“O pão no deserto” entre os lançamentos da Editora Vozes
24/07/2024
O pão no deserto
Este livro se relaciona com um dos temas mais caros aos cristãos: a vida de oração. Provavelmente, todo aquele que se empenha em rezar já sentiu o quanto pode ser difícil satisfazer os anseios de seu espírito. Nesses momentos, ecoa em seu íntimo aquele pedido dos apóstolos a Cristo: “Senhor, ensina-nos a rezar!” (Lc 11,1). Não há dúvida de que o ser humano experimenta uma dificuldade inata para rezar ou comunicar-se com o Invisível, mas o próprio Deus dignou-se a prover o remédio para essa mudez da criatura: deu-lhe, já antes da encarnação e da redenção, a sua Palavra boa, inspirada nas Escrituras. Um dos grandes méritos de Thomas Merton nesta obra é chamar a atenção para tão rico manancial da vida de oração. O autor mostra como o cristão pode e deve utilizá-lo não qual vestígio arcaico da tradição, mas como pão no deserto, como alimento que o aproxima de Jesus e lhe dá forças para segui-lo aonde quer que Ele vá.
Anime-se, pois, o discípulo de Cristo! Longe de julgar que a vida de oração perfeita é privilégio de poucos ou dos religiosos enclausurados, aspire-a com ardor. E para nutri-la recorra à Palavra de Deus, aos salmos, desejando veementemente, ainda que viva no mundo, chegar ao cume da união com Deus. Em virtude do seu batismo, cada cristão é chamado para tal; o desabrochar normal da graça do batismo é a vida mística, que não consiste necessariamente em visões e êxtases, mas em fazer a experiência de Deus presente na alma.
O mundo das imagens
“O mundo das imagens” é uma continuação do primeiro livro, “Imagens do inconsciente”, abordando as tentativas de mudança da psiquiatria atual, as histórias de vida dos frequentadores dos ateliês, associando as sutis relações entre mundo externo e mundo interno e os temas arquetípicos tão comuns nas vivências esquizofrênicas.
A partir da espantosa produção que acontecia nos ateliês, Nise foi tecendo, com sua arguta inteligência, os fios de sentido que ligavam as vivências pessoais aos níveis mais profundos e universais da psique. Nesses relatos, em vez dos amontoados de sintomas encontrados habitualmente nos prontuários psiquiátricos, foram sendo descortinadas densas histórias humanas nas quais se encontra um sentido pleno de vida e emoções.
Os temas arquetípicos que Jung desvendou no inconsciente do indivíduo europeu são os mesmos encontrados na pesquisa de Nise dentro de um hospital público brasileiro: simbolismo do gato, metamorfoses e transformações, símbolos alquímicos e a irrupção do princípio feminino numa sociedade patriarcal evidenciando uma transição na cultura de nossa época.
As imagens, permitindo a exploração do mundo intrapsíquico, se constituíram em um dos eixos principais na obra de Nise. No capítulo “O Mundo das Imagens”, que dá nome ao livro, apresenta sete diferentes métodos de leituras, finalizando com aquele por ela praticado no Museu de Imagens do Inconsciente.
Jung: Uma revisão feminista
No momento social e histórico em que vivemos, quando a questão de gênero torna-se pauta urgente e a reflexão sobre o que é masculino e o que é feminino está em todos os campos de discussão, da política à vida privada, a conceituação dos arquétipos de anima e animus coloca todos os junguianos na berlinda. Como sustentar uma ideia central de sua teoriaque é o próprio conceito de individuação a partir de uma representação essencialista de feminino e masculino?
Susan discorre sobre esse tema extremamente complexo apresentando uma reflexão cuidadosa e elucidativa, a qual nos apresenta pensamentos de outros autores e também nos relembra a qualidade andrógina dos arquétipos, trazendo, portanto, um contraponto significativo às críticas ao essencialismo de Jung na sua elaboração da teoria dos arquétipos contrassexuais.
Este livro reexamina o apelo duradouro do feminismo junguiano no contexto do repensar pós-moderno da subjetividade e do gênero. Além de apresentar elementos fundamentais da vida de Jung, destaca sua vital relevância para os feminismos contemporâneos. Uma leitura envolvente e esclarecedora que desafia e enriquece nossa compreensão da interseção entre a psicologia de Jung e as lutas feministas modernas.
Sexo e o absoluto fracassado
Na articulação mais rigorosa de seu sistema filosófico até hoje, Slavoj Žižek apresenta nada menos do que uma nova definição de materialismo dialético. Ao forjar este novo materialismo, Žižek critica e desafia não apenas o trabalho de Alain Badiou, Robert Brandom, Joan Copjec, Quentin Meillassoux e Julia Kristeva (para citar apenas alguns), mas também desde a ciência popular e a mecânica quântica até a diferença sexual e a filosofia analítica.
