Notícias - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

Papa Francisco: “Natal sem Jesus é uma festa vazia”

17/12/2017

Papa Francisco

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Ao saudar as crianças que foram à Praça São Pedro para a bênção dos “Bambinelli”, chamou a atenção do Papa uma faixa entre a multidão que dizia: “O Oratório é precisamente para cada um de nós, sempre há um lugar para ti”. E é importante que sempre exista um lugar para o Menino Jesus, ressaltou Francisco.

No terceiro Domingo do Advento, tradicionalmente crianças romanas – numa iniciativa do Centro Oratórios Romanos – levam até a Praça São Pedro os “Bambinelli”, ou seja, o Menino Jesus que será colocado no Presépio em suas casas, para receber a bênção do Papa.

Após rezar o Angelus com os fiéis reunidos na Praça São Pedro, Francisco saudou com afeto as crianças, convidando-as a deixarem-se atrair pela ternura do Menino Jesus quando rezarem diante do Presépio, alertando que sem Jesus, o Natal é uma festa vazia.

“Quando rezarem em casa, diante do Presépio com os familiares de vocês, deixem-se atrair pela ternura do Menino Jesus, nascido pobre e frágil em meio a nós, para nos dar o seu amor. Este é o verdadeiro Natal. Se tirarmos Jesus, o que permanece do Natal? Uma festa vazia. Não tirem Jesus do Natal: Jesus é o centro do Natal, Jesus é o verdadeiro Natal, Jesus é o verdadeiro Natal, entenderam?”

A alegria do cristão “não se compra”, jamais devemos perdê-la, mesmo quando as coisas não acontecem, segundo os nossos desejos. Este o encorajamento do Papa Francisco durante a oração do Angelus neste domingo, 17 de dezembro, dia em que Bergoglio comemora 81 anos de vida.

O Santo Padre assomando à janela do apartamento pontifício do Palácio Apostólico do Vaticano para recitar o Angelus com os fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro e com a as crianças com seus Meninos Jesus que aclamam “Papa Francisco”, falou do terceiro domingo de Advento, chamado ‘Domingo da alegria’.

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“Queridos irmãos e irmãs – disse Francisco – a liturgia nos convida a colher o espírito com que tudo isso acontece, isto é, precisamente, a alegria. São Paulo nos convida a preparar a vinda do Senhor assumindo três atitudes: a alegria constante, oração perseverante e a contínua ação de graças”.

O Papa se detém sobre a primeira atitude: “Vivam sempre contentes”, exorta o apóstolo. Vale dizer, permanecer sempre na alegria, mesmo quando as coisas não acontecem segundo os nossos desejos. Mas há a alegria profunda que é a paz, e a paz é uma alegria.

“As angústias, as dificuldades e os sofrimentos atravessam a vida de cada um, e tantas vezes a realidade que nos circunda parece ser inóspita e árida, semelhante a um deserto no qual ecoava a voz de João Batista, como recorda o Evangelho de hoje”.

Mas precisamente as palavras do Batista revelam que a nossa alegria baseia-se na certeza de que este deserto é habitado.
“No meio de vocês está quem vocês não conhecem”, diz. Trata-se de Jesus, o enviado do Pai que vem, como sublinha Isaías, “a trazer a boa nova aos humildes, a curar os corações doloridos, a anunciar a liberdade dos escravos, a libertação dos prisioneiros, a proclamar um ano de graças do Senhor’.

“Estas palavras, que Jesus fará suas no discurso na sinagoga de Nazaré, – explica o Papa – esclarecem que a sua missão no mundo consiste na libertação do pecado e das escravidões pessoais e sociais que ele produz. Ele veio sobre a terra para restituir aos homens a dignidade e a liberdade de filhos de Deus, que somente Ele pode comunicar”.

A segunda atitude se baseia na oração perseverante. “Por meio da oração, – observa o Papa -, podemos entrar em uma relação estável com Deus, que é a fonte da verdadeira alegria. A alegria do cristão não se compra, vem da fé e do encontro com Jesus Cristo, razão da nossa felicidade. Quanto mais estivermos arraigados em Cristo, tanto mais encontraremos a serenidade interior, mesmo em meio às contradições cotidianas”.

Por isto o cristão, – continuou Francisco – “tendo encontrado Jesus, não pode ser um profeta da desventura, mas uma testemunha e um arauto da alegria. Uma alegria a ser compartilhada com os outros; uma alegria contagiosa que torna menos cansativo o caminho da vida”.

A terceira atitude indicada por Paulo – disse Bergoglio – é a contínua ação de graças, ou seja, o amor agradecido a Deus.
“Ele, de fato, é muito generoso para conosco, e nós somos convidados a reconhecer sempre seus benefícios, o seu amor misericordioso, a sua paciência e bondade, vivendo assim em um incessante agradecimento”.

“Alegria, oração e gratidão são três comportamentos que nos preparam a viver o Natal de modo autêntico”. Neste último período do tempo do Advento, confiemos nossa vida à materna intercessão da Virgem Maria. Ela é “causa da nossa alegria, não somente porque gerou Jesus, mas porque nos envia continuamente a Ele”.

O Papa concluiu exortando os fiéis presentes na Praça: “Vamos repetir todos juntos: alegria, oração e ação de graças”.

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81 ANOS
O Papa Francisco completou 81 anos este domingo. E a festa, com pizza, foina parte da manhã, na Sala Paulo VI, com as crianças assistidas no Dispensário Pediátrico Santa Marta. “A alegria das crianças… A alegria das crianças é um tesouro. As crianças alegres”, exclamou o Papa, falando de improviso aos voluntários, pais e crianças presentes.

“E devemos fazer de tudo para que eles continuem a ser alegres, porque a alegria é como uma terra boa. Uma alma alegre é como uma terra boa que faz crescer bem a vida, com bons frutos. E por isto se faz festa: se busca sempre a proximidade do Natal para nos reunirmos, para fazer esta festa para eles”.

O Papa deu alguns “conselhos aos pais, pedindo inicialmente para que a alegria das crianças fosse protegida: “Não entristeçam as crianças. Quando as crianças veem que existem problemas em casa, que os pais brigam, sofrem. Não entristeçam as crianças. Elas devem crescer com alegria”.

O segundo conselho, para que as crianças possam crescer bem, é fazer com que falem com os avós, “porque eles têm memória, têm raiz e serão os avós a dar as raízes às crianças”: “Por favor – pediu – que não sejam crianças sem raízes, sem memória de um povo, sem memória da fé, sem memória de tantas coisas que fizeram a história, sem memória de valores. E quem ajudará as crianças a fazer isto? Os avós”.

Por fim, o terceiro conselho: ensinar as crianças a falar com Deus. “Que aprendam a rezar, a dizer aquilo que sentem no coração”. “Alegria, falar com os avós, com os idosos, e falar com Deus. De acordo? Todos de acordo? Desejo a vocês um lindo dia, com muita festa. E comam 4 metros de pizza: comam bem, que vos fará bem, faz crescer. E, avante! Obrigado! Obrigado!”


Fonte: Vatican News