Zacharias Heyes entre os lançamentos da Editora Vozes
31/07/2020
Rituais para o encontro consigo mesmo – Zacharias Heyes
Por mais que a vida monástica fascine os visitantes, por mais que aproveitem sua estadia em nosso mosteiro como hóspedes, nossos cursos ou nossos conselhos para os problemas da vida, as pessoas se assustam quando veem que os monges vivem cada dia segundo a mesma rotina, que eles observam regulamentos precisos para os horários de oração e alimentação, de trabalho e tempo livre – também porque parece haver pouco espaço para espontaneidade e ideias próprias.
Rituais e rotinas não têm apenas desvantagens, eles também abrem caminhos para eu encontrar a mim mesmo. Uma das razões é que a ordem externa impõe uma ordem e estrutura também ao meu interior. Eu experimento como me torno mais essencial e como meu “caos interior” se ordena.
É claro que os rituais também contêm o perigo de, em algum momento, serem apenas executados automaticamente, porque “isso” sempre foi feito daquele jeito – exatamente daquele jeito. Nesse caso, os rituais se transformam numa ordem arbitrária ou numa ordem que é mantida apenas por razões tradicionais, mas que, no fundo, já se esvaziou. Sua execução se transforma em algo meramente externo, sem qualquer relação com a pessoa que a realiza. Nesses casos, os rituais não nos ajudam mais a entrar em contato conosco mesmos. Esse modo de agir é determinado pela pergunta: Qual é a fonte da minha vida? Eu permito que minha vida seja definida pelo meu dia a dia, por aquilo que outros esperam de mim, pela pressão, ou estou conseguindo viver a partir da minha própria força interior? Sob esse ponto de vista os rituais nos libertam.
Esta obra quer encorajar o leitor a redescobrir antigos rituais de sua vida, mas também a se livrar de ritos vazios que nada acrescentam. Além disso, o monge beneditino Zacharias Heyes traz exercícios para que o leitor possa redescobrir o valor da ritualidade no dia a dia.
Zacharias Heyes é monge da Abadia de Münsterschwarzach. Estudou Teologia em Münster e em Würzburg, e trabalhou por dois anos como missionário na Entwicklungshilfe, entidade humanitária voltada ao desenvolvimento da África Oriental. Por muitos anos, esteve envolvido no trabalho com jovens e professores religiosos do mosteiro e conselheiros escolares. É autor pela Editora Vozes das obras Em casa comigo mesmo e Como encontrar Deus.
Nº DE PÁGINAS: 120
Coordenação na Catequese… Sobre o que estamos falando? – Débora Regina Pupo
Este livro foi escrito pensando no coordenador de catequese e também no catequista de base, pois o que se pede para um coordenador de catequese é, também, o que se pede a um catequista. Isto porque o ministério da coordenação só tem sentido se for embasado na vocação de catequista.
Neste sentido, o conteúdo desta obra contribui, com suas reflexões e roteiros de estudo, para ajudar a refletir sobre o perfil e missão da coordenação. O livro também é um instrumento de formação para catequistas, pois seu conteúdo e proposta de vivências podem ser adaptados a diversos grupos, conforme a necessidade de cada realidade. O importante é refletir a prática a partir da inspiração da vocação de ser catequista.
Nas páginas deste livro o leitor reconhecerá que coordenar é resposta a um chamado que se concretiza na doação de quem está à frente, mas sabe se reconhecer tão peregrino quanto os que lhe são confiados através do mistério da coordenação.
Nº DE PÁGINAS: 64
Morte e alteridade – Byung-Chul Han
Concebemos nossa própria morte como a extinção sem resíduos do eu pessoal e, portanto, como a imposição absoluta do totalmente heterogêneo. Ante esta perspectiva, a iminência da morte pode despertar um amor heróico no qual o eu dá lugar ao outro e assim se promete uma sobrevivência. Desse modo, em torno da morte surgem complexas linhas de tensão que se entrecruzam entre o eu e o outro.
Nesta obra rigorosamente filosófica, Byung-Chul Han reflete, tomando como referência Kant, Heidegger, Lévinas e Canetti, entre outros, sobre a re-ação à morte para indagar a complexa tensão entre este conceito em relação aos de poder, identidade e transformação.
Morte e alteridade se inspira na fenomenologia e na literatura contemporânea para contrapor as reações de ou a ênfase do eu ou o amor heróico na hora de encarar a morte. Além disso, mostra outra maneira de “ser para a morte” em um modo de tomar consciência da mortalidade que conduz à serenidade. Dessa maneira, tematiza-se uma experiência da finitude com a qual se aguça uma sensibilidade especial para o que não é o eu: a afabilidade.