Ao lado de imagens impressionantes do laço de Möbius, da superfície de cross-cap e da garrafa de Klein, Žižek dá vida à tríade hegeliana de ser-essência-noção. Leituras radicalmente novas de Hegel e Kant estão lado a lado com comentários caracteristicamente vibrantes sobre cinema, política e cultura.
Slavoj Žižek apresenta uma obra que se destaca como a espinha dorsal de seu pensamento. Este livro é a sua resposta à grande questão sobre realidade e liberdade, uma tentativa de fornecer a estrutura ontológica básica que permeia toda a sua obra. Combinando filosofia e psicanálise, Žižek propõe uma reformulação do materialismo dialético, revelando um vazio constitutivo nas coisas e na própria realidade.
Explorando a dialética de Hegel, a psicanálise de Lacan e o materialismo de Marx, Žižek tece uma narrativa complexa e provocativa sobre a natureza do ser humano e sua relação com o Absoluto. Nesta visão ousada, a sexualidade não é apenas uma característica natural, mas a força que nos separa da natureza, marcando o ponto de contato com o Absoluto.
Aqui está Žižek em sua melhor forma interrogativa.
Ateísmo em sete lições
A obra Ateísmo em sete lições apresenta ao leitor uma visão ampla deste fenômeno moderno chamado ateísmo. As estatísticas mostram que cresce o número de pessoas ateias.
Como surgiu este fenômeno? Quais correntes de pensamento estão por trás do ateísmo? Em quais pensadores, em quais textos se apoiam as pessoas que negam a existência de Deus? Estas são algumas das perguntas às quais o livro responde.
Ao mesmo tempo, o cientista da religião Emerson Sena, autor da obra, demonstra como o ateísmo atual pode estar organizado em grupos, ter sua ritualidade e adotar uma simbologia que o caracteriza.
O livro demonstra que não se pode entender o ateísmo como um fenômeno isolado em nosso tempo, pois ele tem implicações históricas, sociais e políticas.
Idealismo e romantismo
O idealismo e o romantismo são as mais típicas e duradouras expressões do pensamento alemão, definindo os sucessivos desdobramentos de uma tradição filosófica muito influente. Reagindo ao tecnicismo e à falta de veia humanística do Iluminismo, os dois movimentos exemplificam o jogo dialético de elementos contrastantes, mas, ainda assim, complementares. O romantismo, mais artístico e místico, foi e continua sendo um dos motores principais das transformações sociais e políticas. O idealismo, centrado no saber, marcou as filosofias posteriores como expressões da liberdade do pensamento. Ambos os movimentos, contudo, estão visceralmente ligados à ilustre geração da década de 1780, de Goethe, de Herder e de Kant, cujas ideias se revelaram incomparavelmente fecundas. Como observaram grandes intérpretes do período, como Dieter Henrich, essa plêiade de autores exige apresentação orgânica, e mapear isoladamente suas ideias sem ter em vista a constelação formada pelo movimento todo é um deslize fatal, mas muito frequente da pesquisa contemporânea. Afinal, a verdade é o todo.
Apresentando amplo leque de autores, em seus devidos lugares na intensa discussão da chamada “Época de Goethe”, este livro expõe de forma sistemática e abrangente cada contribuição filosófica à luz de seus vínculos histórico-culturais. Esta obra evidencia a imbricação dos conceitos modernos de ciência e de liberdade, e o que essa junção representa para o romantismo e para o idealismo.
O império ausente
Brasil, Estados Unidos e o subsistema sul-americano
Este livro, escrito originalmente por um autor brasileiro para uma audiência norte-americana, analisa as relações entre o Brasil e os Estados Unidos no contexto do subsistema regional sul-americano. Carlos Gustavo Poggio defende que a América do Sul é um subsistema distinto da América Latina, com padrões de cooperação e conflito que influenciam as relações interamericanas.
Poggio também argumenta que o Brasil tem um papel fundamental para evitar uma maior interferência dos Estados Unidos nos assuntos sul-americanos, o que ele chama de “império ausente”. O livro faz uma análise histórica de casos que ilustram a atuação brasileira e norte-americana na região, desde o século XVIII até os dias atuais. Poggio busca desfazer alguns mitos e estereótipos sobre a realidade sul-americana e sobre o papel do Brasil, bem como critica a interpretação predominante nos Estados Unidos sobre as relações desse país com a “América Latina”.
O livro, que se tornou uma obra de referência em relações internacionais, é uma importante contribuição para interessados em conhecer melhor as relações entre o Brasil e os Estados Unidos no subsistema sul-americano, bem como um estímulo para novas pesquisas e reflexões sobre esse tema, decisivo para o presente e o futuro do nosso país.
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