Devotos celebram Frei Galvão em São Paulo
28/10/2024
O Mosteiro da Luz, em São Paulo (SP), ficou repleto de devotos de Frei Galvão na última sexta-feira, 25 de outubro. Desde às 7h, homens e mulheres de diferentes localidades passaram pelo local onde hoje abriga os restos mortais do primeiro Santo brasileiro.
Como o Mosteiro fica próximo à Estação Luz do metrô, também foi comum observar a passagem de devotos que quebraram um pouco a rotina para uma parada especial no principal dia de louvor a Frei Galvão.
Foram 9 celebrações ao longo do dia, que contaram com a presença do Cardeal Odilo Pedro Scherer; Dom João Bosco, bispo da Diocese de Osasco e Dom Rogério Augusto das Neves, bispo auxiliar da Região Sé, além de padres da Arquidiocese de São Paulo e frades da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil.
A celebração das 16h foi presidida pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer. “Pela intercessão de Santo Antonio de Sant’Anna Galvão, queremos pedir por nossa proteção, por nossas famílias, pelos pobres da nossa cidade, também pelos doentes e pessoas aflitas”, afirmou o Arcebispo de São Paulo no começo da missa, recordando, ainda, que o frade franciscano “marcou a nossa cidade com sua presença, com seus passos, de modo particular neste lugar, o Mosteiro da Luz”.
Dom Odilo recordou que Santo Antônio de Sant’Anna Galvão deixou em São Paulo “uma marca inconfundível, indelével”, e que sua canonização ocorreu na cidade, em 11 de maio de 2007, presidida pelo Papa Bento XVI.
O Arcebispo enfatizou que o Santo teve uma vida voltada à fraternidade e à caridade, tendo “intensa dedicação a Deus, a Jesus Cristo e à Igreja; e, socialmente, grande atenção aos pobres, às pessoas aflitas e doentes”. Tamanha dedicação aos mais vulneráveis chegou a incomodar os poderosos de sua época que, assim, passaram a articular para que ele fosse expulso da cidade. “Quiseram mandá-lo embora, mas o povo não deixou que ele partisse e, assim, não houve outra solução para aqueles que tinham tomado a decisão senão a de voltar atrás, e Frei Galvão aqui continuou”, disse o Arcebispo, recordando que também Jesus Cristo foi perseguido, condenado e morto por fazer o bem.
Nesse sentido, Dom Odilo destacou que a perseguição faz parte da vida dos cristãos, os quais jamais devem temê-la. “Lembremos de Frei Galvão e lembremos do que Jesus avisou: ‘quem está do meu lado, que esteja pronto para sofrer perseguição’”.
Dom Odilo comentou, ainda, que Frei Galvão viveu a virtude da humildade, que é recomenda a todo o cristão. “Jesus diz no Evangelho, ‘aprendei de mim que sou manso e humilde de coração’. Ele é o primeiro que nos dá o exemplo de mansidão e humildade”, comentou.
“A humildade é uma qualidade exaltada ao longo de toda a Sagrada Escritura. É preciso ter humildade, antes de tudo, diante de Deus”, enfatizou o Arcebispo, recomendando que esta virtude também seja vivenciada por todos nos relacionamentos interpessoais.
“Aprendamos estas virtudes de Frei Galvão que estão baseadas na Palavra de Deus e no caminho de santidade que Jesus nos indica. Deus resiste aos soberbos, mas dá sua graça aos humildes. Que também nós exercitemos a humildade e a caridade, com o coração sensível às necessidades do próximo, como fez Frei Galvão”, exortou Dom Odilo, na missa que teve entre os concelebrantes o Padre Fabiano Felício da Silva, maronita, com atuação na Catedral Nossa Senhora do Líbano, no bairro da Liberdade.
As festividades foram encerradas às 19h, com uma procissão que marcou mais um dia de louvor São Frei Galvão.
Convento e Santuário São Francisco de Assis
O dia dedicado a São Frei Galvão no Convento e Santuário São Francisco de Assis, em São Paulo (SP), local onde o primeiro Santo brasileiro viveu por mais de 60 anos, também foi repleto de manifestações de fé dos devotos.
Ao longo do dia, os fiéis puderam acompanhar quatro Celebrações Eucarísticas. Desde, desde às 7h30, o povo compareceu ao Santuário para rezar e pedir intercessão do Santo junto a Deus.
Na celebração das 10h, presidida por Frei Edvaldo Batista Soares, a pastoral das discípulas de Frei Galvão, que é responsável pela confecção e distribuição das pílulas devocionais, recebeu mais uma participante. Após um ano de preparação e oração, Maria Rita recebeu das mãos do frade a fita que representa as discípulas.
Durante todo o dia os devotos puderam se aproximar e rezar diante da relíquia do Santo que ficou exposta no altar, assim como receber a bênção da saúde e a pílula de Frei Galvão.
Adriana Rabelo e Pastoral da Comunicação Santuário São Francisco
Fonte: Daniel Gomes- https://arquisp.org.br/