Frei Alvaci Mendes da Luz

Mais uma semana se passou e continuamos proclamando aos quatro cantos da terra que o Senhor ressuscitou verdadeiramente. Que não há vitória da morte sobre a vida, pelo contrário é sempre a vida que vence… Esta certeza foi o que moveu os discípulos e seguidores de Jesus, fazendo com que eles se tornassem os grandes divulgadores desta boa nova.

O evangelho deste fim de semana nos apresenta Jesus, que mais uma vez aparece aos seus. As narrativas evangélicas pós-domingo de Páscoa insistem na ressurreição como fato real, concreto, objetivo.

O Senhor ressuscitou verdadeiramente. Este é o centro do anúncio cristão; aqui está o centro da história da salvação; é o que celebramos toda vez que nos reunimos para fazer memória da morte e ressurreição de Jesus. Quando dizemos que Jesus ressuscitou, não estamos dizendo que ele voltou a viver a vida biológica que vivera antes da morte na cruz; nem que sobreviveu à morte por estar dotado de uma alma imortal; nem que foi recriado do nada pela onipotência divina.

Aquele que ressuscitou é aquele mesmo que morreu na cruz; aquele que morreu na cruz, foi descido dela e colocado num túmulo, ressuscitou verdadeiramente.

Hoje nós o encontramos em sua palavra proclamada e anunciada, na assembleia reunida para celebrar sua memória, no mistério do pão e do vinho consagrados; nos famintos, doentes, pobres e excluídos.

A todos ele continua a repetir a frase inicial do encontro com os discípulos: “A paz esteja convosco!” E mais: em todos aqueles que são seu rosto no mundo de hoje, repete a mesma frase usada com autoridade para aqueles que hesitavam em acreditar: “Toquem em mim e vejam, sou eu mesmo!”.

É ele mesmo que continua a caminhar conosco, do nosso lado, em nossas vidas…