Na Paróquia Bom Jesus dos Perdões, a festa é toda de Santo Antônio
15/06/2023
Na capital paranaense, a chuva não foi um empecilho para que os devotos de Santo Antônio fossem prestigiar a 29ª edição da festa na Paróquia Bom Jesus dos Perdões na terça-feira, 13 de junho. Apesar do Padroeiro ser o Senhor Bom Jesus, Santo Antônio já é tradição há 29 anos nesta Paróquia, os devotos vêm todo ano na expectativa de achar o santinho no bolo para fazer o seu pedido.
Foram seis celebrações ao longo do dia e, em todas elas, a igreja esteve cheia, desde às 7h até a última do dia, celebrada às 20h. Na primeira celebração do dia, presidida pelo guardião da Fraternidade, Frei José Idair, ele reafirmou a necessidade de se ter sempre em mente que santidade é para todos: “São Francisco nos ajuda a tomar alguns cuidados quando ele diz que ‘muita gente busca a salvação contando aquilo que os santos fizeram, mas eles nada se esforçam por fazer o que os santos fizeram’. Falar de Santo Antônio dá para falar bastante, agora fazer o que santo Antônio fez, esse é o grande desafio. Até porque santidade nunca foi, não é e nunca será privilégio de alguns, mas caminho para todos”.
Logo após a celebração, às 8h, as barracas típicas da festa já estavam prontas e funcionando plenamente. Alguns voluntários do tradicional bolo de Santo Antônio já estavam trabalhando desde às 5h para que tudo acontecesse como o planejado, a demanda foi tão grande que as 22 toneladas iniciais de bolo não foram o suficiente para os dias da trezena e foi preciso fazer e montar mais bolos para que no dia 13 não viesse a faltar.
Às 9h30, a celebração foi presidida pelo Frei Florival Mariano, que deu ênfase na história do santo com o Cristo, com a Palavra, era o homem do Evangelho, “[Santo Antônio] é o santo da caridade, da concórdia, da proclamação da palavra, que carrega a cruz, é da doçura, da humildade […], mas eu queria chamar especial atenção para o menino Deus que ele carrega em seus braços, e isso porque ele era íntimo de Deus, íntimo da Palavra, ele proclamou com a sua vida o Evangelho para todas as criaturas, ao ponto de dizer que se extinguissem o livro dos Evangelhos ele seria capaz de reescrevê-los novamente”. É na Palavra que nos identificamos com Cristo e então nossas atitudes ganham sentido.
Ao meio-dia a celebração foi presidida pelo Frei José Idair e concelebrada pelos confrades da Fraternidade local: Frei Evaldo Ludwig, Frei Heitor Cela, Frei James Girardi, Frei José Alamiro, além disso estiveram presentes Dom Frei Diamantino Prata, Frei Daniel Dellandrea e Frei Alexandre Magno. A pregação foi feita pelo Frei Evaldo que trouxe uma importante reflexão, é preciso que sejamos sal da terra, é preciso que façamos com amor as nossas coisas, se cozinhamos que seja com amor, se rezamos, que seja com amor! Ao final da celebração, Frei José Idair agradeceu a cada membro da fraternidade pelo apoio na trezena, seja pelas missas celebradas, pelas orações e pelo trabalho duro na organização e preparação. O sucesso da trezena foi confirmado pela salva de palmas da igreja lotada em agradecimento à fraternidade e aos voluntários que foram indispensáveis nesta tarefa. Frei Evaldo ainda contou que pela manhã a imprensa buscava gravar a fila do bolo, mas que, pelo aumento no número dos voluntários, não ocorreu.
Às celebrações das 15h teve a presidência do Frei Alexandre Magno, mestre dos frades de Rondinha que também estiveram ajudando na festa de Santo Antônio. Em sua reflexão enfatizou a necessidade do outro, do cuidado com o próximo: “Na nossa escola franciscana, a nossa relação não é apenas entre cada um de nós e Deus, mas é entre nós, irmãos, Deus. Passa pela dimensão do outro, do cuidado”.
Frei Daniel Dellandrea, definidor provincial, foi quem presidiu a celebração das 18h. Alegrou-se com a presença dos fiéis na festa do santo franciscano tão importante para a Igreja e para a ordem. Reforçou o aspecto da humildade na vocação de Santo Antônio que soube estar com os pobres e estar próximo de Cristo.
A última celebração do dia foi presidida pelo Frei James Luiz Girardi às 20h e, apesar do frio e da chuva fina que se faziam persistentes ainda esse horário, atraiu muitos fiéis. Frei James ressaltou aspectos importantes da vida de Santo Antônio, ele que foi cônego regular Agostiniano foi convertido pro testemunho de cinco mártires franciscanos que voltavam do Marrocos.
o fim da noite, a festa foi um sucesso, milhares de fiéis receberam as bênçãos dos frades de Rondinha durante o dia, puderam se divertir, rezar e prestigiar a festa de Santo Antônio! Que Deus abençoe cada um que nos ajudou e apostou na nossa proposta de edificar o Reino através das ações sociais promovidas pela paróquia!
Frei Gilberto Silveira da Costa Junior, OFM.