Notícias - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

“Fontes franciscanas e clarianas” entre os lançamentos da Editora Vozes

03/10/2023

Notícias

Fontes franciscanas e clarianas

A Família Franciscana do Brasil, desde 1981, dispõe de uma tradução das fontes franciscanas que prestou um inestimável serviço. Depois de todos esses anos, sentiu-se a necessidade de uma adequação aos padrões internacionais das fontes franciscanas. Na realidade, muitas vezes a numeração adotada pela nossa tradução não correspondia à utilizada e aceita internacionalmente pelas fontes traduzidas em outras línguas; de vez em quando se ouviam também sugestões de que nossas Fontes Franciscanas deveriam ser mais completas; e, especialmente entre os que lidam mais frequentemente com os escritos das origens do Franciscanismo, se insinuava que alguns textos mereceriam uma nova tradução.

Para estudar todas estas questões, nomeou-se uma comissão. Esta julgou oportuno que se fizesse não apenas uma adequação da numeração, mas que se realizasse um trabalho de maior envergadura: uma nova tradução a partir dos textos latinos originais e o acréscimo de outras obras ao conjunto das fontes, incluindo os escritos e biografias de Santa Clara.

Deste modo, após quatro anos de trabalhos, temos a alegria de entregar à grande Família Franciscana a presente edição das Fontes Franciscanas e Clarianas. Embora tenha tido o propósito de ser o mais fiel possível aos originais, no entanto, quis ser uma edição de cunho pastoral, isto é, sem aparato crítico especial, pois não se destina prioritariamente aos estudiosos, mas à formação inicial e permanente dos franciscanos e franciscanas do Brasil.


“E vós, quem dizeis que eu sou?”

Sobre a divindade da pessoa de Cristo

Cada pai humano pode transmitir aos filhos o que tem, mas não o que é. Se for um artista, um cientista, ou também um santo, não é certo que os filhos nasçam também eles artistas, cientistas ou santos. Ele pode, no máximo, ensinar-lhes, dar-lhes um exemplo, mas isso não pode ser transmitido quase como por herança. Jesus, ao invés disso, no batismo, não somente nos transmite o que tem, mas também o que é. Ele é santo e nos faz santos; é Filho de Deus e nos faz filhos de Deus. A santidade cristã, antes de ser um dever, é um dom.

Nascido de sermões proferidos ao papa e à Cúria em 2021, este livro é um valioso guia para compreender a figura de Cristo. Cada um de seus três capítulos é dedicado à exploração especular e complementar de Cristo, que é retratado como verdadeiro homem e verdadeiro Deus. Esses elementos centrais da cristologia e da reflexão sobre a salvação cristã são a base das meditações de Raniero Cantalamessa, que nos convida a redescobrir o ponto essencial da nossa fé: em Jesus, encontramos a união entre a humanidade e a divindade. Lembrando-nos de que a única salvação possível é aquela oferecida por aquele que, “embora de natureza divina”, “se fez carne” para a nossa salvação.


História do descanso

Dizer ou dizer a si mesmo “Preciso descansar” é formular um desejo, um sentimento que consideramos, se não paramos para pensar, como a expressão de uma necessidade elementar, tanto do homem como do animal; a qual, de certa forma, escaparia à história. Ora, nada é mais falso do que isso. As definições, as figuras do descanso não pararam de variar ao longo dos séculos; e, com muita frequência, de se imbricar, de se superpor, de se combater. Evidentemente, não há semelhança entre o desejo de alcançar, um dia, o descanso eterno e o de desfrutar de um descanso que permita vencer o burnout.

Não se trata, neste livro, de reunir o fruto dos estudos, aliás em número bem restrito, voltados para esse objeto. Nossa intenção é, adotando um olhar panorâmico, identificar a gênese ou a eventual amplificação de figuras e de técnicas do descanso ao longo do tempo, tentando discernir o ponto alto de cada uma delas e seu eventual recobrimento. Então se desenharão períodos numa história feita de superposição, de inovação e de inércia, sob a forma de “destroços de cultura” […].

O objetivo é, portanto, tornar compreensível o caminho que leva do tempo em que o descanso tinha identidade com a salvação, isto é, um estado de eternidade feliz, até o “grande século do descanso”, que se estende, para simplificar, entre o último terço do século XIX e o meio do século XX. Então se somam, em intervalos maiores ou menores, a criação da nova figura hedonista das praias, o triunfo do descanso ao sol que a moda do bronzeamento simboliza, o descanso terapêutico praticado nos sanatórios, novos templos do descanso, e a magnitude, na França, da reivindicação das férias remuneradas, percebidas como tempo de descanso destinado a remediar o cansaço do trabalho.


