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“O pequeno monge e o tal do silêncio” entre os lançamentos da Editora Vozes

17/07/2021

Notícias

O pequeno monge e o tal do silêncio

O pequeno monge, apesar das dificuldades iniciais, percebe como o silêncio libertador e revigorante funciona. Os divertidos episódios ao seu redor mostram o caminho para a vivência do silêncio, ao mesmo tempo em que trazem vários ensinamentos da vida monástica beneditina. Além disso, Zacharias Heyes mostra como a Regra Beneditina é vivida no mosteiro atualmente. Honesto e pessoal, ele fala sobre suas experiências e como o silêncio pode ser a chave para o equilíbrio interior, a profunda satisfação. Em um livro de espiritualidade original, com um novo modo de falar sobre a interioridade humana, o autor completa suas observações com impulsos, dicas e exercícios adequados para o uso diário. Dessa forma, não apenas o pequeno monge na trilha do mistério do silêncio, mas até os leitores podem descobrir por si mesmos por que o silêncio é tudo, menos chato.

“O que é silêncio? É a ausência de ruídos ou é algo totalmente diferente? Será que o pequeno monge não pode encontrar silêncio também no meio do barulho que ele produz, um espaço no qual ele pode descobrir e perceber aquela coisa maior e estar próximo dela?”


Por uma nova sociologia clássica

Este texto para discussão reivindica uma nova aliança teórica capaz de superar tanto a fragmentação como a especialização e a profissionalização excessivas, além de seus resultados nocivos, no interior das ciências sociais. Como alternativa ao utilitarismo e à colonização das ciências sociais por modelos da ação racional, o texto e a discussão que segue com onze sociólogos de renome mundial propõem uma nova articulação entre teoria social, os chamados Studies, e as filosofias política e moral. Amparado na antropologia inspirada pelo ensaio clássico de Marcel Mauss sobre a dádiva, ele recomenda um retorno à teoria social clássica, reconsidera o legado de Marx, além de explorar articulações envolvendo as teorias da reciprocidade, do care e do reconhecimento. Com contribuições de Frank Adloff, Jeffrey Alexander, Francis Chateauraynaud, Raewynn Connell, François Dubet, Phil Gorski,Nathalie Heinich, Qu Jindong, Mike Savage, Mike Singleton e Philippe Steiner.


Avaliação Psicológica na infância e adolescência

A avaliação psicológica praticada na infância e adolescência é uma atividade frequente no trabalho do profissional psicólogo. As demandas são variadas e, por vezes, complexas, exigindo do profissional conhecimentos teórico e técnico específicos. Assim, o profissional deve apresentar competência que perpassa pelas questões relativas ao desenvolvimento cognitivo e socioemocional da criança e do adolescente, ao contexto em que eles estão inseridos, além de ser importante dominar aspectos relativos à realização do processo de avaliação, desde suas fases iniciais, a técnicas, métodos e instrumentação psicológica e conduta ética.

Nesse sentido, o presente livro compila ao longo de 32 capítulos tanto os conteúdos base para a prática do profissional psicólogo na área de avaliação da criança e do adolescente quanto questões, desafios e problemáticas atuais do fazer neste campo. A obra conta, ainda, com capítulos destinados à exemplificação do conteúdo teórico através de estudos de caso para temáticas específicas da infância e adolescência. Ademais, o livro contou com a participação de especialistas renomados em cada temática abordada, trazendo conteúdo de alta qualidade técnico-científica.

A avaliação psicológica de crianças e adolescentes auxilia na detecção precoce de problemas de desenvolvimento, na identificação de problemas relacionais, sociais, cognitivos, emocionais, mas também aponta para as forças e potencialidades dos indivíduos. Em conjunto, essas informações auxiliam no desenvolvimento de intervenções mais adequadas e eficazes, na estruturação de programas escolares mais adaptados, na melhora das relações parentais e no uso de recursos terapêuticos que potencializam um desenvolvimento mais saudável e feliz.


