Notícias - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

Frei Galvão nos mostra o caminho da santidade

27/10/2025

Notícias

No último dia da novena em honra a São Frei Galvão, na Missa das 15h, o Padre Fernando Sampaio, do Santuário de São Miguel, em Piquete (SP), refletiu sobre o caminho que devemos seguir para buscar a santidade, espelhados no modelo de São Frei Galvão e no seguimento do Senhor, inspirado pelo tema do dia: “Frei Galvão, sinal da presença de Deus”.

“São Frei Galvão é entendido como um farol que ilumina o caminho para Cristo e que ensina a fazer a vontade de Deus, porque não somos capazes de fazer a vontade de Deus. O homem deve fazer muita oração para vencer as vontades do homem carnal, alimentando a sua fé”, disse o presidente da celebração.

Mais uma vez, o Santuário de Frei Galvão, em Guaratinguetá (SP), estava repleto de devotos que acompanharam atentamente a reflexão do sacerdote, que trouxe para a atualidade os exemplos do Santo, modelo de obediência, caridade e doação.

Segundo o presbítero, Frei Galvão, por seguir o exemplo de Cristo de modo mais profundo, alcançou a santidade e colhe os frutos do céu. “Admiramo-lo por seguir tão profundamente o caminho de Deus”, afirmou. Ele ainda explicou que o primeiro santo brasileiro seguiu com alegria a vontade de Deus, sendo chamado à santidade por seu testemunho e exemplo, aprendendo a peregrinar na terra como modelo de vida cristã. “Todo dia é dia de graça por meio dos sacramentos da Igreja, de modo que precisamos estar sempre reconciliados com Deus e seguir o farol que São Frei Galvão deixou e, desta forma, nos convertendo, ao exemplo que Jesus deixou por meio de seu santo filho de Guaratinguetá”, concluiu o Padre Fernando.

Na Santa Missa das 19h, Frei Galvão, Frei Augusto Luiz Gabriel lembrou dos sinais de Deus em nossas vidas. “Assim como São Frei Galvão nos mostra, precisamos ficar atentos à presença de Deus em nosso dia a dia.”

De acordo com ele, não é difícil percebermos, através da observação, como será o tempo e o clima. “Nossas sensações, como tato, visão, olfato etc., também nos auxiliam na interpretação das coisas ao nosso redor. Neste Evangelho de Lucas (Lc 12,54-59), Jesus nos dizia: ‘Quando vedes uma nuvem vinda do ocidente, logo dizeis que vem chuva. E assim acontece’. Isso significa reconhecer o tempo das coisas, o que é ter sabedoria cristã. Também significa reconhecer as mudanças e os sinais que o tempo nos dá”, esclareceu.

Frei Augusto ainda salientou que, ao reconhecermos as coisas, faz-se necessário praticarmos o bem sem medo e com liberdade, pois Deus está em nós. “Temos, muitas vezes, dificuldade em deixar o Senhor agir em nós, mesmo sabendo que d’Ele é o tempo e a verdade, e que a Ele pertencem nosso presente e futuro”.

Para entender os indícios do tempo, segundo o presbítero, precisamos fazer introspecção e favorecer o silêncio. Em seguida, devemos olhar para os nossos atos e refletir. Ele argumentou que, nos tempos atuais, podemos pensar na ganância dos homens, que favorece as guerras, e no egoísmo daqueles que cultuam os bens materiais em vez da fé. E indagou os presentes: “Desse modo, como estamos nos posicionando frente a isso? Omitir-se é também favorecer que as coisas más se perpetuem”.

“Jesus sempre nos diz que precisamos permanecer firmes em nossa fé, na verdade do Evangelho e no poder da oração. Além disso, nossas atitudes precisam se mover continuamente no caminho da santidade, assim como fez e viveu Santo Antônio de Sant’Anna Galvão. Não obstante, nosso primeiro santo brasileiro nos ofereceu ferramentas para renovarmos a nossa devoção em Cristo”, salientou o frade.

Por fim, o frade encerrou sua fala reforçando a importância do amor ao próximo e a Deus. “Não deixemos de olhar para o nosso cotidiano ao voltarmos nossa atenção a Cristo, pois a mensagem que o Messias nos deixou fala da fé e do amor a Deus e ao próximo. Isso envolve também a mudança de vida, quando necessário. É estudar a Palavra de Deus, mas também vivê-la para alcançar o Reino dos Céus. Devemos nos esforçar para sermos santos, pois Deus nos deu essa graça, por exemplo, e santos são os verdadeiros faróis que nos levam a buscar o caminho do Cristo pobre e crucificado, mas ressuscitado entre nós”, concluiu.


Texto: Frei Filipo Carpi Girão, Taíse Marques/ Fotos: João Paulo ( Pascom)