O Santuário de Santo Antônio de Sant’Anna Galvão, carinhosamente chamado de São Frei Galvão pelos devotos, amanheceu repleto de louvores dos filhos e filhas de Deus que, nesta sexta-feira, 25 de outubro, dia do Primeiro Santo Brasileiro, chegaram de diferentes localidades para agradecer pelas graças alcançadas, pela vida, pela saúde, pela família e rezar por dias melhores.

A presença dos fiéis no Santuário é uma expressão de fé e de gratidão, um encontro de almas que buscam fortalecer-se no exemplo deste Santo. Celebrar com os devotos é também uma forma de reconhecer o quanto o amor de Deus se faz presente na comunidade, nas graças testemunhadas e nas orações.

A Santa Missa das 9h, contou com a presença de diversos frades, presbíteros da Arquidiocese de Aparecida, religiosos e religiosas, além de fiéis que estão no Santuário neste dia para sentirem-se ainda mais próximos de Frei Galvão e poder expressar a sua gratidão.  A celebração foi presidida pelo Padre Renan Rangel, Reitor do Seminário Bom Jesus, em Aparecida, em virtude de um problema de saúde de Dom Orlando Brades, arcebispo da Arquidiocese de Aparecida (SP).

A união de tantas pessoas e vocações diferentes nos lembram do caráter universal e inclusivo da Igreja. Independente de onde venham, todos buscam em Frei Galvão um intercessor e em Deus um Pai misericordioso. Cada celebração é um testemunho de que o amor divino não tem barreiras e une a todos em fé e esperança.

“Vinde a mim vós todos que estais cansados… Quem nesta Igreja que nos escuta não se sente bombardeado pelo peso da vida, pelo peso das dificuldades, do mal, da corrupção, da morte, das drogas, da prostituição, das crises no matrimônio, das dificuldades de pais com filhos, de filhos com os pais, do desemprego, da falta de saúde, de tanta situação que nos pesa, que nos bombardeia, que nos tira a vida? Viemos a este Santuário como peregrinos, caminhantes, para buscar vida, para buscar esperança”, lembrou Padre Renan.

Em nossa caminhada de fé, a Igreja nos acolhe e alivia os fardos que carregamos. Esta busca por esperança é uma caminhada de renovação: reconhecer as dificuldades nos ajuda a entregá-las a Deus, confiando que, ao lado Dele, nossos fardos se tornam mais leves e nossos caminhos mais claros.

“Onde houver desespero que eu leve a esperança, em outras palavras, que eu seja capaz de olhar o meu irmão, sentir o meu irmão e ser para o meu irmão sinal de Deus.” As palavras de São Francisco, recordadas pelo presidente da celebração, ecoam como um chamado para cada um de nós: onde a escuridão tentar prevalecer, que sejamos a chama que ilumina e consola. Que possamos ver no próximo um irmão em Cristo e agir com empatia e compaixão, sendo presença de Deus na vida daqueles que mais precisam.

A morte é uma realidade e se manifesta de tantas formas, como recordou o sacerdote: “Muitos estão morrendo bombardeados pelo mundo, e morrem porque eu estou de braços cruzados. Frei Galvão serviu, amou, fez o bem, levou esperança, transformou o seu tempo. Frei Galvão nos ajude então a transformarmos o nosso coração, para que sejamos hoje lâmpadas, sinais, luzes de fé, de esperança, de amor e de vida”.

Inspirados pelo exemplo de Frei Galvão, somos chamados a deixar de lado a indiferença e nos comprometer com a transformação do mundo. Ao seguir o caminho do serviço e da caridade, permitimos que a luz de Deus brilhe através de nós, iluminando os cantos mais escuros e oferecendo aos outros a esperança e a fé que também recebemos.

Ao longo do dia serão realizadas outras celebrações. A procissão será às 16h. Ás 19h, haverá a Santa Missa de encerramento.

As festividades em louvor a Santo Antônio de Sant’ Anna Galvão serão encerradas no dia 27, com muitas celebrações e diversão para o povo de Deus.

Texto: Luiz Fernando Miguel, Adriana Rabelo/ Fotos: Nathan.Massahiro