Bhagavad-gītā

A Bhagavad-gītā é um tratado literário, teológico e um dos clássicos mais importantes da literatura universal; ocupou tanto a posição de referência autorizada quanto a de popular no hinduísmo nos últimos mil anos ou mais. Devido à sua grande influência, às vezes, é chamada de “a Bíblia hindu” ou mesmo “a Bíblia indiana”; além disso, inúmeras pessoas em todo o mundo são capazes de citá-la, seja em sua língua materna ou no original em sânscrito, como uma expressão de sua fé ou visão de mundo. O tratado aparece como parte do Mahābhārata, o grande épico indiano, e consiste em um diálogo conduzido entre dois de seus heróis: o comandante supremo Arjuna e seu primo, o auriga e amigo, Kṛṣṇa. Embora o diálogo seja bastante curto e não exceda 700 estrofes, ele está envolvido com assuntos da mais alta ordem teológica e filosófica; como tal, diz respeito a todos que enfrentam a existência humana, ou seja, todo e qualquer ser humano. As circunstâncias épicas são bastante dramáticas: devido a uma longa disputa familiar, todos os exércitos do mundo se reúnem no campo de batalha de Kurukṣetra, com alguns apoiando um ramo da família, os Pāṇḍava ou os filhos de Pāṇḍu, enquanto outros apoiavam os Kaurava, ou os filhos de Dhṛtarāṣṭra. Arjuna prevê que o massacre está prestes a ocorrer e reluta em apontar suas armas para seus familiares, amigos e professores; como tal, ele deseja abandonar totalmente a guerra e evitar lutar nessas circunstâncias terríveis. Devido à sua aflição profunda, Arjuna se volta para seu amigo Kṛṣṇa e pede orientações que possam resgatá-lo dessa crise grave e, respondendo ao pedido de Arjuna, Kṛṣṇa fala a Bhagavad-gītā, que pode ser possivelmente traduzida um tanto grosseiramente como o “Cântico de Deus”, ou, talvez, mais precisamente como o “Tratado poético sagrado da Pessoa Suprema”.

O autor, Ithamar Theodor, aborda a antiquíssima Bhagavad-gita com uma mentalidade moderna e descobre muitas coisas no texto que merecem nossa atenção. A localização do seu estudo dentro da teologia comparativa e a identificação das várias camadas de significado no texto ajudarão aqueles que não estão familiarizados com a Gita a encontrar um caminho na leitura desse complexo clássico. Através da harmonia entre o teórico-filosófico com o ético-prático, o autor mostra a relevância universal dos ensinamentos da Gita.


Entre vícios e virtudes

Se a antiguidade greco-romana, passando por Aristóteles e pela stoa até Cícero e Sêneca, fez dos vícios o objeto de reflexão ética e antropológica, o cristianismo o aceitou definitivamente com a engrenagem extra de sua transculturação, ancorando-os definitivamente à responsabilidade moral para com Deus, os irmãos e a comunidade eclesial.

A importância que assumiram levou Gregório Magno a chamá-los de “capitais”. Daítodo um desenvolvimento de pensamento, no curso do qual um papel particular foi desempenhado por Tomás de Aquino, que os introduziu no catecismo que escreveu para o então arcebispo de Palermo, estabelecendo assim um precedente então mantido em todos os catecismos.

De Tomás depende Dante, que os usa para catalogar seus grupos purgativos. Assim,

chegamos aos moralistas profissionais que – cito dois entre tantos – diminuirão os vícios de acordo com a sua contextualização histórica: refiro-me a Antonino de Florença que, vivendo na época dos Médici, está particularmente atento às “finanças criativas” de seu tempo e, portanto, lê os vícios em sua concretude imediata; também me refiro a Afonso de Ligório, que, por sua vez, elabora uma casuística detalhada.

