Notícias - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

Livro de José Pagola entre os lançamentos da Vozes

05/07/2021

Notícias

Cristo ressuscitado é nossa esperança  – José Antonio Pagola

Depois de um livro dedicado a Recuperar o projeto de Jesus e um segundo intitulado Anunciar Deus como uma Boa-nova, neste livro vou tratar de um tema crucial: Cristo ressuscitado é a nossa esperança, cujos objetivos são reavivar o ânimo das comunidades cristãs e despertar a esperança, com frequência adormecidos.

Às vezes esquecemos que foram o encontro com Jesus ressuscitado e sua presença viva nas primeiras comunidades que tornaram possível voltar a segui-lo. É o Ressuscitado quem chama seus discípulos novamente, restaura o relacionamento com eles e define o caminho que devem seguir. A possibilidade de seguir o Jesus vivo ao longo da história começa, na verdade, com a ressurreição de Jesus.

Este trabalho faz parte de um projeto que visa a dinamizar paróquias e comunidades cristãs como uma resposta ao chamado do Papa Francisco, que nos convida a promover uma nova etapa de evangelização. Estas foram suas palavras: “Quero me dirigir aos fiéis cristãos para convidá-los a uma nova etapa de evangelização, marcada pela alegria de Jesus, e para indicar os caminhos que a Igreja deve seguir nos próximos anos”. O objetivo específico deste projeto é ajudar as paróquias e as comunidades cristãs a promover, de maneira humilde, mas lúcida e responsável, um processo de renovação.


Breve tratado sobre Deus, o ser humano e sua felicidade – Baruch de Espinosa

“Que o ser humano tenha a ideia de Deus é claramente verificável pelo fato de ele conhecer seus atributos, atributos que não podem ser produzidos por ele, já que é imperfeito. Mas que ele conhece esses atributos é evidente; na verdade, o ser humano sabe, por exemplo, que o infinito não pode ser formado de diversas partes finitas; que não existem dois infinitos, mas apenas um; que é perfeito e imutável. Sabe também que nada busca, por si mesmo, a própria destruição e que o infinito não pode se tornar algo melhor, pois é perfeito, e, se mudasse, não o seria; e, finalmente, que não pode ser subordinado a outra coisa, pois é onipotente etc.”


O poder transformador dos sentimentos negativos – Anselm Grün e Bernd Deininger

Este livro aborda os chamados “Sete pecados capitais”, como a Igreja Católica há muito tempo os define. Mas a expressão é enganosa. Segundo a teologia católica, um pecado capital é um pecado consciente, deliberado e grave. Mas o conceito dos “sete pecados capitais”, que vigora desde a Idade Média, é perigoso e ameaça a vida de muita gente ainda hoje.

É por isso que Bernd Deininger, como psicanalista, e Anselm Grün, como monge, observam essas ameaças, um pelo lado psicológico, outro pelo espiritual. O psicanalista frequentemente os vê como questões existenciais e falta de maturidade, naturalmente fora do viés dos “pecados capitais”. Ele apenas explica como eles colocam em risco a humanidade e como podem nos causar doenças.

Anselm Grün, como monge, parte da tradição dos monges antigos. Para os monges, esses “demônios” são paixões que devem ser vencidas. Eles não responsabilizam tais demônios por seus problemas, como alguns fazem hoje, procurando pessoas que possam exorcizá-los. Os monges assumiam a responsabilidade por seus próprios pensamentos e paixões, assumiam a própria luta. Para lutar com alguém ou algo, é preciso identificá-lo. Portanto, os monges chamavam esses demônios de Logismoi (paixões). No entanto, não os consideravam obsessões, como se faz hoje, no sentido de responsabilizar outros seres por nosso estado mental. Para Evágrio não importa que o ser humano traga os Logismoi em si próprio, a questão é saber lidar com eles de modo que eles não o dominem. Nos Logismoi – ou seja, nas paixões – há uma força, um poder transformador que deve ser usado pelo monge. O objetivo dessa luta é a libertação do apego patológico às paixões. Trata-se, portanto, de um comando interno pela purificação das emoções que atordoam o pensamento. (Da obra)

