Notícias - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

Cardeal Dom Jaime Spengler preside missa de abertura da novena em honra a São Pedro em Pato Branco

24/06/2025

Notícias

“Se a tragédia causou tanta destruição, causou também uma onda de solidariedade como talvez nós não vimos em nosso Brasil.” Com estas palavras, proferidas pelo arcebispo de Porto Alegre, Cardeal Dom Jaime Spengler, foi oficialmente aberta, na noite de sexta‑feira (20/06), as celebrações e festividades em honra a São Pedro Apóstolo, padroeiro da Paróquia e da cidade de Pato Branco (PR).

Em seu agradecimento, Dom Jaime Spengler recordou os recentes episódios de enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul, deixando 16 paróquias sob as águas. “Precisamos de tempo para reconstruir o que tínhamos, mas vimos uma onda de solidariedade sem precedentes. É sinal de que há, entre nós, gente boa demais”, afirmou, ressaltando a ajuda vinda também dos fiéis de Pato Branco. Em gesto de gratidão, pediu a Deus que recompense “não com o dobro, mas com a medida do Evangelho – cem vezes mais – cada centelha de bondade oferecida”.

No início da celebração, o pároco Frei Evandro Balestrin acolheu a todos. “Queremos, nesta noite, acolher as crianças da catequese com uma grande salva de palmas e apresentar os símbolos de São Pedro: a barca, a chave, o cajado e os peixes que lembram um homem que foi ‘pescador de homens’. “Queremos nós também receber Dom Jaime, nosso confrade, arcebispo de Porto Alegre, presidente da CNBB e do CELAM. Seja muito bem-vindo em nosso meio, e obrigado, no meio de tua agenda tão grande, por teres achado um dia para celebrar conosco”. Ainda, em um gesto de reverência, Frei Evandro destacou a autoridade espiritual conferida a Pedro por Cristo, fundamento da estrutura da Igreja Católica e sinal visível de sinodalidade.

Cardeal Dom Jaime Spengler

O tema do dia, “Não podeis servir a dois senhores”, guiou a homilia de Dom Jaime, que refletiu sobre o verdadeiro tesouro cristão: ‘Não junteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem destroem e os ladrões assaltam e roubam. Ao contrário, juntai para vós tesouros no céu, onde nada disso acontece. Porque onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração’ (Mt 6,19‑21).

Segundo Dom Jaime, ser justo não consiste apenas em cumprir normas. Justiça é buscar a boa medida em cada situação. Não existe medida pronta; ela precisa ser redescoberta a cada dia. Isso vale no lar, na sociedade e na nossa relação com Deus.

“Pedro era simples, tosco, até negou Jesus por medo. Mas tinha um coração bom. E Jesus, em vez de condená‑lo, pergunta três vezes: ‘Pedro, tu me amas?’ E Ele continua perguntando até hoje para cada um de nós: ‘Tu me amas? Tu me amas? Tu me amas?’. “Nossa resposta exige duas coisas: oração e conhecimento do Evangelho. Sem oração, ‘saco vazio não para em pé’. E sem conhecer Jesus, não há intimidade verdadeira”, ensinou.

“Que a nossa oração seja humilde, colocando‑nos diante da cruz, reconhecendo nossas fraquezas e pedindo a graça de seguir a vontade de Deus. E que busquemos sempre aprender mais, pois quem pensa já saber tudo, envelhece por dentro. Peçamos a Deus a graça da jovialidade espiritual e do senso de justiça. O Senhor liberta os justos de todas as angústias”, refletiu

Após a comunhão, Frei Evandro retomou o microfone para os agradecimentos: “Obrigado, Dom Jaime. Sei que fizeste de tudo para encontrar um espaço em tua agenda para estar conosco. Gratidão pelo trabalho e missão que tens, como presidente da CNBB e do CELAM. Uma salva de palmas também ao Frei Gilson e a toda equipe de comunicação que torna este evento tão divulgado e participativo”.

Em seguida, as crianças da catequese entoaram o animado “Pedro, pedra forte, rocha firme do Senhor”, conduzindo a assembleia a um momento de ação de graças que encheu de vida o templo. Por fim, Dom Jaime ministrou a bênção final, abençoando toda a Paróquia e convidando a comunidade a refletir, durante os próximos dias, sobre a presença de São Pedro como fundamento de unidade na Igreja.

“Que Deus recompense a todos que colaboraram nos esforços de reconstrução no sul do Brasil. Que Ele continue a derramar sobre nós a graça da unidade e da justiça”.