Os vícios e as virtudes são objeto de diferentes atenções. Basicamente, eles representam o jogo da vida. Se as virtudes em sua apresentação moralista acabam sendo chatas, a representação dos vícios, por outro lado, também acaba sendo pedagogicamente mais efetiva. Especialmente se a ironia é uma arma sutil e poderosa para dobrá-los.

A esse respeito, como poderíamos esquecer certas figuras literárias do mundo clássico que nos chegam por meio da deformação cômica dos tipos. Penso em Plauto, com seus pais avarentos e seus _ lhos dissolutos, com suas cortesãs venais e com a multidão de parasitas e gananciosos com os quais ele nos transmite os originais gregos perdidos. E, na Era Moderna, penso em Molière, em sua comédia “de caráter”, na qual encontramos o avarento, o hipócrita, o sedutor. Nem sempre é imediata a correspondência com o vício capital. Se assim for, nem O avarento, a estigmatização de Don Juan ou do Tartufo nos traz de volta ao grupo, à rede, que germina dos pecados mortais.

Entre o vício e a virtude há uma estreita e quase íntima relação porque, se esta se configura como poder, capacidade, virtualidade, aquele declina ou confessa uma impotência, uma incapacidade, uma não virtualidade. Mesmo aqui, no entanto, a fronteira é muito frágil. Há, de fato, um potencial e uma capacidade também no vício. Isso pode ser entendido ligando-se ambos à esfera semântica da “paixão”, à qual o vício e a virtude estão relacionados.


Forças autênticas: aumente sua felicidade, sua performance
e seu sucesso com coaching de Psicologia positiva

Ajudar os clientes a colocar em foco quem eles são em termos de inclinações positivas de personalidade é fundamental para capacitá-los a se tornarem arquitetos da própria vida. Saber quais dimensões de nós mesmos são mais importantes para serem expressadas, e sermos reconhecidos por isso, se torna a bússola pela qual podemos navegar pelas tantas decisões da vida: de que tipo de trabalho e de atividades acharemos mais satisfatórias, com quem queremos nos relacionar e como fazer isso. Finalmente agora, com a publicação deste livro, os coaches e líderes podem aprender uma abordagem de coaching que se baseia nos ativos fundamentais das pessoas: suas Forças de Caráter. Este livro aprofunda o que outros apenas fazem referência marginal, ao jogar luzes sobre o que é um coaching eficaz. Com profundo conhecimento, Doman desdobra a teoria e a ciência em insights úteis e práticos para os profissionais e para qualquer pessoa que queira ser um coach melhor para si mesmo e/ou para os outros.


Formação e estratégias de em ensino em Avaliação Psicológica

Por ser uma prática própria e característica da atuação profissional do psicólogo, a Avaliação Psicológica (AP) necessita ser devidamente ensinada aos estudantes de psicologia, de modo a favorecer que as competências necessárias sejam desenvolvidas ao longo do período de formação. São diversos os contextos nos quais a Avaliação Psicológica se insere e inúmeros são os aspectos do comportamento humano a serem avaliados, sendo que no mundo atual os desafios têm aumentado acentuadamente, especialmente no momento em que vivemos a maior pandemia do século: a Covid-19.

O conhecimento sobre a história da formação em Psicologia nos revela os vários caminhos percorridos desde o início da instalação dos primeiros cursos na área, bem como os desafios foram sendo resolvidos durante as várias décadas desde que o primeiro Curso de Psicologia foi implementado. Vale salientar que os muitos contextos e a miríade de temáticas a serem abordadas nos cursos de formação exigem, por um lado, o domínio de diversas estratégias e metodologia de ensino, de forma a possibilitar o aumento do conhecimento teórico. Por outro lado, é muito relevante que seja favorecida a experiência prática, necessária para a atuação profissional, o que ocorre essencialmente nas situações de estágio.