Orgulho, avareza, inveja, raiva, luxúria, gula e preguiça, na tradição cristã, são chamados de sete pecados capitais. Por séculos, eles foram o assunto da teologia cristã: eles eram vistos como um grave pecado contra Deus, que as pessoas deveriam evitar. Hoje temos dificuldade de lidar com esses termos porque os conectamos com questões morais e uma visão de mundo que nos parece desatualizada. Mas se olharmos mais de perto os aspectos psíquicos e espirituais que estão por trás desses termos, perceberemos que eles ainda são altamente relevantes. Como emoções e forças negativas, elas dominam a nossa vida e causam infelicidade. Porém, a anergia que possuem pode revelar-se uma força disponível para promover uma transformação benéfica em nossa vida. (Da obra)


Educação profissional inclusiva – Sandra Freitas de Souza e Maria Auxiliadora Monteiro Oliveira

O estudo apresentado neste livro versa sobre a atuação dos professores da educação profissional, de Ensino Médio, com pessoas com deficiência. O interesse por esta temática consubstanciou-se em verificar como esses docentes vêm desenvolvendo atividades pedagógicas diferenciadas, em suas aulas, na perspectiva da Educação Inclusiva e como têm se dado suas formações para a realização desse trabalho, que objetiva a inserção dos estudantes no mundo laboral. Constata-se uma carência de estudos nessa área, mas ela se torna importante na medida em que os sujeitos com deficiência vêm alcançando patamares cada vez mais altos de escolaridade, através da proposta de Educação Inclusiva, que se tornou um imperativo do final do século XX e início do XXI. O estudo se justifica, tendo em vista que, embora a proposta de Educação Inclusiva tenha adentrado nas escolas nos anos de 1990, as dúvidas dos professores sobre as ações pedagógicas a serem realizadas com estudantes com deficiência parece que não foram solucionadas, podendo ser dirimidas através de uma capacitação adequada. Em síntese, os resultados obtidos com a conclusão deste trabalho comprovaram a carência de formação dos professores sujeitos deste estudo no que tange às suas capacitações para a Educação Inclusiva, o que prejudica seus trabalhos com os estudantes com deficiência nos cursos profissionalizantes do Ensino Médio. (Da obra)

Desde o final do século XX, através de um movimento mundial sobre a inclusão de pessoas com deficiência nos espaços sociais comuns a todos, as escolas passaram a ser consideradas como um local de excelência para proporcionar a esses sujeitos melhores condições de aprendizagem e desenvolvimento. Com isso, as pessoas com deficiência puderam alcançar etapas mais avançadas de escolaridade, o que lhes proporcionou melhores condições de inserção, tanto social quanto no mundo do trabalho. Neste livro, com foco na educação profissional de nível médio, são trazidas algumas orientações sobre como as escolas em geral, e os professores, em particular, podem oferecer aos sujeitos com deficiência uma educação que lhes dê melhores condições de vida e de alcançarem empregos mais qualificados. (Da obra)


Ment, self e sociedade – George Herbert Mead

Esta obra contém uma apresentação geral do sistema de psicologia social de George H. Mead. Suas ideias sobre o tema se desenvolveram a partir de 1900, na Universidade de Chicago, ao longo de um curso muito famoso e de larga influência intitulado “Psicologia Social”. Ano após ano, alunos interessados em psicologia, sociologia, linguística, educação, filantropia e filosofia assistiam ao curso, em geral muitas vezes seguidas. E foram inúmeros os livros publicados por diversos de seus estudantes, comprovando o impacto das ideias de Mead. Este volume contém uma grande dose de valiosas in- formações para leitores com interesses similares. Para sucessivas levas de alunos que vinham ouvi-lo, os pontos de vista de Mead – ao mesmo tempo eruditos e humanitários – serviam como farol de orientação para toda a sua vida intelectual e valorativa.  (Extrato da obra).

