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Com fé, missão e gratidão, Paróquia São Pedro celebra sua 93ª festa e os 60 anos de sua igreja matriz

30/06/2025

Notícias

No domingo, 29 de junho de 2025, a Paróquia São Pedro Apóstolo, em Pato Branco (PR), viveu um momento marcante de fé e memória: a Solenidade de São Pedro e São Paulo, celebrada dentro da programação da 93ª festa do padroeiro e também em ação de graças pelos 60 anos da igreja matriz, cartão postal da cidade.

A missa das 9h30 foi presidida por Frei Evandro Balestrin, pároco, e contou com expressiva participação da comunidade local, de paroquianos das comunidades vizinhas e dos fiéis que, ao longo da novena e dos festejos, ajudaram na realização dessa tradicional celebração católica. “Pedro e Paulo são colunas da nossa Igreja. Pedro, sinal da estrutura, da unidade e da comunhão. Paulo, da missão, do anúncio e do ardor evangélico. Celebrar esses dois apóstolos é reafirmar nossa identidade e missão como cristãos”, afirmou Frei Evandro em sua homilia.

Logo no início da celebração, após a acolhida e os ritos iniciais, Frei Evandro fez memória dos festeiro, representados pelo senhor Henrique e esposa, que trouxeram a imagem do Papa Leão XIV – atual sucessor de Pedro – ao presbitério. O gesto, simbólico, recordou a união da comunidade com o Santo Padre e com toda a Igreja de Cristo. Frei Evandro estendeu ainda seus agradecimentos aos confrades, às equipes de liturgia e a todos os que colaboraram na preparação e condução de toda a programação.

Na homilia, Frei Evandro aprofundou o Evangelho de Mateus (16,13-19), ressaltando o diálogo entre Jesus e os discípulos em Cesareia de Filipe: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Segundo o frade, essa pergunta é o núcleo da nossa fé. “É preciso sair do barulho da cidade, como fez Jesus, ir às periferias do coração para responder com verdade: ‘Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo’”, explicou. “E a partir dessa resposta, nasce nossa missão”.

O presbítero ainda destacou a complementaridade entre Pedro e Paulo. “Pedro, com as chaves, representa a responsabilidade e o cuidado pastoral. Paulo, com a espada e a Palavra, representa o anúncio e o combate da fé. Ambos nos ensinam que a Igreja só é fiel a Cristo quando une estrutura e missão, comunhão e saída, cuidado e profecia”.

O lançamento do opúsculo “Carisma, Fé e Humildade”

Após a comunhão, foi apresentado à comunidade o opúsculo do futuro livro Carisma, Fé e Humildade, uma obra idealizada por membros da Academia de Letras e Artes de Pato Branco (ALAP), que retrata poeticamente os vitrais, mosaicos e outros símbolos da igreja matriz.

“Este opúsculo é como um aperitivo da grande obra que virá. Ele celebra não só a beleza artística da igreja, mas a fé do povo que a construiu”, disse Rosali durante a apresentação. Os exemplares foram distribuídos para as famílias presentes na missa e também estarão disponíveis na secretaria paroquial.

Ação de graças e memória

Na conclusão da celebração, Frei Evandro conduziu a oração de São Pedro, utilizada ao longo da novena, e agradeceu aos religiosos, leigos e colaboradores que tornaram possível a realização da festa. Entre os nomes citados estavam o bispo diocesano Dom Edgar, os freis visitantes, as comunidades que se revezaram durante os dias da novena e até mesmo as Irmãs Passionistas, que acompanharam espiritualmente do mosteiro.

“Mais do que uma festa, vivemos um tempo de graça. Tudo que fizemos aqui foi para glorificar a Deus por meio da vida e da missão de São Pedro”, afirmou o frei, visivelmente emocionado.

Uma história que se mantém viva

A missa foi encerrada com a bênção solene dos freis presentes e com uma comovente recordação: a pedra fundamental da igreja foi lançada em 1960 e sua inauguração aconteceu em 1965. Desde então, são 60 anos de presença, evangelização e serviço à comunidade patobranquense.

A celebração culminou com cânticos de louvor ao padroeiro, palmas calorosas e o envio dos fiéis para viverem, no dia a dia, a missão de Pedro e Paulo: anunciar com coragem, viver com fé e caminhar em unidade. “Não percamos a fé. E possamos anunciar diariamente: Tu és o Messias, o Cristo, o Filho do Deus vivo”,  desejou Frei Evandro Balestrin.

Solenidade de São Pedro e São Paulo: uma celebração da fé que edifica a Igreja

No dia em que a Igreja celebrou seus dois grandes pilares apostólicos, São Pedro e São Paulo, a comunidade paroquial de São Pedro Apóstolo reuniu-se novamente para a solene Eucaristia no período da noite, às 19h30, para render graças a Deus pelo testemunho destes homens que, com coragem, fé e martírio, lançaram os fundamentos da missão da Igreja no mundo. A celebração foi presidida por Frei Augusto Luiz Gabriel, guardião da fraternidade e teve a homilia proferida por Frei Mário Tagliari, em uma noite marcada pela memória, pela oração e pela esperança.