A novena prossegue até 29 de junho, dia da festa solene de São Pedro, com programação diária de orações, reflexões e festejos no pavilhão paroquial.

2º Dia da Novena: Frei Gilson nos convida a viver o hoje com esperança, planejando o amanhã com leveza

Frei Gilson Kammer

A Paróquia São Pedro continuou suas celebrações da Novena em honra a São Pedro Apóstolo no sábado, 21 de junho de 2025. A comunidade foi agraciada com a inspiradora pregação de Frei Gilson Kammer, Definidor Provincial, que com sua sabedoria e acolhimento, exortou a todos a não se preocuparem com o dia de amanhã com desespero, mas sim a abraçá-lo com esperança e fé inabalável.

Em sua homilia, Frei Gilson abordou a importância de viver o presente sem a aflição do futuro. Ele ressaltou que a ansiedade excessiva pelo amanhã pode nos roubar a alegria do “agora” e nos afastar da paz que Cristo nos oferece. “Não nos preocupeis com o dia de amanhã” foi o mote de sua mensagem, que convidou os presentes a confiar na providência divina e a cultivar a esperança em cada passo.

Contudo, Frei Gilson fez questão de salientar que viver o presente não significa negligenciar o futuro. Pelo contrário, ele enfatizou a necessidade de planejar o amanhã com sabedoria e diligência, mas sem a carga do desespero. “Quando nos preparamos hoje, tornamos o dia de amanhã mais leve”, afirmou o frei, convidando a todos a um planejamento consciente e com oração, para que os desafios futuros possam ser enfrentados com serenidade e confiança.

Que as palavras de Jesus, o Senhor da história ressoem em nossos corações, nos impulsionando a viver cada dia com mais fé, esperança e a certeza de que Deus cuida de nós, hoje e sempre. Que possamos, como comunidade, continuar a ser um sinal de unidade e justiça.

A novena prossegue até 29 de junho, dia da festa solene de São Pedro, com programação diária de orações, reflexões e festejos no pavilhão paroquial.

“Quem dizeis que eu sou?”: Pe. Irineu desafia fiéis no terceiro dia da novena de São Pedro em Pato Branco

Noite de comunhão e reflexão marcou o terceiro dia da Novena em honra a São Pedro, na Paróquia de Pato Branco (PR), no útlimo domingo (22/06). Presidida pelo Pe. Irineu Caus, pároco da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, a celebração contou ainda com a participação dos padres do Decanato e dos freis locais, reforçando o clima de unidade e sinodalidade da Igreja.

Na homilia da liturgia do 12° Domingo do Tempo Comum, Pe. Irineu convidou a assembleia a responder, com sinceridade e coragem, a pergunta que ecoa no Evangelho do dia: “Quem é Jesus para você? Esta pergunta volta a nos encontrar hoje e nos convida a uma descoberta contínua do chamado de Deus”, desafiou.

Em seguida, o sacerdote recordou o momento em que Cristo, estando “só com os discípulos”, lhes indaga sobre as opiniões da multidão e, sobretudo, sobre a convicção íntima dos seus seguidores: “Não é curiosidade, mas uma preocupação genuína com o que Ele quer falar de Deus e como as pessoas estão interpretando. Mais ainda, Ele quer saber o que Seus discípulos pensam”.

Padre Irineu sublinhou que a confissão de fé de São Pedro – “Tu és o Cristo de Deus” – não é apenas um reconhecimento teórico, mas o começo de um seguimento que exige renúncia e coragem:

“Não existe cristianismo sem cruz. Se alguém quiser me seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia e siga-me”, ressaltou, citando o Evangelho do dia.

Em tom pastoral, o celebrante fez um paralelo entre o discipulado e as provas do cotidiano, lembrando que “o sofrimento prova o quanto alguém vale para você” e que assumir a própria cruz significa abraçar a fidelidade – na família, no ministério, no trabalho e nos laços de amizade.

Padre Irineu concluiu: “Seguir a Jesus é um convite a viver Seus ensinamentos, a testemunhar Seu amor. A cruz não é fruto de fanatismo, mas o peso da nossa fidelidade ao Evangelho”.

Após a comunhão, a comunidade renovou sua fé com a oração da Novena de São Pedro e a bênção final, em clima de alegria e esperança. A novena prossegue, convidando cada fiel a aprofundar sua experiência com Cristo, reencontrando-O na Eucaristia e nas pequenas “cruzes” diárias que forjam o caráter de quem verdadeiramente O segue.


Frei Augusto Luiz Gabriel e PASCOM da Paróquia São Pedro