Todos os livros com o nome de Mead foram publicados postumamente. Contudo, nenhum deles tornou-se tão influente quanto esta obra inovadora em psicologia social. Charles Morris, a cujo trabalho editorial devemos a existência desta obra, e sem cujos esforços as ideias de Mead talvez se perdessem, provavelmente tinha razão quando disse em seu prefácio que, caso tivesse vivido mais tempo, Mead provavelmente não teria escrito o livro que gostaríamos de ter em mãos. Na época em que morreu, outras questões ocupavam o centro de suas atenções. Isso quer dizer que temos de contar com o presente trabalho sem jamais saber se Mead teria aceito o que lemos como sendo de sua autoria.

Dado o fato de que nenhuma coletânea dos artigos de Mead – por mais desejável que uma coletânea completa pudesse ser – pode substituir a síntese de suas ideias que encontramos em Mente, self e sociedade – e dado o fato de que não existem manuscritos originais inéditos que pudessem ter sido resgata decidiram seguir por este caminho: corrigimos os óbvios erros tipográficos e de outra natureza que o texto continha, completamos as referências bibliográficas e, o mais importante, acrescentamos um apêndice que proporciona ao leitor a oportunidade de encontrar informações precisas, capítulo a capítulo, sobre como o texto foi composto por Charles Morris no início da década de 1930. Esse apêndice, resultado do meticuloso esforço de pesquisa de Daniel Huebner, é uma fonte indispensável de informações sobre quais termos de grande significação intelectual (como a caracterização da abordagem de Mead ao “behaviorismo social”) foram introduzi- dos pelo editor original e não deveriam ser atribuídos ao próprio Mead.


Sonhos – C.G. Jung

No século XX, Jung tem sido associado principalmente com o sonho. Os dois primeiros ensaios do presente volume descrevem a primeira abordagem do sonho feita por Jung durante sua carreira de psiquiatra e psicanalista. Aqui ele se empenha em mostrar como uma nova hermenêutica racional pode explicar o simbolismo obscuro dos sonhos. Em 1912, Jung tivera alguns sonhos marcantes que ele não entendeu. No primeiro, ele se encontrava numa cidade do sul onde encontrou ao meio-dia um guarda de alfândega austríaco, que alguém descreveu como aquele que não podia morrer. Depois viu um cavaleiro do século XII com uma cruz maltesa que aparecia todos os dias na mesma hora. Freud foi incapaz de interpretar o sonho. No segundo sonho, Jung sonhou que estava com seus filhos num saguão aberto cheio de colunas, em torno de uma mesa cujo tampo era uma pedra verde-escura. Uma gaivota ou uma pomba voou para cima da mesa e de repente se transformou numa garota de oito anos, que brincou com seus filhos. Depois a garota se transformou novamente em pássaro e disse a Jung que ela só podia tornar-se humana na primeira hora da noite, quando a pomba-macho está ocupada com os doze mortos. Estes sonhos levaram Jung a voltar aos seus sonhos da infância e prestar renovada atenção a seus sonhos e fantasias. (Do prefácio de Sonu Shamdasani)

O sonho não é, de modo algum, uma mistura confusa de associações casuais e desprovidas de sentido, como geralmente se admite; também não é simples decorrência de estímulos somáticos surgidos durante o sono, como muitos acreditam; mas é um produto autônomo e muito importante da atividade psíquica e, como todas as outras funções psíquicas, passível de uma análise sistemática.As sensações orgânicas durante o sono não são a causa do sonho. Desempenham papel secundário e fornecem apenas os elementos constitutivos (o material) da atividade psíquica. Segundo Freud, o sonho é, como qualquer produto psíquico complexo, uma criação, uma obra que tem seus motivos, suas cadeias prévias de associações. Ele é, como uma ação refletida, o resultado de um processo lógico da disputa entre diferentes tendências, das quais uma alcançará a vitória. Como tudo o que fazemos, também os sonhos possuem um significado”. (Extrato da obra)


