Notícias - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

Aos 75 anos, falece Frei João Pereira da Silva

30/01/2020

Notícias

*15/08/1944 + 30/01/2020

Faleceu na tarde do dia 30 de janeiro, às 12h50,  aos 75 anos, Frei João Pereira da Silva. Ele estava internado desde o dia 11 de dezembro em Bauru (SP), passando por momentos de agravamento e melhora no seu quadro clínico. No dia 17 de janeiro, o guardião, frei Ademir Sanquetti, foi chamado ao hospital pela equipe médica a fim de receber uma avaliação do estado de saúde de frei João. Foi quando Dr. Ortega comunicou que o seu quadro era grave e irreversível. Um tratamento paliativo foi adotado. Enquanto o tempo se passava, era perceptível que suas forças diminuíam. Nos últimos dias, em decorrência de uma pneumonia, frei João adquiriu uma infecção generalizada, ocasionando, aos poucos, a falência de órgãos vitais. Hoje, dia 30 de janeiro de 2020, às 12h50, foi constatado o seu falecimento.

Seu velório será na Igreja matriz da Paróquia Santo Antônio de Bauru à partir das 20h30. A missa de corpo presente acontecerá nesta sexta (31), às 9h, de onde seguirá para o Seminário de Agudos, onde será sepultado.

Dados pessoais, formação e atividades:

– Nascimento: 15.08.1944 (75 anos de idade)
– Ribeirão Pinhal (PR)
– Vestição: 20.01.1977 – Rodeio
– Primeira Profissão: 20.01.1978 (41 anos de Vida Franciscana)
– Profissão Solene: 01.08.1981
– Ordenação Presbiteral: 30.07.1983 (36 anos de Sacerdócio)
– 1978 – 1982 – Petrópolis – estudos de Filosofia e Teologia;
– 22.06.1983 – Porto União – vigário cooperador;
– 21.01.1986 – Concórdia – vigário paroquial;
– 30.11.1989 – Nilópolis-RJ/Conceição – guardião e pároco;
– 22.11.2000 – Amparo – guardião e pároco;
– 25.02.2016 – São Sebastião – guardião e pároco;
– 04.07.2019 – Bauru – vigário paroquial;

O frade menor

Frei João é o sexto filho de sete irmãos do casal Osório Pereira da Silva e Olímpia Dândida Ribeiro. Seus pais eram de Minas de Gerais; em 1940 venderam um pequeno terreno que tinham e num espírito de aventura migraram para o Paraná. Como eram agricultores especializaram-se no cultivo do café. Sua família era muito simples e humilde, mas unida e religiosa. Frei João cresceu rezando o terço em casa e na casa de seus vizinhos. Sua vocação surgiu por meio da participação ativa na vida eclesial da sua comunidade. Obteve informações dos frades franciscanos através da Folhinha do Sagrado Coração de Jesus, adquirida fielmente por seu pai todos os anos.

“O que diz de si…”

“Sou de temperamento calmo, humilde, paciente, dedicado e prestativo, compreensivo, não sei se posso dizer que sou alegre, mas também não sou triste, bastante calado sim, mas um silêncio ativo. Tenho a política da boa convivência”.

“Na vida fraterna como guardião e pároco tive algumas dificuldades. Diante de comportamentos não condizentes com a fraternidade e com o trabalho pastoral, levei com paciência, mas também com firmeza”.

“O que dizem dele…”

“No tempo do personalismo, da tecnologia, da propaganda e do estrelato, um frade vindo do Paraná foi portador do dom unificador. Sem jamais usar uma palavra contra a harmonia, sem desejar convencer, brilhar, dominar e através do trabalho silencioso, modesto e pertinaz, ao longo de dez anos, sem louvores, frei João transformou-se pela sua força moral em um grande benfeitor. Frei João é portador de dons do amor.” (Carta do povo de Nilópolis, por ocasião de sua transferência para Amparo no ano 2000).

Para o povo e para os frades que conviveram com frei João, sempre foi marcante o seu jeito simples, fiel e correto de conduzir seu ministério. Seu silêncio conseguiu imprimir uma marca de carinho das pessoas para com ele e cuidado seu para com o povo. Na sua ficha autobiográfica diz que sempre gostou da pastoral paroquial e sentia-se realizado por ter sempre trabalhado naquilo que sonhava para si. Considerava um fato marcante fazer parte da “turma dos gafanhotos” e sentia-se orgulhoso pelo título de Cidadão Amparense. Sobre a vida religiosa franciscana dizia que é uma das espiritualidades mais completas, mais rica, mais profunda e mais humana e, portanto, mais divina; dá alegria de vivê-la.

R.I.P.