Centenas de pessoas estiveram na Catedral de Santo Antônio de Duque de Caxias (RJ) para celebrar e festejar São Francisco de Assis na Missa promovida pelo Colégio São Francisco, obra da Província da Imaculada Conceição do Brasil, e com a participação da Fraternidade Santo Antônio, da Ordem Franciscana Secular (OFS).

A celebração foi presidida pelo Administrador da Diocese de Duque de Caxias e São João de Meriti, padre Renato Gentille, e concelebrada pelo Frei Walter Ferreira Júnior, OFM, pároco da Paróquia São João Batista de São João de Meriti, e pelo diácono permanente João Quirino. Além dos professores, alunos, familiares e colaboradores, a cerimônia atraiu devotos do santo e irmãos da OFS que foram festejar a data e comemorar os 52 anos de vida fraterna da Fraternidade Santo Antônio.

A celebração faz parte da programação da Semana Franciscana promovida pela OFS que tem como objetivos difundir o carisma franciscano na Catedral de Santo Antônio e tornar presente as raízes da presença franciscana na Baixada Fluminense.

Em sua homilia, frei Walter destacou a alegria celebrar a festa de São Francisco que foi considerado no século passado o homem do milênio e que ainda hoje encanta as pessoas pelo modo de vida por ele vivido. Frei Walter fez uma reflexão sobre o itinerário vocacionalde Francisco e realçou que a grande descoberta da vida do santo foi ter encontrado Jesus Cristo no Evangelho. O seu desejo de conhecer e viver a mensagem de Cristo no Evangelho transformou para sempre a vida de Francisco e o fez descobrir a presença viva de Cristo em sua vida e também a encontrá-la na vida das crianças, dos idosos e dos leprosos de sua época.

Francisco descobriu a presença de Deus e sua infinita bondade em toda a obra da Criação, pois Deus criou o homem e o colocou na terra para dominar todos os seres vivos e celebrar a glória do Criador. Frei Walter encerrou sua homilia convidando os fiéis a fazer a mesma descoberta do Cristo vivo feita por São Francisco no Evangelho.

No encerramento da celebração os alunos do Colégio São Francisco encenaram um musical narrando os momentos mais marcantes da vida do santo de Assis desde seu nascimento, passando pela sua conversão e o chamado de Cristo através do Crucifixo de São Damião, sua experiência fraterna com os frades e a conversão da jovem Clara de Assis.

A celebração foi encerrada com a comemoração dos aniversariantes e a tradicional Bênção de São Francisco. Após a Santa Missa, muitos dos presentes trouxeram seus animais de estimação para serem abençoados e louvar o Altíssimo e Bom Senhor pelo dom da vida e por toda a obra da Criação.

Histórico da Fraternidade Santo Antônio
A Fraternidade Santo Antônio foi erigida canonicamente em 03 de outubro de 1960, autorizada por Dom Manoel Pedro da Cunha Cintra, bispo da Diocese de Petrópolis, conforme licença assinada em 17 de setembro de 1960 pelo Monsenhor Gentil Costa, Secretário do Bispado, pois a época, a Cidade de Duque de Caxias pertencia a Diocese de Petrópolis. No dia 02 de outubro de 1960, frei Matheus Hoepers, OFM, que a época exercia o cargo de Comissário Provincial da Província da Imaculada Conceição do Brasil, redigiu de próprio punho o termo de ereção canônica da Fraternidade da Ordem Terceira em Duque de Caxias que, “sob a invocação e patrocínio de Santo Antônio, estando presentes como testemunhas o R. Padre Superior e Vigário Frei Teodoro Zimmermann e o R. Padre Diretor Frei Urbano Monteiro”.

Somam-se aos esforços dos frades, as orações e o empenho de valorosos irmãos da Fraternidade São Sebastião dos frades capuchinhos e Santo Antônio do Convento do Largo da Carioca, ambas no Rio de Janeiro. Estes precederam a fraternidade na caminhada e contribuíram para a fundação da Fraternidade Santo Antônio, e assim proporcionar ao povo de Duque de Caxias o seguimento do Santo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo nos passos de São Francisco de Assis.

Frei Urbano Monteiro, primeiro assistente espiritual, deixou registrado, à época, no livro de crônicas da fraternidade sua expectativa sobre a fundação da Fraternidade Santo Antônio de Duque de Caxias: “A semente é pequena, como o grão de mostarda da parábola do Divino Mestre. Mas o zelo e o fervor dos primeiros nos levam à esperança de que num dia não muito remoto a árvore seja frondosa. Deus assim o permita, para sua maior glória e santificação e edificação de muitas almas”.