Disputas políticas pela abolição no Brasil

Nas senzalas, nos partidos, na imprensa e nas ruas

Se o abolicionismo foi um amplo movimento social e que demandou reformas estruturais para diminuir as desigualdades socioeconômicas e raciais, por que o Brasil continua sendo um dos países mais desiguais do mundo?

Em Disputas políticas pela abolição, a Corte do Império surge como uma cidade politizada e vibrante onde os discursos dos grupos elitizados da Imprensa e dos Partidos interagem com o escravo urbano, o liberto, o homem livre pobre, o imigrante. Pelas associações, manifestações espontâneas, préstitos e meetings, a palavra circula do mundo impresso à oralidade, integrando as sedes dos jornais, as Câmaras e as ruas ocupadas pelos grupos marginalizados nessa sociedade das linhagens e da escravidão. Se as reformas estruturais da Frente Ampla pela abolição ainda continuam em pauta, os motivos não se encontram num povo à margem da Política. Pelo contrário, os embates entre monarquistas e republicanos, entre radicais e moderados só são compreensíveis pela referência à enorme mobilização popular em prol de uma sociedade menos desigual.


Lapinha de Jesus

A Lapinha é uma tradição popular que remonta a tempos antigos e tem suas raízes profundamente entrelaçadas com a cultura e a religiosidade de diversas comunidades. Essa prática, que se manifesta de diferentes formas ao redor do mundo, é uma expressão de devoção, celebração e conexão com a espiritualidade. Além de ser uma forma de expressão artística, um trabalho assim tão original certamente contribuirá para uma vivência mais cheia de sentido de uma das mais belas e universais tradições do povo cristão. Possa a experiência de Henk Kamps (Frei Tiago, OFM), Adélia Prado, Lázaro Barreto inspirar criações semelhantes.

Cada povo tem seu modo especial de viver o imenso acontecimento do Deus que veio morar no meio dos homens. A fé é a mesma em qualquer parte. Mas sua expressão cultural varia de acordo com a sensibilidade e a tradição vivida por cada agrupamento humano. Lapinha de Jesus é a história do Natal acontecendo num arraial do interior brasileiro. Neste sentido, este maravilhoso álbum de Natal é uma expressão religiosa e artística da alma do nosso povo vivenciando uma de suas maiores celebrações anuais. Trata-se de um lindo presépio composto em belas figuras criadas em terracota vermelha, e transformado num conjunto surpreendente de fotografias cheias de profunda significação. O texto é denso, mas exprime, em prosa e verso, a ternura e a simplicidade do nascimento do Deus-Menino, tal como é festejado pela alma religiosa e cabocla de nossa gente.


Henri Wallon

Uma concepção dialética do desenvolvimento infantil

 Enquanto as teorias convencionais, baseadas numa lógica rígida e mecânica, mergulham em impasses e contradições, Wallon, ao se apoiar no materialismo dialético, busca superar as dicotomias que separam indivíduo e sociedade, razão e emoção, orgânico e social. Considera que entre psicologia e pedagogia deve haver uma contribuição recíproca, vendo na escola não apenas o lugar onde se educa, mas também um ambiente ideal para o estudo do desenvolvimento infantil.

Centrada na criança, a obra de Henri Wallon enfoca o desenvolvimento em seus domínios afetivo, cognitivo, motor. Um estudo contextualizado das condutas infantis que busca compreender o sistema de relações estabelecidas entre a criança e os ambientes com os quais vive e interage. Ao permitir a compreensão da gênese dos processos psíquicos, o estudo da criança fornece uma matriz para a compreensão do ser humano nas diferentes idades da vida.


Meditações

Marco Aurélio, um dos grandes governantes do Império Romano, apresenta uma série de ensaios destinados a servir de guia para seu próprio aperfeiçoamento. Escrito durante os momentos decisivos de sua vida e dividido em doze livros, Meditações pondera sobre as maiores questões da vida na busca do autor por uma existência significativa. Notavelmente, elas não são diferentes das perguntas que, ainda hoje, fazemos a nós mesmos – desde encontrar a felicidade até entender nosso lugar no cosmos.

Meditações continua sendo uma profunda fonte de inspiração para os tempos contemporâneos – uma coleção de princípios profundamente enraizados que são uma fonte para o pensamento positivo e para uma vida com propósitos.


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