Consciência jurídica dos direitos humanos – Crisóstomo Pinto Ñgala

Consciência jurídica dos direitos humanos, este é um convite que leva o leitor a fazer um itinerário filosófico e refletir em torno de elementos jurídicos a serem considerados necessários para garantir a segurança social por meio da segurança jurídica. O autor apresenta fundamentos teóricos que revelam a real situação da crise jurídica que as sociedades vivem, que tem ampliado a cultura da violência, da pena e do castigo, e a compreensão de que do estado de exceção passou-se ao estado da normalidade. Tudo se tornando normal ou banal. O convite conduz o leitor a fazer um silêncio metafísico, pensar a respeito de uma possível revisão dos marcos jurídicos obsoletos e repropor uma consciência jurídica que supere distorções de princípios razoáveis criados por interesses normativos e inconfessos, como normativo para a garantia da dignidade humana. Este é um itinerário que leva a ter uma consciência jurídica que compreende a igualdade e a dignidade, o ambiente e as oportunidades que favorecem e fortalecem a condição humana, como condição da socialização. Pois, o meio, o ambiente e os demais fatores circunstanciais influenciam no comportamento aceitável ou na conduta desviante.

Quase ninguém questiona as distorções em torno dos direitos humanos. É quase unânime que as pessoas, as sociedades e as instituições devem proteger, promover e garantir os direitos humanos. O autor reafirma a necessidade de garantir, proteger e promover os direitos de todos, porém leva a pensar na aplicação coerente e necessária do direito e da justiça. Pois, as garantias fundamentais são parte da condição humana, que é viver socialmente e regular as relações. Uma consciência jurídica dos direitos humanos é um despertar para a consciência da importância e do papel da justiça, sua essência e funcionalidade na vida em sociedade. (Trecho da obra)


Quatro arquétipos – C.G. Jung

Em sua grande obra de 1912, Transformações e símbolos da libido, Jung argumentou que, por baixo da superfície da consciência moderna, as formas míticas da Antiguidade continuaram a ter uma existência subterrânea, aflorando em sonhos, fantasias e alucinações. Ele lhes deu o nome de imagens primordiais e as interpretou como símbolos da energia psíquica, descrevendo seus movimentos típicos. Em 1919, ele usou o termo “arquétipo” para descrever estas formas. Na visão de Jung, nos níveis mais profundos da subjetividade deparamo-nos com o que é quintessencialmente humano e comum a toda a humanidade. Jung chegou a considerar a tarefa da individuação como sendo uma tarefa de chegar a um acordo com o passado acumulado da herança humana, em outras palavras, com os arquétipos do inconsciente coletivo.

A partir dos anos de 1930, ele embarcou numa série de estudos da fenomenologia das formas arquetípicas particulares e sua importância psicológica, às vezes referindo-se implicitamente, de forma disfarçada, à sua própria autoexperimentação.

Escrevendo nos “Aprofundamentos”, a terceira seção do Liber Novus, Jung chegou a perceber que ele próprio não era o “autor” da obra, mas que “a grande maioria do que escrevi nas primeiras partes deste livro foi ΦΙΛΗΜΩΝ [Filêmon] que me inspirou”. Filêmon, uma figura tirada do mito e da literatura clássicos, torna-se por sua vez o guia de Jung, seu guru, e depois o “Velho Sábio” e “arquétipo do espírito” – esta sequência faz uma

conexão entre as fantasias do próprio Jung, suas reflexões sobre elas e a maneira como isto o levou a formular novas concepções do funcionamento psicológico geral. Conexões similares estão presentes nos outros ensaios deste volume.

Uma existência psíquica só pode ser reconhecida pela presença de conteúdos capazes de serem conscientizados. Só podemos falar, portanto, de um inconsciente na medida em que comprovarmos os seus conteúdos. Os conteúdos do inconsciente pessoal são principalmente os complexos de tonalidade emocional, que constituem a intimidade pessoal da vida anímica. Os conteúdos do inconsciente coletivo, por outro lado, são chamados arquétipos. (Da obra)