D. Carlos Silva: ‘D. Cláudio sempre rezou para que a Igreja seja firme e unida’
05/07/2022
Franciscano, assim como o Cardeal Cláudio Hummes, Dom Carlos Silva, OFMCap., Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Brasilândia, presidiu na manhã da quarta-feira, 5, às 10h, uma das missas de corpo presente do funeral de Dom Cláudio, que prossegue até a quarta-feira, 6, na Catedral da Sé.
Entre os concelebrantes estiveram frades franciscanos, sacerdotes do clero arquidiocesano e Dom Moacir Silva, Arcebispo de Ribeirão Preto (SP).
Na homilia, Dom Carlos recordou a preocupação do Cardeal Hummes com os mais pobres, conforme o Purpurado externou ao Cardeal Bergoglio, recém eleito papa, que não se esquecesse dos pobres em seu pontificado.
“Dom Cláudio sempre rezou para que a Igreja seja firme e unida, não cedendo às ameaças externas e internas”, ressaltou Dom Carlos.
UM FRANCISCANO DIANTE DA MORTE
Dom Carlos Silva recordou a maneira como o Cardeal Hummes suportou, com fé, a dor, o sofrimento e a perda das forças em sua fase final de vida, em sintonia com a tradição franciscana de acolher serenamente a morte, por vê-la como momento culminante da vida.
“Morrer não é desaparecer, mas viver de modo novo, sim, viver de novo. É saber que os que nos precederam deram um ‘passo a mais’ no caminho da vida; atingiram o cume, enquanto nós ainda estamos percorrendo as sendas da vida; ultrapassaram a curva da vida, enquanto nós ainda estamos ao longo do caminho retilíneo. Por isso, a morte não é o fim de tudo, mas o início de uma vida nova, para a qual nos encaminhamos e nos preparamos desde o início”, comentou Dom Carlos, destacando que a morte abre as portas para a verdadeira imortalidade.
O Bispo Auxiliar da Arquidiocese recordou, ainda, que o próprio São Francisco de Assis orientou seus confrades, antes de morrer, que isso não se tornasse um momento de tristeza, e os convocou a entoarem o Cântico das Criaturas.
“Para todos aqueles que tem o coração em Deus, a morte é um dormir em Seus braços”, disse o Bispo. “Bom encontro, Dom Cláudio Hummes. Repouse nos braços do
Texto de Daniel Gomes/Arquidiocese de São Paulo/O SÃO PAULO