• Os discípulos de Cristo, contemplando o Crucificado solitário escutam o som de sua voz: “Vinde a mim todos vós, que estais cansados e sobrecarregados e eu vos darei descanso. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim que sou manso e humilde de coração e achareis descanso para as vossas almas. Pois o meu jugo é suave e o meu peso é leve” (Mt 11, 28-30).
• São Bernardo de Claraval: “Onde encontrar repouso tranquilo e firme para os fracos, a não ser nas chagas do Salvador. Ali permaneço tanto mais seguro, quanto mais poderoso é ele para salvar. O mundo agita, o corpo dificulta, o demônio arma ciladas; não caio porque estou fundado sobre a rocha firme. Pequei e pequei muito; a consciência abala-se, mas não se perturba, pois me lembro das chagas do Senhor. Ele foi ferido por causa de nossas iniquidades”.
• Os que amam o Senhor e sabem que ele é lugar de descanso respondem com amor ou Amor. Atribui-se a Francisco de Assis esta prece formulada quase no final de sua vida: “Meu Senhor Jesus Cristo, eu te suplico que me concedas duas graças antes de morrer: a primeira é que durante a minha vida eu sinta em minha alma e em meu corpo, tanto quanto possível, a dor que tu, ó doce Jesus, suportaste na hora da tua crudelíssima Paixão; a segunda é que eu sinta em meu coração, tanto quanto possível, o amor sem medida de que estavas abrasado”.
• Santo Antônio de Pádua: “O divino esposo fala pelas feridas e cavernas. Na sua carne são muitas as chagas e entre elas a do lado que conduz a seu coração. Para esse coração ele convida as almas, suas esposas para abrir-lhes o lado e o coração, a fim de que ai se escondam”.
Frei Almir Guimarães