Notícias - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

“Unamos nossas forças contra a pobreza que mata!”

16/10/2016

Papa Francisco

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Cidade do Vaticano  – Neste domingo, 16 de outubro, o Papa Francisco rezou com os fiéis presentes na Praça São Pedro a oração mariana do Angelus. Depois de saudar as delegações oficiais dos países de origem dos novos santos, o Pontífice recordou que na segunda-feira, 17 de outubro, celebra-se o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza.

“Unamos as nossas forças, morais e econômicas, para lutar juntos contra a pobreza que degrada, ofende e mata tantos irmãos e irmãs, colocando em prática políticas sérias para as famílias e para o trabalho”, foi o apelo do Papa. A origem do Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza está ligada a uma iniciativa do sacerdote francês Joseph Wresinski.

No dia 17 de outubro de 1987, ele convocou milhares de pessoas para o primeiro Dia Mundial para a Erradicação da Miséria, na Praça em Paris onde foi assinada a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Nesse mesmo dia, inaugurou uma placa comemorativa lembrando que a presença dos mais pobres no meio de nós constitui um apelo à construção de uma humanidade verdadeiramente fraterna.

Na placa, foi inscrito o seguinte apelo: “Onde os homens estão condenados a viver na miséria, aí os Direitos Humanos são violados. Unir-se para que sejam respeitados é um dever sagrado.”

Em 1992, a Assembleia Geral das Nações Unidas declarou o 17 de outubro como sendo o “Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza”.

SETE NOVOS SANTOS

Antes do Angelus, o Papa Francisco presidiu na manhã deste domingo a Santa Missa com o rito de canonização de sete novos santos.

No início da celebração eucarística, com a participação de milhares de fiéis, foram canonizados: Salomão Leclercq (1745-1792), José Sanchez do Río (1913-1928), Manuel González Garcia (1877-1940), Ludovico Pavoni (1784-1849), Afonso Maria Fusco (1839-1910), Isabel da Santíssima Trindade (1880-1906) e José Gabriel do Rosário Brochero (1840-1914). Estavam presentes na Praça delegações oficiais dos cinco países de proveniência dos santos: Itália, Argentina, México, França e Espanha.

Apoiar-se uns nos outros
Em sua homilia, o Pontífice destacou a importância da oração, que aparece no centro das leituras bíblicas deste domingo. No episódio da batalha contra Amalec, Moisés está de pé no topo da colina com os braços erguidos; mas de vez em quando, com o peso, seus braços caem e, nesses momentos, o povo perde; então Aarão e Hur fizeram Moisés sentar-se numa pedra e sustentavam os seus braços erguidos até à vitória final.

“Este é o estilo de vida espiritual que a Igreja nos pede: não para vencer a guerra, mas para vencer a paz!”, ressaltou o Papa.

No episódio de Moisés, há uma lição importante: o compromisso da oração exige que nos apoiemos uns aos outros. O cansaço é inevitável, mas com o apoio dos irmãos a nossa oração pode continuar, até que o Senhor conclua a sua obra.

Orar sempre, sem desfalecer
Na segunda leitura, São Paulo recomenda a Timóteo que permaneça firme naquilo que aprendeu e acredite firmemente. Contudo, também Timóteo não pode perseverar sozinho, sem a oração. “Não uma oração esporádica, intermitente, mas feita como Jesus ensina no Evangelho de hoje: ‘orar sempre, sem desfalecer’. Esta é a maneira cristã de agir: ser firme na oração para se manter firme na fé e no testemunho”, explicou Francisco.

Quando o desânimo aparecer, acrescentou o Papa, devemos nos recordar que não estamos sós, fazemos parte de um Corpo. Somos membros do Corpo de Cristo, a Igreja. E só na Igreja e graças à oração da Igreja é que podemos permanecer firmes na fé e no testemunho.

Rezar é lutar
Rezar, prosseguiu, não é refugiar-se num mundo ideal, não é evadir-se numa falsa tranquilidade egoísta. Pelo contrário, rezar é lutar e deixar que o próprio Espírito Santo reze em nós. É o Espírito Santo que nos ensina a rezar, guia na oração e faz rezar como filhos.

As sete testemunhas que hoje foram canonizadas também travaram o bom combate da fé e do amor através da oração. “Que Deus nos conceda também a nós, pelo exemplo e intercessão delas, ser homens e mulheres de oração; gritar a Deus dia e noite, sem nos cansarmos; deixar que o Espírito Santo reze em nós, e orar apoiando-nos mutuamente para permanecermos com os braços erguidos, até que vença a Misericórdia Divina”, foi a oração final do Papa.


Fonte: Rádio Vaticano