Frei Galvão nos ensina que o amor e a caridade são como fogo que ilumina os corações
24/10/2025

O 8º dia da novena em louvor a São Frei Galvão, celebrado no dia 23 de outubro, teve como tema “Frei Galvão, fogo aceso da caridade”, e foi marcado por duas celebrações profundamente inspiradoras, que convidaram os fiéis a renovar o compromisso com o Evangelho do amor e do serviço.
Ao longo do dia, o Santuário acolheu devotos nas Missas das 15h e das 19h, cada uma trazendo reflexões distintas, mas unidas pelo mesmo espírito de caridade e compaixão que caracterizou a vida do primeiro santo brasileiro.
A celebração do perído da tarde foi presidida pelo Padre Júlio Lancellotti, da Paróquia São Miguel Arcanjo, na capital paulista. Muito conhecido por sua atuação junto à população em situação de rua, o presbítero refletiu, em sua homilia, sobre a missão de Cristo e de São Frei Galvão entre os pobres e os menos favorecidos.
Ele lembrou que a opção de Jesus não é por aqueles que detêm grandes poderes na Terra, mas pelos que vivem em vulnerabilidade e pobreza. Segundo ele, quem se ocupa em reprimir os pequenos não está em unidade com Cristo nem com o Reino de Deus, pois se fecha em interesses pessoais que não refletem o Evangelho.
Padre Júlio também destacou que o cristão não pode ser sinônimo de divisão, nem se associar a causas que ferem a justiça e o amor. “Devemos ser profetas e não promotores da divisão em nossa sociedade. Devemos olhar com amor para todos os excluídos e acolher, tal como São Frei Galvão, que pagava as dívidas daqueles que necessitavam, sendo um verdadeiro testemunho de Paz e Bem”, afirmou.

“O mundo está carente de pessoas viciadas em amar”, afirma Frei Gustavo Medella
À noite, o Santuário permaneceu repleto para a Santa Missa das 19h, presidida por Frei Gustavo Wayand Medella, Vigário provincial da Província da Imaculada Conceição do Brasil. Inspirado pelo tema do dia e tendo como paraninfos as pastorais sociais, pastoral de rua, Secretaria de Assistência Social, Projeto Perfeita Alegria (do Seminário e do Santuário Frei Galvão) e os Vicentinos, o frade convidou os fiéis a refletirem sobre as escravidões modernas que aprisionam o ser humano: o apego ao dinheiro, à fama, ao poder e ao ódio, à reclamação. Ele convidou os fiéis a se tornarem “viciados em amar”.
“Se formos viciados, que sejamos viciados em amar. O mundo está carente de pessoas viciadas em amar”, afirmou o frade que atualmente reside no Convento Santo Antônio, na cidade do Rio de Janeiro. Em seguida, apresentou três caminhos para cultivar esse “vício do amor”: fazer o bem sem olhar a quem; alegrar-se com a alegria do outro, superando sentimentos de inveja e competição; perdoar sempre, como forma de manter o coração leve e a chama do amor acesa. “Perdoar não é fácil, mas é o caminho para termos um coração leve, para que a chama do amor não se apague em nós”, enfatizou.
Testemunho de Dulcelina comoveu os presentes
Antes da oração diante da imagem de Frei Galvão, os presentes acompanharam o testemunho de Dulcelina, que relatou sua história de fé e cura através da intercessão de Frei Galvão. Diagnosticada com um câncer maligno na faringe, em janeiro de 2022, durante o tratamento, ela manteve-se sempre confiante, apegada em Deus, Nossa Senhora Aparecida e Frei Galvão. Mesmo debilitada, ela foi acompanhada de uma amiga na Novena de Frei Galvão e, durante a procissão, caminhou ao lado do andor com a imagem do Santo.
Hoje, curada do câncer, ela agradeceu a graça alcançada e deu seu testemunho diante da assembleia: “Hoje eu não tenho nada. Minha garganta está limpa. Agradeço a Deus e a Frei Galvão por intercederem por mim”, relatou.
Frei Gustavo encerrou a noite convidando todos a rezarem diante da imagem de Frei Galvão, em agradecimento pelas bênçãos alcançadas.
Texto: Frei Filipo Carpi Girão e Érika Augusto/ Fotos: Rafa Marins e Felipe Nogueira (Pascom Santuário Frei Galvão)








