O Instituto Teológico Franciscano (ITF) da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil, com sede em Petrópolis, comemora nesta quarta-feira, 9 de novembro, 120 anos de fundação. Este momento histórico será celebrado com uma noite festiva, com início às 19h30, tendo a presença do Coral dos Canarinhos, que apresentará composições de confrades ex-estudantes do ITF, entre eles  nomes ilustres como Frei Pedro Sinzig e Frei Basílio Röwer.

Ao longo de sua já centenária existência, o ITF, através de seus ex-alunos e professores, desempenhou um papel marcante na sociedade brasileira, compromissada com a formação integral da pessoa. Hoje, o instituto está entre as melhores faculdades de Teologia do país, segundo avaliação do MEC, e é afiliado à Pontifícia Universidade Antonianum, de Roma.

Essa conquista ao longo da centenária história do Instituto se deve muito aos Governos da Província da Imaculada Conceição que não pouparam investimentos na formação de seus professores, preparando-os em nível de Mestrado ou Doutorado em Universidades da Europa, dos Estados Unidos ou do Brasil. Outra riqueza da instituição é sua biblioteca: uma das melhores do gênero na América Latina, contando atualmente com mais de 125.000 títulos, entre livros e periódicos, a maioria deles encadernados. Hoje, sua sede na rua Coronel Veiga, 550, dispõe de excelente logística.

Segundo o Ministro Provincial, Frei Fidêncio Vanboemmel, este momento é de gratidão e de reflexão. “Celebramos com alegria esses 120 anos do ITF, oferecendo sempre uma formação acadêmica humano-teológica de excelência, não só para os nossos frades, mas também para toda a Família Franciscana do Brasil, dioceses  e para os leigos. Mas hoje, os desafios são muitos na Igreja, na Ordem Franciscana, na sociedade e devemos olhar o futuro com novas inquietações”, acredita Frei Fidêncio. Para o Provincial, a razão de ser do ITF é a formação de testemunhas e anunciadores da Palavra de Deus para colaborar no serviço do Reino de Deus.

A história da cidade de Petrópolis tem início em 1837 com a chegada dos primeiros imigrantes alemães, que fundaram uma colônia que foi dependente de São José do Rio Preto no atendimento religioso até 1846, quando foi elevada a Paróquia, sob a invocação de São Pedro de Alcântara. É essa comunidade alemã que faz o pedido à Câmara Municipal de um terreno para a construção de uma igreja, escola e residência. No dia 8 de setembro de 1874, na presença do Imperador, foi inaugurada uma igreja sob a invocação do Sagrado Coração de Jesus.

O então Núncio Apostólico, Monsenhor Guidi, sabendo que em 1891 chegaram os primeiros frades missionários alemães da Província da Saxônia para o Brasil, pediu que assumissem os cuidados pastorais da colônia alemã ligada a esta igreja. O pedido foi aceito apenas em 1895. Assim, a 16 de janeiro de 1896 estabelecia-se em Petrópolis a primeira comunidade de franciscanos, que em fins 1896 já podia receber os seis primeiros estudantes “clérigos”, vindos da Bahia, para continuarem seus estudos de “humanidades”.  A partir desse tempo foi construído o convento, fundada uma escola – a Escola gratuita São José – para os meninos pobres e uma tipografia – Editora Vozes. Tornou-se sede paroquial somente em 1946.