Alegria e singeleza marcam profissão definitiva na OFS
11/12/2014
Cláudio Santos, especial para este site
A manhã do último domingo (7/11) foi de grande alegria e emoção para os franciscanos seculares da Fraternidade Santo Antônio, Duque de Caxias (RJ), vinculada à Ordem Franciscana do Brasil (OFS). A fraternidade local celebrou com entusiasmo a profissão solene da irmã Isabel Galdino da Silva Corrêa, ocorrida durante a Santa Missa presidida pelo frei Almir Ribeiro Guimarães, OFM, assistente nacional da OFS, na capela do Colégio Santo Antônio, da Congregação das Irmãs Franciscanas de Dillingen.
No início da celebração, frei Almir saudou a todos os irmãos presentes e explicou o sentido e a importância pública do rito da profissão definitiva dos irmãos na Ordem Franciscana Secular e o compromisso que assumem diante de Deus e da Igreja para o seguimento do Santo Evangelho segundo os passos de São Francisco de Assis.
Em sua homilia, frei Almir destacou que o tempo do Advento é um tempo de conversão e de interiorização que nos ajuda a superar uma fé banal muitas vezes marcada pela superficialidade, e apelou para que nada nos impedisse de correr ao encontro do Filho amado, ressaltando que São Francisco tinha especial predileção pelo Natal.
Logo após a homilia,i deu-se início ao rito solene de profissão definitiva na OFS conduzido pela ministra da fraternidade, Aline Milani e pela formadora local, Maria Aparecida Carvalho, tendo como testemunhas os irmãos Manuel Humberto Ramos e Maria Magda Guimarães de Farias. Frei Almir fez memória à origem da Ordem Franciscana quando Deus suscitou Francisco de Assis para que restaurasse a sua Igreja que estava em ruínas. Nasceu assim, uma família de cristãos que tenta renová-la a partir do próprio testemunho de vida no mundo.
O religioso destacou ainda, que os leigos da OFS pertencem a essa mesma família e, igualmente, foram chamados a se revestirem do espírito franciscano para renovarem a igreja sem meros formalismos, como nos pede o papa Francisco, mas enchendo o coração de entusiasmo pelo Cristo simples, e pobre.
Por fim, Frei Almir pediu que a irmã Isabel Galdino honrasse o compromisso firmado na profissão, participando ativamente da vida da fraternidade local, sendo assídua nas reuniões mensais, vivendo como menor e sendo fraterna com os irmãos. A singeleza do rito e os símbolos da vocação franciscana ofertados no altar ilustraram bem o sentido da profissão e o compromisso de ser penitente assumindo a cruz de Cristo na vida secular.
Finalizando o rito, frei Almir convidou os irmãos professos para que impusessem suas mãos sobre a neo-professa, invocando as bênçãos do Senhor e a proteção da Imaculada Conceição para que ela se mantenha perseverante no seguimento do Santo Evangelho, segundo os passos de São Francisco de Assis.
Após a celebração da solene profissão, os irmãos da OFS, religiosos, familiares e amigos da neo-professa se confraternizaram, fortalecendo ainda mais os laços que os unem.
Breve história da Ordem Franciscana Secular
A Ordem dos Frades Menores (OFM) nasceu em 1210, e a Ordem de Santa Clara (as Clarissas), em 1212. Foi também nessa época que nasceu a Ordem Franciscana Secular (OFS), tendo como ideal viver o Evangelho em todos os lugares onde se encontravam. Homens e mulheres, casados e solteiros, em meio às famílias, buscando viver o mesmo ideal que tanto atraiu Francisco de Assis. A Ordem foi aprovada pelo Papa Honório III em 1221. Luquésio e Buonadona são considerados os primeiros franciscanos seculares que, segundo a tradição, foi o primeiro casal que São Francisco aceitou na Ordem Secular daquele tempo.
Hoje, mais do que nunca, os Franciscanos Seculares sentem-se comprometidos a viver o Evangelho cada dia e em toda circunstância, segundo a própria vocação e os dons recebidos. A OFS apresenta-se como uma experiência de vida cristã, partilhada por mulheres e homens sem discriminação, sendo hoje um verdadeiro exército franciscano de Deus espalhado por todo o mundo.
“A Ordem Franciscana Secular é a mais antiga forma de organização de Leigos que, guiados pela Igreja, unidos em fraternidade e inspirando-se no ideal de São Francisco de Assis, se empenham em testemunhar com a vida o Evangelho de Jesus Cristo e se dedicam ao apostolado no estado laical”. (São João Paulo II)