de-mel é ótima, a acolhida em todas as comunidades, muita festa, foguetório e flores. Depois vem o dia-a-dia, com seus desafios permanentes: a convivência com os padres, o planejamento pastoral, administração de pequenos (e sérios) conflitos, e as boas surpresas de um povo bom e fiel. Mudam-se as tarefas, mas permanece o mesmo frade simples, de muitos amigos e disposição de aprender.

Site Franciscanos – Diga três momentos fortes desse primeiro ano como bispo.
Dom Bosco – Só três? Difícil selecionar. Mas vamos lá: 1) A acolhida: foi uma festa inesquecível. As expressões simples de carinho do povo, homenagens, flores, palavras amigas. 2) O encontro com todos os Bispos, em Itaici e na vinda do Papa. Pude encontrar o Papa Bento depois, em Roma também. 3) As primeiras ordenações na diocese: um padre e um diácono. É como ter os primeiros filhos.

Franciscanos – O que mais o surpreendeu na Diocese?
Dom Bosco
– Positivamente: a força de um povo, na quase totalidade, muito católico. A tradição cultivada pelos poloneses, ucranianos e alemães e o povo em geral é muito marcante. Também me surpreendeu a acolhida do clero, muito aberta a todas as propostas e mudanças. Surpreendeu também a tranqüilidade com que o bispo emérito, Dom Walter, depois de 30 anos no governo da diocese, abriu todas as portas e se mostra satisfeito, companheiro, ajudando no que pode, sempre alegre.

Franciscano: Qual o desafio do momento?
Dom Bosco
– Estamos em tempo de planejamento: Começamos a alinhavar as nossas prioridades e falta dar corpo a elas. Estamos aguardando as novas Diretrizes gerais, na linha do Documento de Aparecida, e esperamos que o clero, agentes de pastoral e leigos participem ativamente desse planejamento. Será que conseguiremos sair em missão permanente como pede a Igreja?  Veremos.