Santuário do Divino Espírito Santo celebra São Francisco em Vila Velha
07/10/2024
A Paróquia Nossa Senhora do Rosário se reuniu para celebrar solenemente São Francisco de Assis, na noite de sexta-feira, 4 de outubro, no Santuário do Divino Espírito Santo, em Vila Velha (ES). Com muita alegria, acolhemos nossas dez comunidades, os Frades do Convento da Penha, a Ordem Franciscana Secular e os frades da fraternidade paroquial.
Agradecemos a Deus por mais uma meta alcançada pela Pastoral da Ecologia, que, com a participação e consciência ambiental de muitas pessoas, conseguiu arrecadar mais uma tonelada de tampinhas, revertida em recursos para a compra da quarta cadeira de rodas.
A Solenidade de São Francisco de Assis nos levou a recordar o santo que fascina a todos pelo seu jeito simples de ser: pobre, serviçal, gratuito e fraterno. Ele doou-se inteiramente, de maneira serena, fazendo de sua vida a mais bela oferta de amor, cultivando um profundo respeito pela pessoa humana e construindo fraternidade a partir do afeto. Nesse dia, em que se conclui o Tempo da Criação, instituído pelo Papa Francisco, estivemos unidos a São Francisco de Assis, dedicando especial cuidado à criação de Deus e aos mais vulneráveis da nossa sociedade.
A Santa Missa do dia do Santo Seráfico foi presidida pelo pároco, Frei Vanderlei da Silva Neves, e concelebrada por Frei Adriano Dias do Nascimento, Frei Clarêncio Neotti, além dos frades do Convento de Nossa Senhora da Penha e do diácono permanente Luiz Claudio Campelo.
A reflexão sobre o Evangelho do dia foi feita pelo Frei Clarêncio, vigário paroquial, que começou dizendo: “Francisco pobre, entra rico no céu!”. A homilia do frade foi uma espécie de crônica da vida do santo, com destaque para as seguintes partes refletidas:
Francisco entregou o espírito ao seu Deus ao entardecer do dia 3 de outubro. Seu último pedido foi que o desnudassem e o colocassem no chão. Enquanto morria, as cotovias e a multidão cantavam em torno de sua cela, e os confrades, inclusive o Ministro geral, contemplavam no magérrimo corpo do santo o milagre das Chagas de Cristo.
Os pássaros cantavam, os frades órfãos choravam, mas, ao mesmo tempo, transbordavam de alegria ao ver e beijar os sinais do amor divino em seu corpo.
Todos os dias, ele falava continuamente de Jesus, de forma doce, suave e cheia de amor. A fonte desse amor iluminado, que enchia todo o seu interior, extravasava.
Francisco quis morrer nu, assim como Cristo foi pregado nu na cruz. Sem nada de próprio, na profunda pobreza e no total desapego, como Cristo no Calvário.
Na mesma manjedoura e na mesma cruz, Francisco viu a nulidade e também a abundância. Pois, no coxo e na cruz, estavam a plenitude da graça, da bondade e da misericórdia.
Francisco é, ao mesmo tempo, o santo das Chagas e o da perfeita alegria. O santo da nudez e o santo da abundância. Um colaborador de Cristo que, nada possuindo, tudo tem!
Texto e fotos: Isabela de Sousa Ladeira- Paróquia Nossa Senhora do Rosário