Frei Clauzemir Makximovitz

 Imbuia (SC) – “Quero a misericórdia e não o sacrifício”. O Tríduo de preparação para a ordenação presbiteral de Frei Jeâ Paulo Andrade, em Imbuia, SC, refletiu, em seu terceiro dia, a vocação presbiteral, a importância do papel de pastor e o modo franciscano de ser presbítero. Frei Jeâ será ordenado presbítero neste dia 6 de julho por Dom José Balestieri, bispo emérito da Diocese de Rio do Sul. Sua ordenação acontecerá às 18h30 na Paróquia Santo Antônio de Imbuia.

O dia seguiu com as bênçãos das famílias que faltavam (todo o município de Imbuia foi visitado!) e as escolas também receberam a presença dos frades, com o convite vocacional e a motivação de virtudes franciscanas. Os alunos puderam ainda conversar com alguns noviços angolanos sobre a África e as semelhanças e diferenças culturais.

As famílias visitadas compareceram e a Comunidade Nossa Senhora Aparecida estava cheia para a celebração da noite. Frei Evando Balestrin, guardião e pároco de Frei Jeâ em Concórdia, SC, onde os dois trabalham, motivou a reflexão do dia, lembrando o modelo de Jesus de acolhida e serviço.

A família de Frei Jeâ

Quem está são não precisa de médico, frisou Frei Evandro. São os doentes físicos e espirituais, os mais carentes que precisam da atenção do pastor. Os sacramentos próprios do presbítero, da Reconciliação e da Unção dos Enfermos revelam essa preocupação do Cristo com o acolher bem a todos e, principalmente, àqueles mais necessitados.

A Eucaristia é plenificação dessa acolhida, o levar à Comunhão. Frei Evandro declarou ainda que nesses seis meses de convivência e trabalho com Frei Jeâ, já pôde dar testemunho de seu jeito simples e acolhedor para com todos. Durante a celebração, Frei Jeâ ainda assinou seu compromisso de conformidade e obediência à Igreja, assumindo-o publicamente com as mãos sobre o Evangelho.

No ofertório, suas irmãs trouxeram uma cesta com gravetos, espigas e milho debulhado e ainda balas de nata, lembrando sua infância, os trabalhos comuns e caseiros. O clima de gratidão e alegria se voltou para a devoção a Nossa Senhora quando, ao final da celebração, os noviços entoaram o canto tradicional em Angola Mama Muxima (Mãe do coração), direcionando nossa oração à Mãe Aparecida e pedindo sua bênção para todos nós, para as crianças, jovens, para Angola, o Brasil e o mundo, para os frades e especialmente ao Frei Jeâ.

“Mãe do coração”, diz o refrão do canto, “vimos a ti, recebei-nos, ajudai-nos, dai-nos tua bênção”…

Mama muxima tueza kokue

Mama muxima tutambulule

Mama muxima tu kuatekese

Mama muxima tubane dibesa