“Pedro e seus sucessores são o sinal visível da sinodalidade da fé, esperança e caridade”, recordou Frei Augusto, logo no início da celebração. O povo de Deus, reunido em grande número, acolheu com alegria os símbolos expostos no presbitério: representações de Pedro e Paulo e o quadro do Papa Leão XIV, sucessor de Pedro, por quem toda a Igreja elevou súplicas neste dia especial – também conhecido como o Dia do Papa.

A Palavra que liberta e sustenta

A Liturgia da Palavra trouxe a narrativa da prisão de Pedro e sua miraculosa libertação por um anjo do Senhor. A Igreja, desde então, reza sem cessar por seus pastores, como o fez naquela ocasião. A segunda leitura, por sua vez, apresentou a comovente despedida de Paulo a Timóteo: “Combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé”. Em seguida, o Evangelho de Mateus narrou o diálogo entre Jesus e seus discípulos, no qual Pedro professa sua fé: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”.

Em sua homilia, Frei Mário destacou que a solenidade não se trata apenas de uma festa para honrar Pedro, padroeiro da paróquia, mas uma celebração da própria identidade da Igreja. “Pedro e Paulo são colunas da nossa fé. Um representa a fidelidade à tradição da Aliança; o outro, a ousadia da missão além das fronteiras de Israel. Um sustenta a unidade; o outro anuncia o Evangelho às nações”, explicou.

Refletindo sobre o texto de Atos dos Apóstolos, o frade recordou a prisão de Pedro e o apoio espiritual que ele recebeu da comunidade que rezava continuamente. “A Igreja é esta comunidade que ora, que sofre junto, que sente as dores dos seus membros”, afirmou. Ele também destacou a confiança do salmista: “Feliz o homem que encontra em Deus o seu refúgio”. E concluiu: “Quem tem Deus no coração não precisa temer o mal. Nenhuma crendice tem mais poder do que a fé viva no Ressuscitado”.

Pedro, Paulo e a sinodalidade da Igreja

A homilia também foi marcada pela reflexão sobre a natureza sinodal da Igreja. Frei Mário recordou o primeiro Sínodo da Igreja, ainda nos tempos apostólicos, quando Pedro convocou os demais apóstolos para discernirem juntos sobre a obrigação da circuncisão aos pagãos convertidos. “A conclusão daquele encontro é linda: ‘Pareceu bem ao Espírito Santo e a nós…’. É assim que a Igreja caminha: todos juntos, ouvindo e discernindo na fé”, afirmou.

“O Papa Francisco nos lembrou isso com força ao convocar o Sínodo da Sinodalidade”, disse o frade, ressaltando que a Igreja não é uma pirâmide de poder, mas o Povo de Deus com diferentes ministérios e um mesmo Espírito. “Essa comunidade viva, reunida hoje, é a prova de que a Igreja caminha com todos. Cada um serve com o que sabe fazer, com seu dom”, completou.

Comentando o Evangelho, Frei Mário destacou que a profissão de fé de Pedro revela tanto quem é Jesus quanto quem é o próprio Pedro. “Quando respondemos a pergunta ‘Quem é Jesus para mim?’, estamos, na verdade, revelando nossa própria identidade, o que sustenta a nossa vida”, disse. Ao chamar Pedro de “pedra”, Jesus não o distingue dos demais, mas indica que todos os que escutam e vivem sua Palavra tornam-se também pedras vivas na edificação da Igreja.

Por fim, o frade destacou: “Pedro recebe as chaves do Reino, mas também cada um de nós, batizados, somos chamados a abrir caminhos, a ligar e desligar, a anunciar o amor, a misericórdia e a paz de Deus no mundo”.

Uma Igreja construída sobre a rocha

Após a homilia, a comunidade professou sua fé com o Credo Niceno-Constantinopolitano e elevou preces a Deus por toda a Igreja, pelo Papa Leão XIV, pelos povos em guerra, pelos participantes da novena e por todos que ajudaram na realização da festa. A coleta do Óbolo de São Pedro foi realizada com espírito de generosidade e comunhão com as obras do Papa em favor dos mais pobres e necessitados.

Ao final, foi feita uma singela homenagem a todos os voluntários da festa e, em espírito franciscano de fraternidade e gratidão, a assembleia elevou sua voz com um novo e caloroso: “Viva São Pedro Apóstolo!”

A bênção final foi proferida com invocações especiais, recordando o papel de Pedro como fundamento da fé e de Paulo como mestre e missionário da Palavra. Frei Augusto encerrou a liturgia pedindo que, com a intercessão dos apóstolos, todos sejam conduzidos à pátria celeste, assim como foram Pedro pela cruz e Paulo pela espada.

Celebrar São Pedro e São Paulo é celebrar a missão, a fidelidade e a coragem de construir a Igreja não apenas com pedras e paredes, mas com vidas doadas, com fé enraizada, com unidade vivida. Em Pedro e Paulo, somos lembrados de que todos podemos ser pedra viva desta Igreja que caminha, reza, escuta e serve, unida no amor de Cristo.


Frei Augusto Luiz Gabriel e PASCOM da Paróquia São Pedro