O acompanhamento das maneiras pelas quais fomos vencendo os obstáculos e tomando as decisões mais adequadas, apontaram para o fato de que, para lidar com a diversidade de contexto e temáticas, apenas as competências gerais já não eram mais suficientes. Diante disso, a criação da especialidade em Avaliação Psicológica se mostrou necessária para dar conta das muitas demandas e da necessidade de ampliação do conhecimento obtido na formação na graduação, para uma formação mais específica, que é de domínio dos especialistas na área. Nesse sentido, o livro Formação e estratégias de ensino em Avaliação Psicológica propõe- se a contribuir coma divulgação de boas práticas de formação na área, oferecendo textos que abrangem temáticas essenciais do ensino da AP na graduação e pós-graduação, trazendo a voz de autores experientes, cujas vivências na docência na área propiciarão a necessária fundamentação para os interessados no ensino da Avaliação Psicológica.

Desde os primórdios da ciência existe a preocupação em avaliar e compreender os fenômenos psicológicos. Nas últimas décadas observamos um aumento significativo desse interesse, em parte explicado pelo avanço da psicometria e dos recursos tecnológicos, que possibilitou a utilização de uma diversidade de métodos, técnicas e procedimentos avaliativos, assim como a inserção da AP em diferentes contextos e formatos. Contudo, esse avanço da AP merece cuidado com uma formação qualificada dos profissionais psicólogos que pretendam atuar na área. Sensível a essa demanda, o Instituto Brasileiro de Avaliação Psicológica (Ibap) organizou esta obra, que tem por finalidade apoiar os professores da área de AP na formação de profissionais qualificados para o exercício ético e técnico.


História do silêncio

Atualmente é difícil fazer silêncio, o que impede de compreender essa palavra interior que acalma e satisfaz. A sociedade impõe que nos dobremos ao ruído, e com isso afastamo-nos da escuta de nós mesmos. Com isso encontra-se modificada a própria estrutura do indivíduo.

Certamente, alguns viajantes solitários, artistas e escritores, adeptos da meditação, homens e mulheres retirados em um mosteiro, alguns visitantes de túmulos e, sobretudo, apaixonados que se entreolham e se calam estão e busca do silêncio e permanecem sensíveis às suas estruturas. Mas são como náufragos em uma ilha, em breve deserta, cujas margens deterioram-se.

Ora, não é tanto, como se poderia crer, a acentuação da intensidade do barulho no espaço urbano que constituiu o fato mais relevante. Graças à ação de militantes, legisladores, de higienistas, de técnicos que analisam os decibéis, o ruído na cidade transformou-se em outro, sem dúvida, não mais ensurdecedor que o do século XIX. O essencial da novação reside na hipermediatização, na permanente conexão e, de fato, no incessante fluxo de palavras que se impõem ao indivíduo, conduzindo-o a temer o silêncio.

A evocação, neste livro, do silêncio passado, das modalidades de sua busca, das suas texturas, das suas disciplinas, das suas táticas, da sua riqueza e da força de sua palavra pode contribuir para reaprendermos a fazer silêncio; ou seja, a estarmos conosco mesmos.

Historiador das emoções, Alain Corbin refaz, nesta obra, não uma história do silêncio no sentido cronológico e factual do termo, mas, antes, uma história interior, uma espécie de escuta íntima do silêncio, uma trajetória que conduz o leitor contemporâneo a reencontrar-se com aquela “presença no ar” que é para ele o silêncio; presença palpável em certos lugares, em alguns livros, como também na pintura e nas interações sociais; presença central e indispensável para o percurso espiritual, para a oração, o recolhimento, quando o silêncio se torna “o coração que escuta a interioridade absoluta, […] a superação da palavra”.

História do silêncio é um livro erudito que, certamente, desconcertará qualquer leitor que procurar encontrar nele uma obra estritamente historiográfica, mas que se vale de uma amplidão de citações e referências culturais e da fineza de sua abordagem e de suas análises para retratar como aqueles que nos precederam expressaram sua experiência com o silêncio. Uma obra sensível, e nem por isso menos erudita, que cumpre importante papel na compreensão e análise dessa temática.


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