Notícias - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

Irmãs Catequistas Franciscanas têm novo governo

01/11/2012

Notícias

A Congregação das Irmãs Catequistas Franciscanas, com 97 anos de fundação, está de governo novo. A escolha da Equipe de Coordenação Geral das Irmãs Catequistas Franciscanas para o sexênio 2013 -2018 foi feita durante a realização do XXIII Capítulo Geral, realizado de 12 a 18 de outubro, em Curitiba (PR).

A nova equipe está assim formada: Ministra Geral – Irmã Izaura Souza Cordeiro; Vice Ministra Geral – Irmã Maria Lunardi; Conselheiras – Irmã Ana Pereira Macedo, Irmã Teresinha Tontini e Irmã Ivonete Gardini. Suplentes: Irmã Laura Vicuña Pereira Manso  e Irmã Alzira Munhoz.

O Capítulo teve como assessores o Pe. Alfredo José Gonçalves e Ir. Delir Brunelli. No encerramento do Capítulo, algumas linhas inspiradoras foram definidas para animar e indicar o caminho das irmãs:

● Cultivar intensamente o modo francisclariano de viver, no cotidiano, comprometidas com a justiça social e ambiental.
● Recriar o carisma e ressignificar nossa diaconia, vida fraterna, formação, organização e assumir a gestão profético-solidária dos bens, a partir da missão.
● Intensificar a vivência de nosso carisma com simpatizantes, outras pessoas e grupos e ampliar as iniciativas de atuação em redes e parcerias entre províncias, congregações, entidades e movimentos sociais afins.
● Participar de um projeto alternativo de sociedade e de Igreja, com os pobres e excluídos.
● Aprofundar a reflexão e a prática da interculturalidade e fortalecer a missão além-fronteiras.

Um pouco de história

A Congregação das Irmãs Catequistas Franciscanas nasceu em Rodeio-SC, em 1915, para responder à necessidade de educação e catequese nas escolas paroquiais, frequentadas pelos filhos e filhas dos imigrantes italianos.

No início do século XX, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina – Brasil, muitas escolas eram mantidas pelas comunidades, sob a responsabilidade do pároco local. Mas começou a surgir um grande problema. Os professores, vindos com a imigração de 1875, estavam deixando seu posto e não havia quem os substituísse.

Para suprir à falta de mestres, Frei Polycarpo Schuen, pároco de Rodeio, após ter conversado com Frei Modestino Oecktering, dirigiu-se às moças da Pia União das Filhas de Maria e da Ordem Franciscana Secular. O apelo teve resposta. Primeiro Amábile Avosani, depois Maria Avosani e Liduína Venturi, apresentaram-se para atender às escolas da paróquia.

No dia 14 de janeiro de 1915, na Igreja de São Virgílio, próximo a Rodeio, as três jovens manifestaram a Frei Polycarpo a disposição de se consagrar ao Senhor e permanecer para sempre no serviço que tinham assumido. Outras jovens, animadas pelo mesmo ideal de vida, uniram-se às três primeiras e logo o grupo cresceu. Duas a duas, viviam nas comunidades do interior da paróquia. Dedicavam-se ao magistério escolar e à catequese, realizavam as tarefas domésticas, cuidavam da capela e organizavam as orações. Completavam o dia com trabalhos hortigranjeiros. A casa, pequena e pobre, era simples como a casa dos colonos. As “Mestras”, como eram chamadas, viviam do jeito do povo simples do meio rural. O bispo de Florianópolis, Dom Joaquim Domingues de Oliveira, aprovou o grupo dando-lhe o nome de “Companhia das Catequistas”.

Nos primeiros tempos, as Catequistas tiveram o apoio das Irmãs da Divina Providência, especialmente através de Irmã Clemência Beninca e Irmã Ambrosina Van Beck, que as orientaram no serviço da educação.

Na década de 1930, as escolas paroquiais foram assumidas pelo Estado. As Catequistas, completados os estudos exigidos, tornaram-se professoras de escolas públicas, característica conservada ainda hoje.

A Companhia se desenvolveu e foi para outros Estados e regiões missionárias, ultrapassando também as fronteiras do Brasil. Hoje são seis províncias, com fraternidades em 20 Estados do Brasil e no Distrito Federal, e em mais nove países. Desde a década de 1940, as “Mestras” começaram a ser chamadas também de “Irmãs”. Em 1958, fazendo justiça à origem franciscana do grupo, o nome foi completado e reconhecido oficialmente: “Irmãs Catequistas Franciscanas”.