Vida Cristã - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

Diante d’Aquele que nos cativa

04/05/2018

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Frei Almir Guimarães

Nas primeiras sextas-feiras de cada mês, sempre nos colocamos de maneira nova diante do Coração Adorável do Senhor Jesus. Olhamos primeiramente para o peito aberto, mas atingimos o mais íntimo desse que nos cativa, esse Jesus do lado aberto!

Ele é o Vivo, o Presente, o Ressuscitado. Se colocamos o olhar nas chagas do crucificado, não paramos na cruz de ontem. Ele, o Vivo, está entre nós. Não podemos nos fixar apenas nas verdades dogmáticas e frias a respeito do Mestre. Karl Lehmann, teólogo alemão, afirmou: “O homem moderno só será crente quanto tiver feito uma autêntica experiência de adesão à pessoa de Jesus”. Trata-se de conservar viva em cada um de nós uma atitude de escuta. Os evangelistas colocaram nos lábios do Pai esta declaração: “Este é o meu Filho no qual coloquei todo meu apreço. Escutai-o”.

Cada um de nós haverá de colocar-se diante de Jesus, deixar-se olhar diretamente por ele, diante de alguém que dá um sentido radical à vida. Colocar-se atentamente diante de Jesus significa acreditar que somente ele pode responder aos nossos desejos mais íntimos e mais profundos.

Tantos caminhos a serem percorridos! Viagem ao fundo do coração para conhecer aquilo que nos falta, que pode nos encher de vida. Momentos de silêncio, de quietude profunda, sobretudo silêncio de nossos loucos desejos e planos pequenos e egoístas. Desligar em nós o que provoca ensurdecimento profundo. Percorrer o Sermão da Montanha. Examinar regularmente a consciência para saber se andamos escutando a voz do Filho Amado. Tentativa incessante de encontrar vestígios do Amado nos nas existências despedaçadas de tantos ao nosso redor. Escutar o Filho Amado que não está nas secas formulações doutrinárias mas anda falando no coração dessa vida que o Altíssimo nos faz viver.

G. Hourdin, num editorial de um jornal católico francês, escrevia: “O homem está se tornando incapaz de querer, de ser livre, de julgar por si mesmo, de mudar seu modo de vida. Está se convertendo num robô disciplinado que trabalha para ganhar dinheiro que depois desfrutará numas férias coletivas. Lê as revistas da moda, vê os programas de TV que todo mundo vê”. Um robô que não é capaz de pensar por si e de escutar o som da voz daquele que deixou que o soldado lhe abrisse peito. Aquele que nos fala por meio de inspirações interiores, pelos sinais dos tempos e por seu peito aberto.

José Antonio Pagola coroa nossa reflexão: “Mais do que nunca devemos atender ao apelo evangélico: ‘Este é o meu Filho amado, de quem me agrado. Escutai-o.’ Devemos parar, fazer silêncio e escutar mais a Deus revelado em Jesus. Esta escuta interior ajuda a viver a verdade, saborear a vida em suas raízes, e não esbanja-la de qualquer maneira, e não passar superficialmente diante do essencial. Escutando a Deus encarnado em Jesus descobrimos nossa pequenez e pobreza, mas também nossa grandeza de seres amados infinitamente por ele” (Pagola, Mateus p. 217).

Continuamos a nos deixar fascinar por aquele que fez de seu coração uma fonte de vida e de esperança.

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