Byung-Chul Han nasceu na Coreia, mas fixou-se na Alemanha, onde estudou Filosofia na Universidade de Friburgo e Literatura Alemã e Teologia na Universidade de Munique. Em 1994, doutorou-se em Friburgo com uma tese sobre Martin Heidegger. É professor de Filosofia e Estudos Culturais na Universidade de Berlim e autor de instigantes ensaios filosóficos sobre a sociedade atual publicados no Brasil pela Editora Vozes.
Nº DE PÁGINAS: 416
Gotas de sabedoria – Diácono Fernando José Bondan
Gotas de sabedoria é um livro que deseja aplicar no dia a dia a sabedoria e espiritualidade oriunda dos Padres do Deserto e de outros Santos Padres da Igreja.
A sabedoria ensinada e transmitida entre os monges do deserto a seus discípulos, principalmente do Egito, Síria e Palestina entre os séculos IV-VI d.C., são muito úteis ainda hoje para o homem da era pós-moderna. Nós, que vivemos numa sociedade líquida em que hoje se diz e se faz de um jeito e amanhã de outro, precisamos novamente de referências seguras da sabedoria prática daqueles homens e mulheres que marcaram o cristianismo para sempre. Seus ensinamentos mantêm ainda todo o seu frescor.
Tudo girava em torno da “paternidade espiritual”, onde um mestre mais experimentado na vida ascética e cristã transmitia e ensinava a seu filho(a) espiritual o que aprendeu. A forma de transmissão desta sabedoria se fazia através dos chamados “ditos” ou “sentenças”; em grego, apophtegmas. Essas sentenças eram dirigidas especificamente ao discípulo para uma situação concreta; por isso, a importância de sempre contextualizar os ensinamentos registrados nesta obra.
Diácono Fernando José Bondan é casado há 32 anos e pai de 6 filhos. Desde sua juventude participa ativamente da Igreja, trabalhando principalmente com jovens. Conferencista, ministro-extraordinário, pregador de retiros, ministrante de cursos de formação para leigos, catequistas e agentes de pastoral. No ano de 2006 foi ordenado diácono na Diocese de Novo Hamburgo, e atua na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, na mesma cidade, onde implantou o Curso de Catequese para Adultos de inspiração catecumenal, além de presidir batismos, casamentos, encomendações… Na Escola Diaconal Santo Estêvão, da Diocese de Novo Hamburgo, ministra aos candidatos ao diaconato as seguintes disciplinas: Espiritualidade, Ecumenismo, Pneumatologia, Livros Sapienciais, Cartas Paulinas.
Nº DE PÁGINAS: 168
Eu sei o que você está pensando – Mark Bowden e Tracey Thomson
Somos inundados através da imprensa e das mídias sociais com caça-cliques, artigos e guias sobre como ler a linguagem corporal, que nos prometem, de forma rápida e fácil, olhar para alguém e deduzir seus pensamentos mais secretos. Por exemplo, a pessoa cruza os braços, então obviamente ela não gosta do que estou dizendo. Ela aponta os pés em outra direção – é claro que está mais atraída por outra pessoa na sala. Ela coça o nariz, então com certeza está mentindo.
O problema é que isso não é tão simples, apesar de, às vezes, a nossa “leitura rápida” da linguagem corporal de alguém revelar corretamente a verdade sobre o que essa pessoa está pensando; em geral, nossas leituras e interpretações se revelam incorretas, e entendemos tudo terrivelmente errado. Em um dia bom, há apenas 50% de chance de acertarmos.
Dito isto, as pessoas que são verdadeiramente experientes na habilidade de ler e interpretar a linguagem corporal descobriram que, seguindo processos testados e confiáveis, elas podem ser muito mais eficazes em deduzir o que os outros estão realmente pensando.
Assim, Eu sei o que você está pensando tem como intuito trazer os instrumentos fundamentais e suficientes para que você possa analisar a linguagem corporal e fazer julgamentos mais ponderados e precisos sobre o que os outros estão realmente pensando. Você poderá separar astutamente a verdade das mentiras, não apenas naquilo que você lê e assiste na mídia sobre linguagem corporal, mas também, nos comportamentos em geral com que você mesmo se defronta no dia a dia.
Você terá um método simples para perceber as exibições de poder e reações a exibições de poder nos comportamentos e na linguagem corporal que presencia.
Mark Bowden é especialista em linguagem corporal e comportamento. Faz parte da comunidade TED, tendo falado no palco principal do TEDx Toronto. Ele é colaborador regular de programas de TV. Foi eleito o número 1 entre os 30 melhores profissionais de linguagem corporal em 2014 pela GlobalGurus.org e está em primeiro lugar no corpo docente de apresentação de negócios para o MBA executivo da Kellogg-Schulich, pela revista The Economist.
Tracey Thomsoné cofundadora e chefe de operações da Truthplane®. É especialista em desenvolvimento de negócios, consultora de empresas e pessoas sobre comunicação e linguagem corporal.
Nº DE PÁGINAS: 368