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Ouça o álbum “Canto Gregoriano”, do Coral dos Canarinhos de Petrópolis

26/08/2022

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Imagem da capa do CD “Canto Gregoriano”, do Coral dos Canarinhos de Petrópolis

Petrópolis (RJ) – Disponível nas principais plataformas de áudio, está no ar o álbum “Canto Gregoriano”, lançado originalmente em CD no ano de 1994 pelo Coral dos Canarinhos de Petrópolis, sob regência do saudoso Frei José Luiz Prim, em memória.

Frei Prim foi presidente do Instituto dos Meninos Cantores de Petrópolis, regente do Coral dos Canarinhos e fundador do Coral das Meninas dos Canarinhos. Na ocasião do lançamento ressaltou que o Coral dos Canarinhos – na época com 52 anos -, seguindo a tradição da Igreja, sempre cultivou o Canto Gregoriano. “Com isso, participou diretamente da oração cantada na Igreja universal. A maior parte das músicas da presente gravação continuam sendo cantadas na época litúrgica apropriada. Não se trata, pois, de um artifício oportunista para aproveitar certa “onda” de mercado. É a expressão autêntica de uma longa vida de coro”, frisou.

A gravação foi realizada na Igreja do Sagrado Coração de Jesus, a mesma em que o coro vem cantando todos os domingos, há 80 anos. Os trechos em polifonia pretendem ilustrar como o Canto Gregoriano tem inspirado grandes compositores no correr dos tempos.

“Os “Canarinhos” de Petrópolis sentir-se-ão recompensados se a presente gravação conseguir aproximar as pessoas da bondade e da beleza de Deus, dando-lhes assim o prêmio da Paz interior”, destacou Frei Prim em 29 de junho de 1994.

PORQUE O NOME “CANTO GREGORIANO”?

Por causa do Papa São Gregório Magno, que governou a Igreja de 590 a 604. Pessoas pouco informadas chegaram a pensar que o Papa São Gregório houvesse inventado o Canto Gregoriano. Porém, a maior parte dos compositores são anônimos e o Canto Gregoriano foi se formando no correr de séculos. Em meio à grande profusão de material existente, Gregório Magno desejava organizar a vida litúrgica da Igreja. Por isso, colecionou tudo que lhe foi possível; selecionou o melhor e completou o que faltava, conseguindo “editar” livros completos para o ciclo litúrgico. O mais famoso de todos foi o Antifonário, que por muitos anos se guardou acorrentado junto à Sé Apostólica. Uma vez realizada sua obra de pesquisa e edição, Gregório a promulgou como norma e modelo para toda a Igreja Romana Ocidental. Para conseguir seu objetivo, o Papa fundou em Roma a célebre “Schola Cantorum”, a Escola dos Cantores, onde se ensinava o canto “típico” de Roma, que dali se irradiava para todas as dioceses da Europa. Foram numerosos os mosteiros e abadias que enviaram a Roma algum “discípulo”, que ao retornar realizava o trabalho missionário de ensinar o verdadeiro canto romano. Devido aos méritos de Gregório Magno, mais tarde chamou-se de “Canto Gregoriano”.


Frei Augusto Luiz Gabriel