Simplesmente João Batista
24/06/2014
Isaías 49, 1-6; Atos 13,22-26; Lucas 1, 57-66.80
Uma das belas solenidades do mês de junho é essa que comemora o nascimento de João, o filho da velhice de Isabel e Zacarias, uma vida a serviço do Filho de Deus, aquele que ia antes, o precursor.
A leitura de Isaías, primeiro texto da mesa da Palavra, é aplicada a João. É como se ele estivesse nos segredando: “O Senhor chamou-me antes de eu nascer, desde o ventre de minha mãe ele tinha na mente o meu nome, fez de minha palavra uma espada afiada, protegeu-me à sombra de sua mão”
O profeta continua antecipando a missão do Batista: “Não basta seres o meu servo para restaurar as tribos de Jacó e reconduzir os remanescente de Israel; eu te farei luz das nações, para que a minha salvação chegue até os confins da terra.”
O Prefácio traça um belo retrato de João: “Proclamamos, hoje, as maravilhas que operastes em São João Batista, precursor de vosso Filho e Senhor nosso, consagrado como o maior entre os nascidos de mulher. Ainda no seio materno, ele exultou com a chegada do Salvador da humanidade, e seu nascimento trouxe grande alegria. Foi o único dos profetas que mostrou o Cordeiro redentor. Batizou o próprio autor do batismo nas águas assim santificadas e derramando seu sangue mereceu dar o perfeito testemunho de Cristo” (Prefácio da Missa de São João).
Quando do seu nascimento as pessoa se perguntavam o que poderia ser do futuro dessa privilegiada criança. Ele haveria de preparar os caminhos do Senhor. Por um tempo viveu no deserto, longe de ruídos e da agitação. No tempo previsto veio para o meio do povo e começou a conversão do coração convidando seus ouvintes a serem purificados pelo batismo do Jordão. Sua fala era enérgica. Dizia que o prazo da conversão já estava marcado. O machado encontrava-se à raiz da árvore.
No momento em que as pessoas queriam prestar-lhe homenagens afirmava que ele era apenas um preparador dos caminhos de Jesus. Não era digno de carregar suas sandálias. Queria desaparecer para que ele, o Messias, crescesse.
João é profeta, aponta para Jesus, luz do mundo, prepara seus caminhos. Esse Jesus é, com efeito, a luz do alto que nos veio visitar.
Frei Almir Ribeiro Guimarães